Em Linhas Gerais

Órgãos falidos é tudo o que desejam os corruptos – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

O homem que oferece suborno perde um pouco de sua própria importância; uma vez aceito o suborno, ele se torna inferior da mesma forma que um homem paga por uma mulher.” GRAHAM GREENE (1904/1991), escritor britânico.

PASSOU DA HORA

O grande problema é que após 32 anos de abertura politica no País convivemos com escândalos de corrupção, entra governo e sai governo os mesmos escândalos. As mesmas figurinhas carimbadas, os mesmos partidos políticos, fazendo dos cofres públicos suas riquezas pessoais, enquanto o povo brasileiro, trabalhador que levanta cedo e trabalha de segunda a segunda vê seus direitos indo para o ralo abaixo com esse bando de corruptos que só pensam neles mesmos. Já passou da hora de mudar tudo.

PRAÇAS

Até parece enredo de “Missão Impossível”. As praças públicas de Porto Velho, especial as do centro histórico, continuam sendo a pedra no sapato das administrações municipais, incapazes de recuperar esses espaços públicos para o uso da população. Difícil acreditar que por aqui alguém tem coragem de fazer uma operação contra o contrabando e pirataria como a gente na TV esses dias em São Paulo, onde o alvo foi a conhecidíssima 25 de Março. Aqui, salvo melhor juízo, tem alguém do andar de cima que protege muambeiros, piratas e contrabandistas que continuam dominando as praças do centro e as calçadas.

PREFEITURA

Ainda antes do final do ano o prefeito Hildon Chaves pretende divulgar em detalhes o projeto do complexo administrativo municipal que – segundo se informa – será “coisa de primeiro mundo”. Pelo que consta, a Aeronáutica não criará entraves para a cessão do espaço onde o tal Centro Administrativo será construído. Será??

ARBORIZAÇÃO

O nosso prefeito bem que prometeu mas ainda não dá para sentir mudança alguma no quesito “Arborização” de nossa capital. É terrível ter de encarar esse calorão da temporada diante da escassez de sombras nas vias públicas, especialmente no centro. Até quando essa capital amazônica vai continuar assim, sem arborização nas suas ruas e – reconheçamos – até nas suas (paupérrimas) praças públicas.

DOMINGO

Sem ter muito que fazer, a edilidade de Porto Velho deve voltar a discutir uma nova proposta para regulamentar a abertura do comércio aos domingos. E em bairros de comércio forte já é comum lojas ficarem abertas em todos os dias. O tema, entretanto agrada vereadores interessados no próximo ano eleitoral. Afinal ele motiva reuniões com categorias profissionais, sindicatos, consumidores e outros públicos para debates e até comprometimentos eleitorais para o próximo ano.

FALÊNCIA DOS ÓRGÃOS

Não conheço em detalhes a estrutura dos chamados órgãos de controle externos que atuam em Rondônia. Mas imagino que esses órgãos vivam em extrema dificuldade. Deve ter carência não só de pessoal mais também de equipamentos para cumprir com seus desígnios constitucionais de combate à corrupção.

As notícias verdadeiramente relevantes sobre o comportamento de políticos e dirigentes públicos em Rondônia revelam a prática de corrupção de importantes caciques do meio e de dirigentes públicos crentes na impunidade.  Usam o dinheiro público dessas instituições pagando contas astronômicas de propaganda e até de folhas de servidores artificialmente inchadas com as tais nomeações políticas em cargos comissionados. Todo mundo apostando na falência dos órgãos de controle externo.

FORTUNA

É pertinente a indagação pública dirigida aos procuradores, promotores, auditores e magistrados sobre a falta de operações efetivas para proibir o crescente grau de promiscuidade a que o público e privado chegou nesse jovem estado rondoniense.

A política rondoniense está cheia de exemplos de personagens que dela participam com o único objetivo de fazer fortuna através do enriquecimento rápido. É claro que os MPs e os demais órgãos de controle externo devem conhecer quem faz da vida pública o meio do enriquecimento indevido.

SÓ O ELEITOR

Se esses órgãos cumprissem com desvelo e rigor o seu papel, especialmente sobre os nomes políticos mais importantes, provavelmente os desvios que a população está habituada a reconhecer nos tempos atuais – muitas  vezes sem ficar escandalizadas por imaginar que essa é a praxe – não continuariam se repetindo ad-eternum.

Num estado onde instituições fundamentais da democracia e do republicanismo funcionam com quase 100 por cento dos servidores contratados sem concurso público; onde construções faraônicas são feitas envolvas em brumas sobre seus custos reais; onde os orçamentos não chegam nem mesma ser peça de ficção, não dá para colocar só nas costas do eleitorado a obrigação de depurar as instituições do legislativo, do executivo e até do judiciário. Será que Rondônia é um estado de vestais e por isso não se justifica operações capazes de descobrir “malas de dinheiro”?

NOVA PGR

O discurso de Raquel Dodge, a nova procuradora, foi protocolar. Não foi enfático mas destacou uma de suas metas: “garantir que ninguém esteja acima da lei e ninguém esteja abaixo da lei”, lembrando em seguida que o povo brasileiro “não tolera a corrupção” (eu de cima dos mais de 40 anos de jornalismo, não tenho tanta certeza assim). Vou torcer para que sua fala não seja mera figura de retórica, mesmo lembrando que ela foi escolhida pelo Michel Temer.

PROFECIA

E também não dá para esquecer a profecia do atual presidente do PMDB. Vocês acham que o Temer escolheu a nova PGR a dedo pra que? Pra acabar com a corrupção? É a profecia Romero Jucá se realizando: “vamos colocar o Temer num grande acordo nacional, com o STF e tudo, e estancar a sangria, parar a lava-jato”. E é óbvio que ela não pode vir a público e dizer que vai abafar tudo.

ÓBVIO

É claro que ela TEM de dizer que vai combater a corrupção, que o povo não tolera mais corruptos e blablabla. Tomara que isso realmente aconteça, pois até então a aplicação da lei depende de quem é o réu. Tomara que não sejam afirmações como as dos corruptos pegos nas operações da PF que, como é óbvio, sempre negam e arrotam inocência. Afinal, o próprio Valdir Raupp não se acha um “perseguido” político? Rárárárárá!

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