Em Linhas Gerais

Em Linhas Gerais por Gessi Taborda

RECUPERAÇÃO

Não adianta reclamar. É o peso da idade. Uma simples gripe me levou à lona por praticamente uma semana. E olha que já fui vacinado duas vezes contra a gripe. Retorno hoje sem estar totalmente recuperado. Pelo menos não sinto mais as dores que me impediam de raciocinar e até de comer direito. A tosse é pouca mais ainda incomoda.

 

MAIS RISCOS

A agência de classificação de risco Fitch afirmou que as novas medidas adotadas pelo governo para ajudar as distribuidoras de energia elétrica sinalizam um aumento do risco regulatório do setor energético do país e são mais uma medida heterodoxa adotada para ajudar o setor a lidar com uma situação difícil.

Com o aumento do consumo interno de combustíveis, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, prevê que o Brasil terá déficit de US$ 2,5 bilhões com a gasolina e US$ 9 bilhões com o diesel, pressionando ainda mais o resultado da balança comercial neste ano.

 

QUEDA PESADA

O Brasil ficou na 61ª colocação na lista dos melhores países para se aposentar, segundo o Índice Global de Aposentadoria do banco Natixis. O país caiu mais de vinte posições entre 2013 e 2014, e agora está atrás de países como Argentina (58º), Tailândia (56º), Arábia Saudita (45º), México (42º) e Kuwait (40º).

Segundo o Natixis, o país foi prejudicado pela desaceleração do seu PIB (Produto Interno Bruto), assim como o aumento da inflação e a piora nas condições de saúde. “A atual conjuntura econômica está desfavorável aos aposentados”, ressaltou o estudo.

 

MAGOOU

Se a informação se confirmar (e ele tem origem numa fonte bem informada) até os caciques do PMDB no estado estarão mais do que irados com o seu governador do estado. Segundo esta fonte o filosófico governador rondoniense pode anunciar nos próximos dias que não se candidatará a nada e vai ficar no governo até o final. Confúcio está chateado com a trairagem de seu partido – desde o momento em que assumiu – e a falta de empenho de Valdir Raupp e companhia para desatar os nós da economia rondoniense, como a dívida do Beron e a transposição de servidores. O barbudo de Rolim nunca se empenhou (de verdade) na solução desses entraves, embora o atestado de óbito do Beron tenha sido uma façanha de seu governo. Na verdade Valdir Raupp nunca dividiu a mesma cuia de tacacá com o filósofo caipira de Ariquemes.

 

ESTADUAL

Tenho cá prá mim que Confúcio Moura não pode ficar sem disputar alguma coisa. De preferência um cargo onde sua vitória sejam favas contadas como, por exemplo, uma vaga de deputado estadual. Ele, a meu ver, precisa de descolar uns quatro aninhos de imunidade parlamentar. Sobre ele, sem mandato, deve cair o peso das cobranças das muitas mazelas de sua gestão.

Se o argumento é esse, porque não imaginar Confúcio sendo vitorioso num cargo de deputado federal ou senador, poderá perguntar o atento leitor.

Ora se concorrer a um cargo federal e vencer correrá o risco de levar com ele para Brasília todos os processo que hão de vir depois do termino de seu “glorioso governo da cooperação”. E, certamente, a maioria daqueles premiados com “essa cooperação” farão tudo para tirar “o seu da reta”.

 

CAOS PERMANENTE

Parece ser uma sina para os rondonienses conviver com o descaso no setor de Saúde. Esse descaso levou moradores da zona sul a manifestar com bloqueio de rua, a falta de médicos na UPA daquela região e também de remédios. Houve depredação ao patrimônio público. Ficou evidenciado a permanência do caos nesse setor fundamental para a comunidade, especialmente os idosos e as crianças.

Há relatos de pessoas que esperam até cinco horas por atendimento nessas UPAs (construídas com recursos federais) e muitas vezes só conseguem atendimento por assistentes de enfermagem e não por médicos. É uma vergonha a situação da saúde pública rondoniense, principalmente porque o chefe do Executivo é médico e já foi secretário de saúde.

 

SEM COMPETITIVIDADE

O mês de março está em sua reta final e nem isso provoca modificações importantes no quadro sucessório do Estado. No momento o assunto do dia rondoniense ainda deriva da cheia do Madeira. Em termos da disputa eleitoral apenas nomes sem competitividade são apresentados como “novidades aos eleitores”.

O PSOL – que poderia ser transformado numa alternativa nessa disputa – preferiu trocar seu nome favorito por uma candidatura voluntariosa. Ou seja, em nome de Aluízio Vidal (um dos destaques na eleição passada) foi trocado pelo do engenheiro Luiz Alberto Lima Catanhede, um ilustre desconhecido no meio político e também do eleitorado.

Ao insistir nessa candidatura sem expressão, o PSOL vai mais uma vez ser puxado para baixo em termos de competitividade no cenário político local.

 

PREOCUPAÇÃO DOS FEDERAIS

A quase completa indefinição no quadro sucessório ao governo rondoniense está deixando a bancada de deputados federais preocupada com os rumos dos mandatos e da reeleição parlamentar. Pelas contas dos mais experientes, nas eleições desse ano haverá pelo menos duas dezenas de nomes muito fortes para concorrer as cadeiras a que Rondônia tem direito na Câmara dos Deputados.

Para estes especialistas, apenas o nome de Marinha Raupp, mulher do senador que ocupa a presidência nacional do PMDB teria a reeleição garantida. O líder do PSD, deputado Moreira Mendes, é colocado na lista dos de maiores chances. Mas Moreira, se conseguir afastar barreiras decorrentes de sentença judicial, deverá disputar o cargo de Senador, seu grande objetivo.

Carlos Magno, do PP, é outro nome com muita visibilidade entre os componentes da bancada. Nem por isso é poule de dez. Além disso, Magno anda meio desiludido com a política e também está cotado para ser vice numa chapa majoritária articulada por Ivo Cassol.

 

DILMA DESAGRADOU

Políticos rondonienses que apostaram ganhar alguma coisa (politicamente falando) com a presença de Dilma Roussef no estado, onde veio sobrevoar as áreas alagadas pela cheia do Madeira já deve ter-se dado conta de que foi um erro ficar fazendo salamaleques para presidente. De nada valerá ter conseguido a boa posição de papagaio de pirata de uma presidente que aqui não mostrou nenhuma disposição para o diálogo com os movimentos sociais, com lideranças de seu partido (nem a Fátima, candidatíssima a senadora), ou até mesmo com os “grandes” comunicadores locais.

Rondônia foi uma simples agenda “técnica”, uma escala para sua ida ao Acre.

Nada de falar sobre os eventos do maior interesse da população. Nem uma palavra sobre transição de servidores, dívidas do Beron, etc,etc. Tudo ficou na conversa da enchente, nas promessas de socorro financeiro por conta do estado de “Calamidade” decretado pelo governo e também pelo prefeito da capital.

 

O GRANDE CAPITAL

A presidente, tal qual nosso governador e nosso prefeito, segue pessimamente aconselhada. Sua visita ao nosso Estado não foi um ato de estadista. Aqui esteve defendo o grande capital (representado pelas usinas); reduzindo a zero aqueles que insistem em atribuir às hidrelétricas responsabilidade nessa situação de flagelo para milhares de pessoas que não têm mais para onde voltar, depois da cheia.

E os políticos locais agiram constrangedoramente como provincianos, completamente descolados da realidade em que vive o estado. Apenas o deputado José Hermínio soube, publicamente, opinar com altivez diante da “gerontona”.

 

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