Em Linhas Gerais

Em Linhas Gerais: Mais antigo jornal do Norte, Alto Madeira completa 97 anos

AM FAZ 97 ANOS O jornal Alto Madeira não colocou a edição de domingo e segunda feira em circulação. Tudo para que essa edição, a 15 de abril, pudesse ser editada forma especial, para registrar o seu 97º aniversário de fundação.

O Alto Madeira surgiu numa época em que o único meio de comunicação de massa noticioso era o jornal impresso. Ele integrava os Diários Associados, de Assis Chateaubriand.

O AM (como é carinhosamente chamado) é, certamente, um patrimônio imaterial do povo rondoniense. O jornal sempre foi um veículo que estimulou o povo do antigo território a gritar por seus interesses, com a certeza do apoio de um jornal “independente” sempre interessado em ao sentimento da população.

O jornalista Euro Tourinho (ele também quase completando os 100 anos) é quem continua (por décadas) como responsável pela edição do AM. É pelo seu trabalho que o Alto Madeira se mantém com a mais alta credibilidade entre os periódicos diários de Rondônia, graças ao compromisso com a verdade, que faz do AM uma referência em jornalismo com compromisso social nesta “terra de Rondon”.

FORÇA ÉTICA Sem medo de errar, ouso afirmar que todos os fatos que marcaram a vida do antigo território e de sua transformação em estado tiveram participação ativa do jornal editado pelo decano Euro Tourinho, de maneira imparcial.

Até hoje não falta ao Alto Madeira a profunda análise dos acontecimentos, mesmo que, em muitas ocasiões, tenha de ferir os desejos daqueles que ocupam o poder e da chamada classe dominante.

Certamente, graças á força ética de Euro Tourinho, o jornal com sua postura independente e a favor do povo, consolidando seu papel de idealismo por uma Rondônia cada vez mais pujante.

Todos aqueles que dirigem esse importante veículo de comunicação merece, especialmente nesse dia de aniversário, os parabéns por colocar nas bancas um jornal que honra a imprensa rondoniense. Certamente o AM se mantém como veículo de mídia democrático e imparcial, um verdadeiro patrimônio da população rondoniense.

NA TERRA DO LEPO-LEPO O cenário rondoniense está cheio de notícias negativas. Mas uma enxurrada de propaganda do governo tenta escamotear essa visão da opinião pública, espalhando a torto e a direito que “Rondônia é o estado que mais cresce no Brasil”.

O governo, em plena campanha pela reeleição busca com a massiva publicidade levar a população rondoniense a sonhar que está brincando carnaval baiano (e o rondoniense adora essa coisa do carnaval fora de época), sem dia para acabar, sem penitência na quarta-feira de cinzas. É muito mais fácil dobrar a resistência do povo a grande maioria viver como se aqui fosse a terra do lepo-lepo.

SEM SE DAR CONTA Festas e mais festas, frenesi de ritmos e rebolados, mistura de profano e sagrado. Entorpecida, a população, que não lê nem acompanha o noticiário, parece não se dar conta das dores de parto de sua terra: índices alarmantes de criminalidade, a Saúde agonizando nos corredores dos hospitais, a Educação pedindo socorro para não desabar a escola, ambas na última escala dos países atrasados.

Galopantes desvios de verbas públicas das obras inacabadas ou para garantir benesses dos queridinhos do governo da “cooperação” (com quem cara pálida?). E a propaganda do governo procurando, de todo jeito, esconder que Rondônia está descendo a ladeira. E isso não tem como não ver, a situação é tão dramática que até o Jean dos Muletas, de Jarú, do mesmo partido do governador (pasmem!) que só pensa na reeleição, como pior governador que Rondônia já teve. A população parece não se dar conta de que o estado continua descendo a ladeira, descendo a ladeira e o governador mostra-se completamente incompetente para dar solução a casos como a dívida do Beron, a transposição dos servidores, à solução da falência de estatais como a Caerd, e vai por ai afora.

INEBRIADA Uma banda do povo de Rondônia (como beneficiados por programas de ajuda, como que nem são do governo local) delira, dança rebolecho e lepo-lepo. Pouco se lhe importa que integrantes do governo (até aparentados) estão denunciados, foram presos por corrupção ou defenestrados de órgãos atingidos pela quebradeira e por ralos descobertos no escoamento do dinheiro público se aqui dentro se incendeiam ônibus, se caminhão derruba passarela de pedestre.

A população, inebriada com a fartura de bolsas sociais, não percebe o bafômetro sinalizando pesadelos da ressaca que se aproxima. Fora da propaganda do governo, o estado não está promovendo o aumento ao emprego, não está mantendo sequer os programas que existiam para fomentar a produção da agricultura… Depois das eleições, certamente virá a fatura para o povo pagar, inclusive por um empréstimo bilionário que não refletiu praticamente em nenhuma grande obra de infraestrutura capaz de inserir o estado numa via de pleno investimento público.

EMBROMAÇÃO A propaganda oficial do governo rondoniense (nesse período pré-eleitoral) é de embasbacar ou de entorpecer a classe proletária e inculta. Se ao menos as autoridades se tocassem de vergonha, mas não se tocam. Continuam engatinhando na falta de vergonha, embromando a opinião pública. E isso só irá parar se autoridades com independência da Justiça Eleitoral, do Ministério Público ou do TCE decidirem tomar uma posição contra essa manobra paga com o dinheiro do cidadão-contribuinte-eleitor.

O cenário político-eleitoral rondoniense exige uma árdua convocação da grande massa do povo a ficar de olhos vigilantes nos candidatos da próxima eleição. Isso não vem sendo feito por nenhum daqueles que estão se dizendo candidatos de “oposição”.

Temo pelo peso eleitoral da alienação de boa parte do eleitorado na decisão que pode mudar ou manter isso que ai está e que muito insistem em chamar de governo. Lamento o descompromisso social de importantes formadores de opinião, como os estudantes, grudados em devaneios de redes sociais, sem interesse em exigir até a devolução do dinheiro roubado até de escolas como a Unir. Enfim, ai está o momento para mostrar que Rondônia tem jeito. Mas sem leco-leco.

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