Em Linhas Gerais

Jornais obsoletos por falta de qualidade e independência perdem leitores – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade”. Nelson Rodrigues, jornalista brasileiro falecido em 1980.

EDITORIALZIM

O cenário mudou. Antes era comum você observar que os leitores de jornais estavam em todos os lugares. Porto Velho, a capital rondoniense, chegou a ter vários títulos da imprensa diária nas bancas e os jornais eram lidos como um costume não só de políticos, mas do cidadão comum, sempre com o seu jornal impresso preferido nas mãos, em bares ou até mesmo sentado num banco de praça pública. Isso acabou. Hoje só existe um jornal impresso diário e praticamente não tem leitores. Você não vê quase nunca alguém folheando um exemplar do “Diário da Amazônia”.

São as consequências de um jornalismo praticado de forma obsoleta. O leitor, com toda a oferta de informação nas redes sociais, dispensou o jornalismo que abandonou as responsabilidades de ser um veículo de qualidade e independência. Os jornais impressos aqui no estado não vendem mais. Perderam o estreito relacionamento que mantinham com os leitores. Os que ainda se mantém circulando dependem de verbas públicas e das publicações legais. E até isso devem perder, reduzindo ainda mais suas receitas. Afinal, com a MP 892/2019 que dispensa empresas de publicarem a publicidade legal até nos jornais de grande circulação (???), cada vez mais esse tipo de publicação obrigatória será feita através de sites e portais de notícias, agora considerados espaços legítimos para essas publicações.

IMEDIATA

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou terça (17) o acordo para destinar R$ 1 bilhão para a preservação da Amazônia, e R$ 1,6 bilhão para a área de educação. Os recursos têm como origem uma multa paga pela Petrobras às autoridades brasileiras após um acordo junto ao governo dos Estados Unidos. Moraes autorizou a transferência “imediata” do dinheiro. Rondônia está na relação dos estados que receberão repasses desse dinheiro pela União.

FUNDO ELEITORAL

Criado em 2017 depois do fim do financiamento privado de campanha, o fundo foi feito às pressas para financiar as eleições de 2018. À época, foi definido que ele corresponderia a 30% do valor de emendas parlamentares previstas na Lei Orçamentária de 2017. O Senado acabou recuando e aprovou o fundo esta semana.

Quando o assunto interessa aos parlamentares, eles sempre dão um jeito de aprovar, nem que tenham de parar os ponteiros do relógio, conforme aconteceu na Constituinte de 1967, em plena ditadura. É o famoso jeitinho brasileiro.

DRENAGEM

A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Serviços Básicos (Semisb), está realizando drenagem nos bairros Mariana e São Francisco, zona Leste da capital. A obra faz parte do programa de asfaltamento dos bairros e está sendo executada por uma empresa contratada via licitação. No final dos trabalhos serão aproximadamente 27 quilômetros de ruas pavimentadas, todas com drenagem, o que vai evitar alagamentos no período do inverno.

22 DE DEZEMBRO

Todas as ruas do bairro 22 de Dezembro abandonadas por décadas estão recebendo os benefícios do programa de asfaltamento da gestão do prefeito Hildon Chaves, da capital. O próprio prefeito esteve essa semana naquele bairro vistoriando as obras de base e sub-base do asfaltamento. Acompanhado do secretário de obras, engenheiro Diego Lage, Hildon vistoriou as 16 ruas que receberão o benefício.

NA LIDERANÇA

Um levantamento feito por uma empresa de pesquisa de opinião das tendências do eleitorado acabou chegando ao conhecimento da coluna. O trabalho foi realizado para consumo interno de um grupo econômico local. É, por assim dizer, o primeiro apontamento de como está o cenário para a disputa da prefeitura de Porto Velho em 2020. De acordo com os números desse levantamento, o prefeito Hildon Chaves lidera com folga a corrida.

NÃO SAI

Uma fonte muito ligada ao deputado Leo Moraes deixou vazar a informação de que o parlamentar não vai disputar a eleição para a prefeitura, preferindo trabalhar para fortalecer seu nome como candidato certo ao governo do estado em 2022. Se a decisão se confirmar, o plano B dos Raupp de abrir caminho para Marinha Raupp retornar à Câmara dos Deputados com uma eventual vitória do deputado Moraes será implodido.

ABUSIVOS

A Assembleia Legislativa decidiu abrir uma CPI para investigar os métodos do aumento abusivo nas contas de energia dos consumidores de Rondônia pela empresa Energisa, sucessora da Ceron. Em centenas de casos os aumentos superaram os 100% e há casos de supostos aumentos superiores a 200%. Muitos consumidores alegam não suportar os aumentos abusivos e a grita geral acabou incentivando parlamentares na aprovação da CPI.

AÇÃO POPULAR

Advogados importantes estão preparando também Ações Populares contra os reajustes absurdos praticados pela Energisa. Um dos advogados que lideram o movimento é o dr. Breno Mendes. O objetivo de todas as ações, incluindo as gestões de políticos da bancada em Brasília, é suspender o reajuste absurdo que, em vários casos, mais do que triplicou o valor de boa parte dos consumidores, após a concessionária da energia trocar medidores de milhares de domicílios no estado.

E até agora a Energisa não conseguiu apresentar justificativas claras para os reajustes absurdos. Os argumentos da empresa, por si só, não parecem válidos. Deputados estaduais afirmam estar dispostos a coibir todo e qualquer tipo de abuso praticado pela empresa que venceu o certame de privatização da energia em Rondônia.

DURANGOS

As famílias mais pobres ou simplesmente sem renda de trabalho representam mais da metade (52%) dos lares brasileiros, de acordo com o Ipea.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNISTA EM LINHAS GERAIS –  JORNALISTA

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