FILOSOFANDO
“Pois o belo muda, o saber muda, a inteligência muda, a medida muda. Mas o desejo é inalterável”. Rubem Fonseca (1925/1996). Romancista brasileiro.
IMPORTANTE É O MUNICÍPIO
O Brasil evoluiu muito no seu sistema político com a proibição do financiamento empresarial de campanhas eleitorais. É possível que os partidos viciados em caixa-2 (que são TODOS) tentem continuar a receber dinheiro oculto de grandes empresários.
O gasto público incontrolável, a dependência das commodities e do crescimento chinês, a falta de investimentos robustos em infraestrutura e qualificação do trabalhador, são ingredientes que, combinados com a política populista dos últimos 13 anos (especialmente os dois mandatos nas mãos do PT), contribuiu para uma capital que acostumou a se enganar.
PRECISAMOS DE GESTOR
É nos municípios que vive a população, por isso, a perda de recursos, sobretudo para pequenas e médias cidades, provoca impacto direto na vida do cidadão. Enquanto o Governo Federal gasta bilhões com a pesada e ineficiente máquina pública federal, prefeitos são obrigados a gerir crises e manter as cidades com as migalhas das receitas recolhidas pela União. Este não é, entretanto o motivo que determina a paralisia da administração no município de Porto Velho, que tem em seu componente de receita os royalties do setor elétrico.
É ANO BISSEXTO
Você nem se coçou e já estamos no dia 20 de janeiro desse novo ano que é, por sinal, bissexto. Dizem os antigos que esse é tipo de ano que atrai azar e maldições para os políticos, e até agora não aconteceu nada de novo, que merecesse destaque.
As mesmas coisas do ano passado, que também não foi lá nada de extraordinário, tendo em vista que nem mesmo os corruptos condenados por nossa ágil Justiça chegaram a mudar de residência, para as bem “organizadas cadeias” do sistema penal rondoniense.
PREFEITO PROMETE
O ano é eleitoral e o prefeito continua o mesmo: promete, só promete, aliás, agora prometendo muito mais. Mas a pobre cidade de Porto Velho, a capital desse que ainda é um promissor estado, continua parada, sem mudança nenhuma; sem obras nenhuma se você for daqueles que não considera esses arranjos (tipo reforço de paradas de ônibus) ou os puxadinhos dignos do nome “obras de verdade”.
O ano é bissexto, não se esqueça, dai é normal vereadores não falando nada (para não quebrara a submissão ao alcaide) ou falando mais do que deve para tentar justificar o injustificável (afinal, até o momento a vereadora Elis Regina não explicou de forma convincente o arranjo que permitiu sua mãe sacar uma pequena fortuna da prefeitura como uma espécie de bônus pela aposentadoria).
IMPRODUTIVOS
No geral, a dança é a mesma: ninguém faz nada. A cidade não muda, continua suja, escura, cheia de lixo, de terrenos baldios. E sendo ano bissexto, secretários municipais e aspones (raça altamente reproduzida nos intestinos da prefeitura, alimentados com o dinheiro do contribuinte) continuam enrolando, como sempre faz em anos eleitorais, improdutivos.
A população enrolada, parece não perceber a mesmice na vida politica e cotidiana, com um transporte sem qualquer inovação e com a prefeitura servindo de cabide de emprego para petistas derrotados como Claudio Carvalho e Epifânia Barbosa, essa condenada a 8 anos de cadeia pela prática de corrupção.
CARAS DE PAU
O ano é novo com vida é velha. E os políticos cara de pau continuam mentindo desavergonhadamente, se imaginando insubstituíveis, fazendo de tudo para não largar o osso e não devolverem a montanha de dinheiro arrancado do erário.
Pelo menos – e nem poderia deixar de ser assim – a Justiça condenou mais dois crápulas do mundo petralha que aparentemente protagonizaram um ardente episódio de Bonnie e Clyde lá na importante Cacoal.
O vermelho padre Franco e partner Maria Ivani de Araujo estão sentenciados, mas nem por isso deixarão de tentar influir no pleito desse ano e de buscar alguma boquinha no decadente cenário político rondoniense. Mesmo em ano bissexto estão longe de ir para o xilindró.
O TEMPO VOA
E depois de tantos anos o ano bissexto anunciou também a desdita contra Jucélis Freitas (personagem surgido na militância (pasmem!) dos comunistas) e Berta Zuleika que, associados num esquema malandro deram um tombo nos cofres públicos do estado naquela cascata manjada do patrocínio de Miss (rárárárárá) Rondônia. Isso lá pelos idos de 2009.
Terão de pagar pelo desvio apurado pelo Tribunal de Contas do Estado se não quiserem sofre o peso da cobrança judicial e de outras possíveis penalidades.
Os políticos caras de pau e os aspones de sempre continuam por ai mentindo desavergonhadamente, sem inovação nenhuma. O eleitor só não percebe isso se não quiser.
FORTES EMOÇÕES
Mas certamente essa modorra deve ter um fim após o carnaval. Como este é um ano de eleição, com fortes emoções pelo caminho, teremos os primeiros possíveis nomes de candidatos desfilando pela mídia logos nos primeiros dias dos meses de março e abril.
Não esperem grandes novidades. 50% deles, os mesmos dos anos anteriores, uns 25% de novidades, outros tantos, de cara de pau sem chances, que ficam mariscando querendo benefício, sem fazer nada em retorno.
Não é fácil manter uma coluna diária onde a política tem o papel de carro-chefe em pleno recesso parlamentar.
MEDO DE ENCARAR
Principalmente sem nenhuma liderança disposta a encarar um prefeito que, mesmo com esse conto do vigário dos “novos” (eles têm a idade de Matusalém) ônibus, continua com a espada sobre sua cabeça, que poderá desabar a qualquer momento, até tirando-lhe da disputa se o judiciário acelerar os processos de supostos desvios até na área da Funcultural, onde se torrou dinheiro à beça para dourar a pílula.
.
SEM ANIMAÇÃO
Eta mundo cruel este político, composto de pessoas sem caráter e sem vergonha (salvo as honrosas exceções), que teremos de aguentar para os próximos 350 dias, se no pleito eleitoral tivermos a sorte dos eleitores serem mais seletivos na hora de escolher o novo time de vereadores, sem os personagens caricatos do momento que, é claro, não querem perder essa mordomia.
As notícias deste início de 20l6 não são nada animadoras politicamente, neste reduto portovelhense. São até um pouco pior do quem em outras cidades do estado, como a própria Cacoal onde, pelo que se ouve, o time do padreco é carta fora do baralho.
SEM COISA MELHOR
Em Porto Velho, onde se fala e aparece esse prefeito mequetrefe, é mesmo difícil mostrar animação quando até o poderoso PMDB, na falta de coisa melhor, apela para o desconhecido Williames Pimentel (que já teve seu batismo de cadeia), nome capaz de deixar empolgada a Maria Rita, mas, com toda certeza, não causa frisson em mais ninguém.
Em Linhas Gerais
Gessi Taborda – [email protected]
Add Comment