ECONOMIA QUE DESEMPREGA
Mais uma vez a mídia rondoniense revela a situação nada confortável de seu maior empreendimento econômico (complexo energético do rio Madeira), que pelo visto ainda não conseguiu superar o diagnóstico de pré-falência e pode deixar de honrar os pagamentos programados, chegando a uma situação capaz de paralisar as obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antonio.
Esse é um assunto pouco explorado pelos candidatos. A campanha está no fim e a economia de Rondônia vive um momento trágico, que causa o desemprego e não há, da parte daqueles que pretendem governar o estado, nenhum programa conhecido para gerar os empregos que a população precisa.
Na verdade, se não houver mudanças de fato na condução da gestão pública de Rondônia, vamos continuar nesse ambiente de perpetuação da falta de oportunidades e da miséria.
POLÍTICOS CHUPINS
Certamente políticos que se elegem sempre com o assistencialismo e coronelismo praticado sem qualquer restrição são os primeiros a torcer para que esse sistema continue como sempre.
Afirma-se hoje que o candidato a deputado estadual mais votado de Porto Velho será exatamente aquele pego flagrante escondendo dinheiro da corrupção nas cuecas. É uma cena lamentável que foi divulgada à exaustão, principalmente nas redes sociais.
O personagem com cara de cangaceiro e também de beato, não fatura só votos com a sua “fundação”. Praticando o assistencialismo custeado com dinheiro público (boa parte dos funcionários da tal fundação são cedidos pela administração pública) conseguiu montar um latifúndio eleitoral, e garante sucessivas eleições, como se fosse imune à espetáculos de corrupção como esse de esconder o que dinheiro na cueca.
E A JUSTIÇA?
Ainda nesse final de mês a Justiça decidiu encerrar as atividades de uma instituição congênere, montada pelo clã Carlão de Oliveira (ex-presidente da Assembleia) para o mesmo fim: aliciar eleitores para políticos da família. E por que a mesma Justiça permite a existência “dessa fundação” localizada no Bairro Agenor de Carvalho, servindo de curral eleitoral e ferramenta de aliciamento de eleitores em favor daquele que – pelo que falam na rua – pode ser mesmo o mais votado da cidade?
DISTRIBUINDO MIGALHAS
Nessa semana, em uma manifestação pública, o advogado Paulo Xisto, que preside a ONG Cidade Verde, tratou desse assunto, considerando que o deputado Zequinha de Araujo explora eleitoralmente a pobreza e, por isso, certamente fica satisfeito diante desse quadro econômico rondoniense que desemprega os trabalhadores.
O assunto, aparentemente simples, apresenta várias facetas. A mais evidente, é que de modo algum o tal deputado pode querer que qualquer pessoa rondoniense saia da miséria e da dependência do assistencialismo de sua “instituição”. Afinal, é dali que sai a multiplicação dos votos em cada eleição que disputa.
SEMPRE GOVERNISTA
Esse tipo de político é manjado. Está, como se diz, sempre do lado que a vaca deita. São governistas por excelência, especialmente quando o gestor público pilota uma economia que desemprega cada vez mais num estado como Rondônia, que depende cada vez mais do chamado “agronegócio” para se manter (que emprega muito menos força de trabalho que o setor secundário e a própria economia camponesa), com serviços públicos sucateados ou numa capital como Porto Velho, crescentemente desindustrializada.
É claro, se nossos governantes fossem capazes e comprometidos com a solução do pauperismo que assola grande parte da população, esses políticos teriam de procurar outros meios fora do assistencialismo para continuar na vida pública.
MISERÊ
É a miséria existente pela falta de programas de governo para melhorar a qualidade de vida da comunidade que faz só aumentar o número de beneficiários desse assistencialismo que, repito, usa e abusa de recursos públicos (certamente não contabilizados) para a arapuca funcionar.
O que a classe política tinha de realmente fazer era cobrar soluções cada vez mais sérias, modernas e eficientes dos governantes em todas as áreas e especialmente na de Saúde, para que a população não dependesse do atendimento dessas maracutáias batizadas e associações benemerentes de políticos, para não morrer sem atendimento na rede hospitalar pública.
QUANTOS ANOS MAIS
Depois de 20 anos o Teatro Estadual de Porto Velho foi inaugurado. Não é, como pretende afirmar o governo, motivo de orgulho. Na verdade, a tempo necessário (duas décadas) para terminar a obra deveria ser motivo de vergonha e reflexão. Como a cultura em Rondônia é tão maltratada. Imaginem quando tempo ainda será necessário esperar para que a capital tenha outros aparelhos urbanos fundamentais ao seu desenvolvimento. Quando teremos aqui coisas como um Ceasa, como uma rodoviária decente, como um verdadeiro parque (não isso que chamam de Parque da Cidade), pelo menos semelhante ao Ibirapuera, ao Municipal de Belo Horizonte, etc, etc. Com os políticos que tivemos até agora, pode colocar tudo isso nas calendas.
NA VIDA A REALIDADE É ASSIM
O programa eleitoral desse primeiro turno está praticamente no fim. Ele serviu até agora para ver como é possível dar contornos de realidade à fantasia. Mas nós que vivemos o dia-a-dia da cidade sabemos que tudo é muito diferente da produção televisão, do marketing das campanhas.
Muito se falou nessa primeira rodada eleitoral sobre a importância de se manter nossas crianças nas escolas. Teve político jactando-se de ter feito muito nessa área. Mas, afinal, como andam as escolas da rede pública em nosso Estado? Andam mal, muito mal. Desaparelhadas de bibliotecas, laboratórios de ciências e de informática, carentes de professores, transporte escolar, quando não de saneamento básico e merenda. E quase todas com falta de segurança.
ESTADO ISLÂMICO
Se Dilma não fala nada com nada no Brasil, como esperar que ela fale alguma coisa com coisa fora do País? Dilma não vive num mundo encantado. Vive no mundo da ignorância. Mais um refém decapitado. Dilma Rousseff precisa melhorar os seus discursos.
SEM MUDANÇAS
“Dilma será reeleita mesmo se a gente não quiser” (Michel Temer). Isso teria alguma relação com o fato de o ministro Dias Toffoli ter proibido a inspeção nas urnas eletrônicas? Caso ela seja mesmo reeleita (vade retro!), apesar de tudo isto que está aí, alguém terá de explicar, ou continua no “modus operandi” do PT?
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