Em Linhas Gerais

O Grito da Grécia – por Gessi Taborda

GRITO DA GRÉCIA

 “As revoluções acontecem mais frequentemente – e é forçoso que aconteçam – quando o povo tem um espírito orgulhoso, e tem a noção de que é tão bom como os seus governantes.” – Aristóteles.

Particularmente, a coluna acredita que nosso povo é muito melhor dos que os governantes do país (Dilma? Argh!) e também de Rondônia (Confúcio? Filósofo? Tais brincando!). Dia 12, em todo o Brasil, manifestação com o povo na rua.

 DIFERENÇA LAMENTÁVEL

A Rondônia de hoje está bem diferente daquela que, transformada em Estado, teve Jorge Teixeira como seu primeiro governador. O coronel Teixeirão não era político. Aqui esteve nomeado como um militar no cumprimento de uma missão: dar consistência ao mais novo estado da união. Foi um tempo de euforia, como se Rondônia fosse uma ilha de progresso no mar de dificuldades em que se debatia o país.

Rondônia mudou, mas não para melhor, como alguns tentam pintar. Os números do desemprego sobem, os apoios sociais seguem caminho inverso. A criminalidade assusta. Os rondonienses pobres ficaram mais pobres, os remediados caminham para a pobreza. Os ricos continuam a fazer fortuna. O quadro social é este. E não temos ainda as contas ajustadas, mesmo tendo perdido nossos melhores ativos, como o Beron e a Ceron.

 SEM PROSPERIDADE

Após o “boom” das hidrelétricas do Madeira, o que vemos hoje em Rondônia é uma forte queda dos investimentos, inclusive dos investimentos públicos.

Quanto mais tempo Confúcio permanecer no governo rondoniense, mais a realidade se tornará calamitosa. Tirando as ações de marketing, o lamentável governo desse peemedebista não fez praticamente nada para dotar o estado da infraestrutura de que precisa para chegar ao chamado desenvolvimento sustentado.

 OBSTÁCULO

Ontem os rondonienses amanheceram com o espírito de esperança renovado pela perspectiva de que a Justiça decidisse tirar Confúcio do governo, cumprindo sua própria decisão que cassou o governador (e seu vice) pelo abuso do poder político e econômico para vencer as eleições.

Afinal, envolvido em denúncias de corrupção; e tendo de esgrimir armas jurídicas para escapar da sentença de perda do mandato, Confúcio perdeu a credibilidade para promover o resgate da economia e dos investimentos. Ele passou a ser encarado como o principal entrave para conquistas de novos investimentos, sobretudo os de caráter privado.

Governo fraco, incapaz de inovar na qualidade da gestão, Confúcio não tem mais cacife para convencer investidores privados a voltarem a assumir riscos em projetos rondonienses.

 INCERTEZAS

E tudo ficou para amanhã. Ainda não dá para dizer se o destino de Confúcio Moura (e seu vice) já está definido. Ontem o assunto nem entrou na pauta do Judiciário. O interesse da população em torno do que pode acontecer amanhã (se houver o julgamento) se dá pela elevação de consciência cívica da população. Ela, mais do que nunca, passou a entender que ninguém pode exercer o Poder em seu nome; se tal Poder foi conseguido sem o estrito respeito às leis.

Há nesse momento uma consciência generalizada de que os primeiros quatro anos do governo de Confúcio foram – muito ao contrário da imagem criada por seus marqueteiros – de dificuldades, provações e esforços para os cidadãos que pagam impostos.

 IMPERDOÁVEIS

Desta feita, agora com a imagem erodida pelos mal feitos culminados em investigações do STJ e da Justiça Eleitoral (e até mesmo pela cassação do último mandato), há uma consciência generalizada da cidadania de que a permanência desse político de Ariquemes vai exigir ainda mais sacrifícios da população, pois no contexto externo o governo peemedebista é sinônimo de muita incerteza, sem contar que suas práticas antirepublicanas são imperdoáveis e inexplicáveis.

 SEGUNDÃO

A evasão fiscal é endêmica no mundo globalizado. Segundo uma organização que luta contra a evasão fiscal, a “Tax Justice Network (TJN)”, Estados Unidos encabeça a lista, seguido pelo Brasil, Itália, Rússia e Alemanha. Esse é um sério problema que está presente até em Rondônia onde o deputado Maurão de Carvalho demonstra disposição de enfrentar as perdas milionárias com renúncia fiscal concedida pelo estado para grupos poderosos como o JBS e até o complexo hidrelétrico do Madeira. O Brasil que está em segundo lugar em termos absolutos tem 39% do PIB de evasão fiscal.

 CANSEI

Ontem, por ocasião do Dia do Jornalista, recebi algumas mensagens de congratulações, até da Usina Hidrelétrica Jirau, um grupo do qual nunca recebi nenhum manifestação anterior. Em meio quase duas dezenas de mensagens recebi de um leitor o pedido para reativar o jornal Imprensa Popular (do qual só restou o siteimprensapopular.com) criado e editado pelo colunista por 13 anos.

Já vivi 64 anos e sempre procurei fazer alguma coisa pelo estado rondoniense e até pelo Brasil. Era, por assim dizer, um empreendedor antes que isso virasse moda. Mas, respondendo ao leitor, posso dizer que o Imprensa Popular impresso não voltará mais. O jornal foi sufocado pela primeira gestão do (ainda) governador rondoniense.

 ULTIMA TRINCHEIRA

Hoje, um pouco cansado, estou aqui diariamente escrevendo a coluna que sai no quase centenário jornal Alto Madeira. É uma maneira de demonstrar minha admiração á tenacidade de Euro Tourinho, um desses nomes maiúsculos que dignificam o sacerdócio jornalístico.

No mais fico assistindo a essa gente que se apoderou do poder, seguidora de uma ideologia falida. A tristeza e o desânimo me dominaram, chegamos a um estado de destruição aterrador. Em qualquer lugar para onde se aponte o dedo se vê uma nova modalidade de corrupção, os nossos líderes políticos (com raríssimas exceções) são uma aberração. O mais preocupante é o que vai sobrar para os nossos netos. Será que vai sobrar um estado e um país?

 REALIDADE INCONTESTÁVEL

Aconteça o que acontecer no julgamento dos embargos de declaração (recursos) de Confúcio e Expedito Júnior definindo se a decisão da Justiça (que cassou Confúcio e seu Vice), uma coisa fica muito clara. Os montadores das táticas e estratégias de Confúcio candidato foram incompetentes e corruptos. Aliás, incompetência é a marca mais visível desse (des) governo.

 PARALISAÇÃO NA UNIR

O sindicato dos técnicos Administrativos da UNIR, SINTUNIR e Associação dos Docentes da UNIR, ADUNIR Decidiram em conjunto Aderir a partir de dessa 4ª feira, 08 de abril a Paralisação NACIONAL de 03 dias que estão ocorrendo em 56 UNIVERSIDADES FEDERAIS. O movimento estará se concentrando em frente ao portão da UNIR – CAMPUS PORTO VELHO a partir de amanhã, ás 08 horas. Nossa pauta conjunta é a valorização dos Servidores das INSTITUIÇÕES FEDERAIS, a melhoria salarial (Equiparação com outros servidores do Poder Executivo Federal) e o cumprimento dos Acordos estabelecidos entre o  MEC em BRASILIA – DF.

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