Em Linhas Gerais

Médica descobre que respiradouro mecânico não cura Covid19 mas mata o paciente – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“Certamente tem razão aqueles que definem a guerra como estado primitivo e natural. Enquanto o homem for um animal, viverá por meio de luta e à custa dos outros, temerá e odiará o próximo. A vida, portanto, é guerra.” HERMANN HESSE, escritor alemão nascido em julho de 1877 e falecido em agosto de 1962. Ganhou o prêmio Nobel de literatura em 1946.

EDITORIALZIM

É claro que dá medo. Principalmente para quem faz parte do grupo de risco pela idade e por doenças instaladas como o diabetes. E em Rondônia o sofrimento é maior com (a falta) as informações desencontradas e contraditórias. Isso causa medo por não termos um balizamento nos mostrando o norte que nos aguarda. O estado está cercado de notícias negativas não apenas em relação ao número de casos confirmados mas também sobre os crescentes indícios de corrupção praticadas por entes públicos ávidos em ampliar suas riquezas pessoais desviando recursos (por meio de compras superfaturadas) conseguidos com a decretação de calamidade pública com o argumento de combate ao Covid19.

Em Porto Velho, a capital rondoniense, o número diário de casos de contaminação, como afirmou uma fonte do Cemetron (o hospital de referência) onde são analisados testes de todo o estado, chega a aproximadamente 30 casos. É ou não é de dar medo quando os fatos ligados à política, à falta de ética e responsabilidade com o uso do dinheiro público demonstram claramente ser o Covid19 um desafio superior à capacidade dos líderes políticos do estado, nos seus três níveis.

É nesse cenário de incertezas que praticamente tudo voltou a funcionar no comércio da capital e não apenas os comprovadamente ligados às atividades essenciais. Praticamente todas as lojas das grandes redes estão abrindo e recebendo centenas de consumidores. Ainda bem que pelo menos os tais consumidores são obrigados a usar máscara de proteção. E neste mesmo cenário a sensação de desordem institucional é constatada. Até o prefeito da capital rondoniense teve essa percepção e preferiu, como afirmou, não fazer mais decretos objetivando a proteção pelo isolamento. Ele preferiu seguir os decretos do governo estadual para evitar o choque de visão entre município e estado.

Aquilo que o prefeito prometia como abertura gradual provocou um frenesi pondo praticamente por terra o isolamento não só do comércio e chegou até a instituições religiosas com a liberação, por decreto do governador, de pequenos aglomerados para cultos e outras atividades coletivas de fé.

Para quem mora na capital do estado o medo é maior. É aqui afinal que está agora o epicentro da epidemia. É evidente que a fraca autoridade do governo não leva ninguém a acreditar que ele tenha condições de proteger a população, principalmente pela ânsia em usar essa pandemia para obter dividendos políticos e reduzir seu enorme desgaste como chefe do Executivo estadual.

Há generalizadas suspeitas de que compras sem qualquer estudo e planejamento estejam ocorrendo para adquirir equipamentos de proteção, desde a simplória máscara até os tais respiradouros, com preços acima do mercado. E tudo isso aproveitando-se da decretação do estado de calamidade pública, que permite comprar sem a observância da legislação que regula as concorrências públicas. Não dá para afirmar que o governador rondoniense seja corrupto. Afinal o mandatário tem formação militar e cristã. O problema é que o governador – neófito em política – está cercado de um “staff” onde não falta espertalhões capazes de procurar garantir desejos pessoais de riqueza, principalmente para aqueles que consideram o cargo um porto seguro para fugir das pressões imensas contra quem faliu grandes negócios.

O segmento da Saúde Pública mesmo em tempos normais sempre foi repleto de denúncias sobre desperdício de recursos. Muitas ações da PF ocorreram em função delas. Em governos anteriores chegou a se fazer prisões por esse costume maléfico. Certamente a maioria das pessoas já se esqueceu de casos rumorosos como a “máfia das ambulâncias” e da “máfia dos vampiros”. Foram escândalos com repercussão nacional e com efeitos negativos até na política rondoniense, onde um promissor deputado federal e líder político na região de Cacoal enterrou seus projetos e a carreira por ter tido um alto envolvimento.

Agora, graças à decretação de emergência na Saúde no Estado e em praticamente todos os municípios as denúncias de corrupção pululam falando de desperdício de recursos com o pagamento de produtos acima do preço de mercado, de propinas, fraudes, e conluios até em municípios minúsculos. E tudo isso assusta o cidadão, especialmente num ano como esse quando haverá eleições para prefeito e vereadores e essa chuva de dinheiro pode servir para irrigar campanhas através do caixa 2.

Denúncias como as surgidas em plena capital do Estado sobre a estranha tentativa do governo em alugar um hospital particular através de um contrato de valor estratosférico mostra como a pandemia do Covid19 tende a agravar um quadro que, mesmo em tempos de “normalidade”, não se constata uma capacidade de investigação pelos órgãos de controle externo. Agora que o risco de corrupção é muito maior com agentes públicos praticando discricionariamente a alocução de recursos estamos, todos os que pagam impostos, vivendo a tempestade perfeita que favorece a corrupção.

Não dá para esquecer que o segmento da Saúde sempre foi um grande campo de atuação dos cartéis de fornecedores em negociações nada republicanas com o poder público. Imagine o que pode (ou está) acontecer quando a dispensa temporária de licitação dá ao gestor público a possibilidade contratar empresas sem a certidão de idoneidade, sem a certidão de regularidade fiscal. O dinheiro público vem sendo entregue a essas empresas que sofrem suspensão de poder contratar com o poder público, especialmente no segmento da mídia. Empresas irregulares com o fisco (que portanto não conseguem a Certidão positiva) estão veiculando a enxurrada de publicidade do governo, avaliada em milhões. Alguém deve estar aproveitando as dificuldades inerentes aos órgãos do controle externo para investigar essas contratações feitas para favorecer entidades particulares. Se não for possível trabalhos de auditoria e de fiscalização imediatas o cidadão-contribuinte-eleitor estará diante de um enorme abismo, de um ralo imenso por onde o dinheiro que deveria ser utilizado no combate à pandemia vai simplesmente desaparecer no favorecimento de “empresas amigas” ou de políticos sequiosos por ampliar suas riquezas pessoais.

RESPIRADOR MATA

A pandemia do Covid 19 gera polêmica em todas as classes, inclusive entre os médicos. Um das menos divulgadas é decorrente do protocolo criado pela dra. Elnara Márcia Negri, pneumologista do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, em relação ao uso dos respiradores mecânicos em pacientes do Covid19. Segundo a pesquisa da médica citada, o uso desse equipamento é um risco à vida. É que ela chegou à conclusão de que o Covi19 ataca os vasos sanguíneos e não o pulmão, como vem sendo divulgado na mídia sobre esse assunto. Com essa descoberta, a dra. Elnara chegou ao mesmo resultado relatados nas “50 autópsias de Bérgamo”, ou seja, de que o Covid19 ataca os vasos e não o pulmão. Segundo a descoberta da médica do HSL o pulmão não consegue jogar o ar onde ele precisa chegar por que os vasos estão entupidos. Nessas condições, a utilização do respirador mecânico só piora as condições do paciente, explicou a médica.

80% DE ÓBITOS

O alerta da médica considera que a utilização desses equipamentos de respiração mecânica é a causa do alto índice de óbito (cerca de 80%) de quem se submete a essa tal de “ventilação mecânica”. O aparelho na verdade provoca o sufocamento do paciente. O método criado pela médica do Hospital Sírio-Libanês foi batizado de “Protocolo Cabo de Guerra”.

Esse protocolo institui o tratamento da Covid19 com eficiência de 100% com base em anti-inflamatórios, antibióticos e anticoagulantes. E enquanto esse protocolo (que não foi e certamente não será divulgado pela Globo) não é levado a sério pelas autoridades, governantes compram os tais respiradouros mecânicos por mais de 180 mil reais que, segundo a pesquisa de Elnara, servem apenas para matar as vítimas dessa pandemia.

Como os governantes  gastam uma fortuna na compra desses equipamentos se uma médica brasileira criou esse protocolo provando que o tratamento da Covid19 é possível e muito barato? Será quem está por trás dessa enorme maracutaia? A médica, segundo se informou, está à disposição de qualquer pessoa interessada no “Protocolo Cabo de Guerra”.

ROUBANDO O POVO

O despreparo político do governador coronel Marcos Rocha é enorme. Como um dirigente público decide criar um projeto de lei para perdoar dívidas bilionárias de grandes conglomerados empresariais e também de empresas com falência decretada ou recuperação judicial? É bom destacar que entre as empresas “falidas” beneficiadas pela vontade do governador está a rede de supermercados Gonçalves, umbilicalmente ligada ao chefe da Casa Civil do atual governo, José Gonçalves da Silva Júnior.

Até o deputado Jair Montes, relator desse projeto de anistia fiscal feito pelo governo de Marcos Rocha, mostrou-se escandalizado com a iniciativa: “ Se fizermos (aprovarmos) isso estaremos roubando o povo de Rondônia”. Esse tipo de reação do relator da propositura é compartilhado praticamente por todos os deputados. Isso dá uma certa tranquilidade aos cidadãos rondonienses de que o esbulha não se concretizará. Tudo leva a crer que mais uma vez o governador ficará sozinho na chuva assistindo o aumento de sua impopularidade em todo o estado.

DECISÃO DEMORADA

A iniciativa de perdão aos grandes devedores, com destaque para a Energisa, ainda demorará a chegar ao final. É que o próprio deputado Jair Montes, o relator decidiu conceder mais 60 dias de prazo ao governo, para o fornecimento de explicações mais detalhadas sobre a famigerada iniciativa do Executivo.

Na verdade, da parte de vários deputados esse demora a mais é pura perda de tempo. Boa parte deles são favoráveis ao arquivamento imediato do projeto do governo. É claro que nenhum deputado é ingênuo o bastante para perdoar a dívida de uma empresa como a Energisa, uma das mais odiadas pelos rondonienses devido exatamente a sua prática cruel de cobrança e execução de consumidores de energia no estado.

HIGIENIZAÇÃO

Os trabalhos da prefeitura não param durante essa temporada de quarentena por conta da pandemia em Porto Velho. Na tarde de ontem funcionários lotados na Semusp procederam a higienização da sede da prefeitura (prédio do relógio) para combater a proliferação do Covid19. A prefeitura está cumprindo seu horário de funcionamento para ações internas levando sempre em consideração as orientações de segurança em relação à pandemia.

DIA DAS MÃES

Outra ação da Semusp foi desenvolvida para deixar o cemitério de Santo Antônio em condições de ser visitado no próximo domingo, mantendo-se todas as recomendações de segurança em relação à pandemia, na comemoração do Dia das Mães. A informação foi dada por Rainey Viana, o subsecretário da Semusb.

ESCABROSA

Parece mais um script de disputas em antigos lupanares. Mas certamente o envolvimento do deputado Geraldo da Rondônia com suposto agiota e político de Ariquemes, município próximo a Porto Velho, é hoje um assunto comentadíssimo naquela cidade, principalmente depois que esse relacionamento terminou em vias de fato entre o parlamentar estadual e um vereador conhecido como Renato Padeiro.

Pelo que andou sendo publicado na mídia, o deputado fez um acordo antigo com o tal vereador para dar emprego a parentes do mesmo e cabos eleitorais em seu gabinete na Assembleia. O acordo cumprido inicialmente pelo parlamentar acabou sendo rompido e isso foi o que levou os “antigos camaradas” ao se tornarem desafetos. Ainda, pelo que consta das tais publicações, Geraldo da Rondônia andou assumindo empréstimos com o tal Padeiro que, sempre pelo que consta das publicações da mídia, agia como agiota.

COMISSÃO

Até o momento a Assembleia Legislativa não se pronunciou sobre esse comportamento do parlamentar que, como crê alguns, feriu o código de ética do exo exercício do mandato. A Assembleia tem uma comissão própria para tratar de assuntos ligados a deputados que ferem o decoro parlamentar mas até agora a Casa se mantém fechada em copas.

Enquanto não houver uma manifestação do parlamento sobre essa suposta agressão ao decoro só será possível saber a extensão do dano caso o MP decida investigar se o deputado Geraldo da Rondônia cometeu algum ilícito distribuindo cargos na Assembleia para cumprir com alguma negociata política durante a campanha eleitoral. Espera-se que o presidente da Assembleia não faça corpo mole em investigar todo esse imbróglio que, claro, também coloca em cheque a própria instituição parlamentar estadual num enredo cheio de suspeição.

PRAGA

No pais do “mensalão” e da “lava-jato” a praga da corrupção se espalhou como se fosse o Covid19. Até nos menores municípios os corruptos estão presentes sempre farejando uma oportunidade de ganhar dinheiro com a aplicação de golpes com a colaboração de políticos. E agora essa prática criminosa não é mais exclusividade de políticos de alto coturno. Hoje é cada vez maior o número de meros vereadores de câmaras municipais de interior envolvidos nestas denúncias.

Foi o que aconteceu nesses dias em Ji-Paraná onde a Polícia Federal investiga um esquema de corrupção no “esquentamento” de uma área urbana preparada para doação a uma mega empresa do varejo, para a construção de uma loja. Na terça feira (5) a Polícia Federal promoveu diligências na cidade, investigando o envolvimento de vereadores e outros políticos suspeitos de participação no esquema. Um vereador que recebeu os “homens de preto” foi Marcelo Lemos, membro da Comissão de Finanças e Orçamento. O vereador se apressou a divulgar uma nota para dizer que se colocou à disposição da PF como colaborador acrescentando que não tem nada a esconder. Ora, até agora o edil é apenas suspeito. E certamente a PF deverá descobrir, com a investigação, o tamanho de seu envolvimento no assunto.

INSEGURANÇA JURÍDICA

O brasileiro não tem o costume de ler a Constituição do seu país. E assim acabam sendo levados a se posicionarem pela opinião de pessoas que, em boa parte, dão pitacos sem também conhecer o que está no documento mais importante da nação. Muitos não conseguem compreender os motivos pelos quais os nossos melhores juristas falam sobre a insegurança jurídica que nos rodeia.

PONTOS FUNDAMENTAIS

Mais do que nunca é preciso que todos os brasileiros, principalmente os cumpridores da lei e da ordem, observe alguns pontos fundamentais de nossa Constituição. Diz ela que “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: A soberania; A cidadania; Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; O pluralismo ideológico. Arrematando, está escrito em nossa Constituição, que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

TIROTEIO

A chegada da pandemia no país motivou uma espécie de salve-se quem puder nas esferas de poder, resultando, na linguagem popular em tiroteio de cegos, com uma superposição competitiva de egos e interesses, nem sempre claros, de governantes, políticos e, pasme-se, até magistrados. A Constituição é clara na definição dos poderes. “Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

O flagrante desrespeito a esse artigo solta aos olhos do mais leigo cidadão tupiniquim. A busca pela prevalência que existe por parte do STF sobre o Legislativo e o Judiciário, ora a favor de um, ora a favor de outro, mas sempre a favor de interesses de seus integrantes, é uma das mais graves violações que se assistiu na história republicana do país.

EXECUTIVO MINADO

Há ainda, também o exercício permanente por parte dos presidentes do Senado e, notadamente, da Câmara dos Deputados, casas que compõem o Congresso Nacional, em prevalecer sobre o Executivo, valendo-se de prerrogativas que fogem ao alcance de suas funções, valendo-se quando julga necessário de apelo ao STF. Sem exceção, ocorre o interesse de cada um deles, Judiciário e Legislativo, mas ambos se unem quando se trata de impedir a plenitude da vigência do artigo 2º, buscando impedir o Executivo de exercer suas funções garantidas na própria Carta.

DELETÉRIO

Surgiu um conceito deletério mas pratico de “governo de coalisão”, onde resultou a entrega da máquina pública aos partidos com assentos no Legislativo e a nomeação de ministros do Supremo de pessoas oriundas do meio jurídico mas com vínculos partidários ou pessoais junto aos governantes indicadores e senadores aprovadores dos nomes, numa espécie de conluio de autoproteção entres todos.

APARELHAMENTO

Ocorreu, então, durante um período sustentado na era lulopetista (a coalisão vinha desde Sarney, tendo sido arrombada ilimitadamente pelos governos do PT) a consolidação de sistema. Um alicerçado aparelhamento do Estado e do governo, onde, aí sim, mais como cúmplices do que como “harmônicos entre si”, os três poderes direcionaram os interesses nacionais para se encolherem diante dos seus, de dominação da vida brasileira, e viviam felizes da vida.  A raiz desse sistema, baseado na coalisão, não de boa governança, mas de interesses corporativos, partidários, grupais, ideológicos por afinidade aprofundou suas raízes após o comando de Lula no poder brasileiro.

LOTEAMENTO

O lulopetismo então extrapolou e com a aliança de seus partidinhos satélites e a banda podre do empresariado, lotearam o tesouro nacional promovendo assaltos inimagináveis que por pouco não destruíram o país. Surgiram os capítulos do “mensalão” e da “lava jato”. No bojo do descontentamento popular com as revelações surgiram condenações e sentimento antissistema.

BOLSONARO

O então deputado federal Jair Bolsonaro, incorporou em sua pessoa o sentimento que a maioria dos brasileiros de bem começou a revelar, de rejeição profunda à forma de condução do país, sem perceberem ainda, naquele momento, que se tratava de um sistema orquestrado entre os três poderes da República. Com um discurso no sentido contrário da pregação oficial então dominante, atraiu a atenção e, principalmente, os votos e ganhou a eleição presidencial, tirando do comando do governo federal (e dos cofres públicos da União) os adeptos do sistema instalados no Palácio do Planalto.

MANCO

Como consequência, e hoje o Brasil começa a enxergar com nitidez, ao aplicar as promessas de campanha de enfrentar a corrupção, a doutrina de esquerda e recolocar os valores da família brasileira de volta na pauta de sua gestão, e ,ainda, fechando os cofres oficias para patrocínios sem limites da   grande mídia, o Executivo abriu a caixa de Pandora dos interesses ocultos do sistema. Como consequência, e hoje o Brasil começa a enxergar com nitidez, ao aplicar as promessas de campanha de enfrentar a corrupção, a doutrina de esquerda e recolocar os valores da família brasileira de volta na pauta de sua gestão, e, ainda, fechando os cofres oficias para patrocínios sem limites da   grande mídia, o Executivo abriu a caixa de Pandora dos interesses ocultos do sistema.

Em poucos meses viu-se que o tripé (Executivo, Legislativo e Judiciário) que sustentava o sistema dominante ficou manco. O Executivo ousou fugir do figurino de harmonia entre os três poderes, na divisão do butim da pátria. Não só o de dinheiro, mesmo, mas também o de prestígio, corporativismo, fisiologismo, influência, mordomias, verbas abundantes, fora o fruto da corrupção. Ao deixar o sistema manco, todos os males do mundo da caixa de Pandora serviram de catálise para os outros dois poderes mais a mídia e derrotados de toda ordem nas urnas, se unirem num maléfico plano de busca de derrubada do chefe do Executivo, na esperança de retornar o sistema ao mar de rosas anterior para seus integrantes, o inferno de Dante na Terra para os brasileiros comuns.

PARTE PODRE

Políticos populistas, governantes despeitados e ambiciosos, parte podre da sociedade civil e empresarial, partidos, magistrados com interesses próprios que viviam escondidos e na bonança, artistas, a mídia depauperada pela falta de dinheiro público, enfim, toda sorte de prejudicados por ter o sistema ficado manco, declararam uma guerra nada santa contra o governante que desarticulou o uso da coisa pública brasileira em favor de grupos privilegiados. Em torno disso gira todo o resto, seus adereços, penduricalhos, paetês, vaidades e maldades. Todo mundo quer na insegurança que essa guerra provocou, tirar sua casquinha. Até quem provocou toda a crise quer tentar se oferecer como solução. Um pandemônio na pandemia.  Dá, agora, para entender todo esse pandemônio?

AUTOR: GESSI TABORDA –  JORNALISTA –  COLUNA EM LINHAS GERAIS

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