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STF e TSE alinham discurso em defesa da democracia

Enquanto Luiz Fux conclama o diálogo nacional, Edson Fachin reafirma a confiança no sistema de votação. Na avaliação do presidente da Corte eleitoral, a “adesão cega à desinformação” revela postura antidemocrática

Alinhados, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriram as sessões do segundo semestre do ano com discursos em defesa das eleições brasileiras. O ministro Edson Fachin, do TSE reiterou a confiança no sistema de votação e disse que quem critica o processo “só defende interesse próprio”. Luiz Fux, do STF, pediu respeito e diálogo, independente do resultado do pleito.

As Cortes retomaram a rotina normal, após um mês de recesso. Fachin se disse confiante no trabalho da Justiça Eleitoral e ressaltou que a rodada de teste nas urnas não identificou nenhum indício de fraude ou falha nos equipamentos. “Considerado apenas o período no qual utilizadas as urnas eletrônicas, todos os testes de segurança, públicos ou privados, comprovaram o respeito à garantia constitucional do sigilo do voto, prevista no art. 60, § 4º, inciso II da Constituição da República”, afirmou.

O ministro também chamou atenção para o perigo das fake news, principalmente, durante o período eleitoral. Segundo ele, “a opção pela adesão cega à desinformação que prega contra a segurança e auditabilidade das urnas eletrônicas e dos processos eletrônicos de totalização de votos é a rejeição do diálogo e se revela antidemocrática”.

Desde que foi eleito, Bolsonaro e seus apoiadores afirmam que as eleições de 2018 foram fraudadas e que a chapa teria ganhado em primeiro turno contra Fernando Haddad (PT). Ele chegou a sugerir que os militares fizessem uma apuração paralela nas eleições deste ano. No mês passado, o presidente também convocou uma reunião com embaixadores para atacar o Judiciário e disseminar notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro.

Fachin criticou os ataques às urnas. “Desqualificar a segurança das urnas eletrônicas tem um único objetivo: tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade foi respeitada. Isso é especialmente verdadeiro em relação aos cidadãos com maior dificuldade de escrever”, disse.

Em outra ocasião, Bolsonaro chegou a declarar que não irá aceitar o resultado da eleição se ele não for o vencedor. “Quem vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrônicas e do processo de votação, está defendendo apenas o interesse próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de ser votado pela maioria da população brasileira”, afirmou o magistrado.

O ministro Edson Fachin fica no comando do TSE até 16 de agosto, quando deve passar o bastão para Alexandre de Moraes — que terá a missão de presidir a Justiça Eleitoral durante as eleições.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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