FILOSOFANDO
“Quem não pode atacar o argumento ataca argumentador.” PAUL VALÉRY (1871/1945), foi filósofo, escritor e poeta francês. Chegou a se dedicar ao Direito e foi redator no Ministério da Guerra. Foi aceito pela Academia Francesa em 1925.
ESGOTAMENTO
O diagnóstico é consensual, o sistema político, eleitoral e partidário brasileiro chegou a um esgotamento irreversível. A falta de consistência das regras do jogo levou a um modelo de organização caro, distante da sociedade, pulverizado, de baixa densidade programática, clientelista e patrimonialista ao extremo. E uma parte dos políticos age como se isso ainda fosse pouco.
PIOR SEM ELA
A democracia é invenção histórica humana e, como tal, comporta virtudes e pecados. Mas à luz de experiências autoritárias, como as de Coreia do Norte, Venezuela e Cuba, é fácil chegar a uma conclusão óbvia: se a política vai mal no Brasil, pior sem ela, sem liberdade e sem democracia.
PARA REFLETIR
Se contarmos apenas os dias úteis da atividade legislativa – terça, quarta e quinta-feira –, o governo Temer tem só mais cinco meses de vida. E mesmo assim é tempo demais… Afinal, Temer se autoproclama o “Governo das Reformas”, só que o governo não esta e nunca esteve associado a um projeto político.
Temer tem sua legitimidade sistematicamente contestada, o que dificulta um calendário de realizações, apesar de ter tido êxito na aprovação das reformas mais impopulares, como a trabalhista, e prometer que vai fazer uma abominada: a previdenciária. Será?
NO IPERON
Para o conhecimento dos leitores que acompanham (e oram) minha batalha pelo direito de aposentar, tendo mais de 40 anos de contribuição e completado 66 anos de idade. O processo já está no Iperon, desde o dia 11. Cabe ao órgão fazer sua análise nos termos do Art. 56 da Lei Complementar 432. Aos leitores religiosos continuo pedindo a intervenção divina para livrar-me das manobras do núcleo politico inconformado com minhas críticas objetivam, até agora, obstaculizar exercer esse direito vinculado, líquido e certo.
BANDA PODRE
Na edição da última terça-feira a manchete do jornal “A Gazeta de Rondônia” – uma publicação claramente alinhada com os objetivos políticos do presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho, anunciava o risco enfrentado pelo deputado que deixou o PP pelo partido comandado por Valdir Raupp, de ver seu maior objetivo – de disputar o governo no próximo ano – ser erodido. “Banda podre do PMDB quer minar Maurão”, era a manchete em letras garrafais. O jornal afirmava que o potencial político de Maurão está incomodando “quem pretende manter o poder na marra” (sic). E falou tudo isso sem revelar os componentes da “Banda Podre” do PMDB.
SILÊNCIO
A direção do PMDB rondoniense engoliu em seco a denúncia das “artimanhas” da suposta banda podre. Não dá para saber quem faz parte dela. A Gazeta de Rondônia afirma ter conseguido declarações de antigo membro do PMDB, também não identificado que, como escreveu a publicação, é “gente sem caráter, que se esconde atrás do manto da impunidade”. Quem será o “poderoso peemedebista”? Mistério também assegurado pelo jornal: qual será o “membro antigo” do PMDB que considera deslealde a manobra contra seu projeto político? A explicação pelo desinteresse da mídia em repercutir essa matéria da Gazeta pode estar atrelada à generosa distribuição da montanha de dinheiro disponibilizada pelo parlamento aos veículos da mídia amiga.
NOVO PARTIDO
No passado recente essa coluna comentou o assunto. Aliás, antes da adesão do deputado Maurão ao PMDB a coluna registrava o enorme risco tático que o político corria, a ponto de viver o repeteco da última tentativa de concorrer ao governo, quando tudo malogrou com as manobras de Ivo Cassol, que preferiu a irmã como candidata de seu grupo.
Ontem era possível ouvir de fontes com livre trânsito em gabinetes de parlamentares que o presidente Maurão de Carvalho já estaria analisando as possibilidades de buscar nova legenda para consolidar seu objetivo de disputar o comando do estado.
BARREIRA
O senador Ivo Cassol é claro em suas afirmativas sobre sua agenda política para 2018: vai ser candidato e isso – diz assusta – os demais concorrentes. Todavia, Ivo Cassol tem barreiras enormes para transpor no âmbito dessa disputa. Vamos falar desse assunto na coluna de sábado, inclusive sobre o peso da vigilância judiciária em terno dessa aspiração do ex-governador e (ainda) senador Ivo Cassol.
NO VOTO
Ivo Cassol anunciou seu repúdio às tentativas dos políticos de garantir bilhões de reais para custear as campanhas eleitorais no próximo ano. Para o senador, quem defende esse projeto, desrespeita o povo brasileiro. Será que Ivo Cassol está disposto a abrir mão de recursos do contribuinte no custeio de sua campanha? Será que o (ainda) senador vai votar contra esse monstrengo?
ESPANTOSO
Vários ex-deputados mantidos presos pela participação numa organização criminosa que desviou milhões de reais da Assembleia Legislativa tentaram – e não conseguiram – sair do xilindró para uma posição de maior conforto, como a prisão domiciliar. E enquanto são mantidos no xadrez Carlão de Oliveira, o corrupto maior, continua livre, como foragido da Justiça. Afinal, será que o sistema policial não tem interesse em sua captura? Dizem que Carlão é um verdadeiro arquivo vivo sobre o festival de maracutaias que dominou o legislativo estadual no passado recente.
RECUPERAÇÃO
O acanhado Parque da Cidade foi fruto de uma das contrapartidas para a construção do Shopping da capital rondoniense. Desde sua inauguração o local nunca recebeu atenção da prefeitura e estava em processo de degradação. Agora, graças ao empenho do prefeito Hildon Chaves, a situação está mudando.
O parque será devolvido à população no próximo sábado, após um amplo serviço de recuperação.
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