FILOSOFANDO
“Cuidado com o trombone para não abafar o flautim.” Conselho que meu saudoso pai Antônio Taborda me dava quando comecei a colocar minha opinião em texto de jornal, nos “anos de chumbo”, quando muita gente ia para a cadeia simplesmente por aplaudir a “Redentora”.
CULPA DA OI
A coluna de hoje sai em estilo precário. E tudo por culpa da Oi que – vá saber se é só por incompetência ou por estar num período desandado de quem enfrenta uma grande falência – decidiu deixar a minha casa sem Internet desde as 13 horas do dia 25, embora a malfada empresa receba o pagamento da fatura sempre na data do vencimento ou até antes.
Nunca atrasei a quitação da fatura e mesmo assim a diabólica Oi disse que não vai resolver o problema antes do dia 28, dia que certamente foi fazer-lhe a surpresa de pedir o cancelamento do contrato. Ela não vai apenas perder o cliente, mas vai sofrer a consequência de todos os meus praguejamentos, única maneira de desopilar o meu fígado após o arrependimento de ter ficado tantos anos nas garras dessa empresa que parece viver numa proteção especial da Anatel, sempre incapaz de puni-la severamente pelos maus tratos impostos aos seus clientes, como eu.
AGONIA
Quando o leitor estiver correndo os olhos por estas mal traçadas, o coluneador estará tamborilando no computador as últimas notinhas desse processo de agonia (para eleitores e candidatos) em que se transformou o Segundo Turno dessa refrega. Vai ser um grande alivio constatar que a tal campanha acabou, exatamente por nos livrar do imenso pugilato. É isso mesmo, eleitor, um debate civilizado, que poderia ser inofensivo, sobre os problemas da capital rondoniense, acabou tendo até carro de propaganda eleitoral incendiado.
AVANÇAMOS?
Testemunhando o final desse processo, sinto que há outro motivo capaz de dar alegria a quem sonha com um tempo novo na política e na gestão da cidade. Explico: não há mais o voto de cabresto ou do medo definindo o resultado final. Então avançamos.
A pornocópia usada sempre pelo tal candidato que só por ter andado nos vagões da EFMM colocou a boca no trombone para prometer que a mítica ferrovia “vai voltar”, graças ao apoio da China, deverá leva-lo de reboque, derrubando sua previsão risonha lastreada na enorme barganha, não deverá dar certo.
MESMO SACO
Foram realmente grandes esses conchavos, colocando no mesmo saco “comunistas”; como uma vereadora sustentada por um sindicato pelego, até fulgurantes titãs da direita capitaneados por inesquecíveis figuras de péssimas lembranças alastradas da cassolândia, das sanguessugas condutoras das ambulâncias dos vedoins de Cuiabá.
Avançamos? Penso que sim, mas só o resultado final confirmará ou não se estamos todos preparados para não sermos mais uma vez ludibriados pela confusão do tempo presente.
SAÚDE CONTAGIANTE
Sim, já escolhi o candidato que vai receber meu voto no domingo. É aquele que transpira a saúde contagiante numa verdadeira síntese da afirmação – mesmo debaixo de todas as baixarias praticadas pelo oponente – de que temos de amar essa nossa cidade de Porto Velho porque ela é grande, vai ficar muito maior e, para a felicidade geral, não pode mais ser refém dos grupelhos políticos que em patota circundam o bebezão e aplaudem o espargir do ódio, próprio da cultura subdesenvolvida que parte para a ignorância, incapazes que são de ouvir críticas e questionamentos sem bílis.
PRIMEIRA VEZ
Foi a primeira vez que ouvi um sujeito saído de um função pública onde chegou por concurso, falando de política eleitoral.
E dizendo verdades sobre velhos (e envelhecidos) políticos, alertando ao mesmo tempo, que nos acostumamos às mentiras e banalidades ditas por eles, a ponto de permitir que Porto Velho, por tantos anos, se tornasse refém dessa súcia a ser (se o Poderoso nos ajudar!) sacada no domingo.
PSIT!
Negóseguinte, leitores: o espantalho que tem descaracterizado a cidade de Porto Velho do verdadeiro figurino de uma capital ainda nos ronda. Não há outra saída senão resistir as forças da alienação interessadas em fazer a maioria que bravamente deu o inesperado desfecho do primeiro turno recuar agora.
Não se pode cair nesse conto da deduragem juncados ao candidato cheio de promessas e ideias natimortas já bem conhecidas dos moradores de longos anos dessa cidade que não deixou de ser apenas um rascunho das aspirações de todos nós.
RESISTIR
A posição definida de enfrentar os contadores de histórias e vendedores de mumunhas registradas no primeiro turno, não deve mudar até o momento de teclar os números da urna. Vamos resistir. A história é nossa e não do rascunho do Forrest Gump.
Defenderemos com nossos votos no próximo domingo a capital rondoniense, dando-lhe a chance de escapar para sempre desses “gênios da atrapalhação”. Todos nós que aqui moramos temos direito à felicidades.
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