TUDO NO MESMO LUGAR
Chegou mais um release dos fabricantes de factóides da prefeitura sob o comando de Mauro Nazif, para confirmar uma reunião do prefeito e parte de seus secretários, na última sexta-feira, na Sempla, com lideranças comunitárias e representantes de comunidades ribeirinhas, com o objetivo de explanar o que o prefeito está fazendo para atender as reivindicações de todos.
O assunto, por si só, é muito importante para se aferir até que ponto Mauro Nazif está se mexendo em busca de soluções para regularização fundiária de áreas urbanas ocupadas por centenas de famílias que não encontraram outra saída para realizar o sonho da “casa própria”. Também sobre as providências de ações destinadas a minorar o sofrimento dos ribeirinhos que viram suas comunidades destroçadas pela cheia histórica do Rio Madeira.
O factóide da prefeitura não dá informações precisas, não define datas para as coisas acontecerem e nem demonstra a existência de algum tipo de planejamento para que a situação precária dessas famílias (tanto nas áreas ocupadas, como nos distritos vítimas da grande cheia) seja resolvida. Pelo visto, tudo continua no mesmo lugar.
FELICIDADE INJUSTIFICÁVEL
Se o (vá lá) release da prefeitura for fiel ao cenário da tal reunião, Mauro Nazif deve ter saído de lá convencido de que sua lábia ainda funciona. Afinal, diz o release, Océlio Muniz, que seria o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens; e Rosália Oliveira, do Movimento por Moradias, saíram de lá satisfeitos, ao ponto de fazer elogios ao prefeito. Deve ser por isso que encerrando o blábláblá, Mauro afirmou: “A prefeitura tem sido o maior defensor de vocês, tem dado todo apoio dentro do possível. Estamos sempre dispostos a ouvir vocês e buscar soluções”.
INDIFERENTES
Nem mesmo quem lidera esses movimentos de angustiados com a inércia da gestão pública consegue escapar da indiferença. Por isso, é só por isso, praticam o elogio barato para um prefeito que vai matando as poucas esperanças de que Porto Velho sairia da fieira de vergonhas daquele projeto político antecessor, cujo único objetivo era o de assaltar a população dessa capital tida como o patinho feio entre as capitais brasileiras.
DÍVIDAS
O Congresso poderá votar hoje o projeto que fixa em 30 dias o prazo para a adoção do novo indexador das dívidas de Estados e Municípios. De seis emendas apresentadas em plenário ao PL, a relatoria só aceitou a do senador Antônio Carlos Valadares (PSB), que torna obrigatória a troca do indexador das dívidas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com o parlamentar, a lei complementar 148/2014 “não determina a troca”, mas apenas a autoriza.
EM FALTA
Mesmo com a política de cotas nas universidades, no serviço público e outras políticas públicas, há um espaço no qual o negro ainda participa muito pouco: a política. Assim, na Assembleia Legislativa há apenas um parlamentar negro. E na disputa pelas prefeituras no ano próximo, os negros estarão longe de ser inseridos na disputa eleitoral. Aliás, a presença do negro nas instituições sociais de Rondônia, como é o caso dos sindicatos, praticamente não existe. Esse deveria ser um tema que os partidos deveriam estar discutindo, com vista às próximas eleições de 2016 e 2018.
SEM FUSÃO
A cúpula estadual do PPS rondoniense não tem conhecimento sobre os esforços voltados para a fusão do partido com o PSB, sigla à qual pertence o prefeito Mauro Nazif. Uma fonte do PPS da capital disse à coluna que só ouviu falar dessa fusão em 2014. Segundo essa fonte o assunto não foi mais ventilado e o PPS rondoniense pretende lançar candidatos a prefeito nas principais cidades do estado.
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NOME RECORRENTE
No meio político representantes da nova safra de eleitos no pleito passado vão surgindo como prováveis alternativas para a disputa do próximo. Leo Moraes, do PTB, é um nome recorrente para disputar o comando da prefeitura de Porto Velho. Consta que está sempre bem posicionado nas pesquisas, por ter tido uma passagem marcante pela Câmara Municipal, onde se revelou como oposição ao atual prefeito. Como tem conseguido destaque entre os membros da Assembleia, na legislatura iniciada esse ano, certamente Leo pode ser o nome com mais força para assegurar candidatura própria ao PTB portovelhense.
FORA DA DISPUTA
O empresário Mário Português, hoje filiado ao PMDB, não deverá encarar a disputa eleitoral do próximo ano. No momento o dono da Distribuidora Coimbra está mais preocupado com sua saúde e, quando pode, com programas de investimentos em suas fazendas. A família prefere que o empresário lusitano fique fora da refrega eleitoral do próximo ano. Sua desistência deixa o PMDB numa situação difícil para encontrar algum nome palatável junto ao eleitorado para desalojar Mauro Nazif.
“COMPRA” DE APOIO
Com apenas 13% de aprovação popular, a Presidente Dilma Rousseff continua “investindo” pesado para manter o apoio dos partidos aliados ao Planalto. Enquanto a população está sofrendo o diabo para reduzir as despesas em casa, essa senhora inventada por Lula, triplicou a verba destinada ao Fundo Partidário. Ele passou para R$ 867,5 milhões, por meio de uma emenda ao Orçamento da União do presente exercício. É sempre o povo pagando o pato da falta de simancol dos políticos. Desse jeito, quando a própria presidente se recusa a fazer economia, nos aproximamos cada vez mais do aprofundamento do caos econômico e político.
INSUPORTÁVEL
A crônica policial diária, em todas as plataformas da mídia rondoniense, revela que o grau de insegurança até mesmo nas pequenas cidades do estado, atingiu nível insuportável há muito tempo. Na capital é cada vez maior o número de cidadãos com medo de sair de suas casas e circularem livremente a pé, de carro e até mesmo no transporte coletivo.
Aqui já há até o registro de vítimas de bala perdida. Assassinatos, furtos e roubos são acontecimentos sempre recorrentes nas cidades onde o policiamento é precário e as investigações encontram todos os tipos de barreira para chegar aos responsáveis pelos crimes. É cada vez mais necessária uma cruzada pela vida e contra a violência. A sociedade tem de se mobilizar para exigir que os governantes cumpram com sua responsabilidade, dando prioridade à vida.
DESRESPEITO AO MÁXIMO
Que a prefeitura de Porto Velho não demonstra ter foco nenhum sobre as prioridades da capital todo mundo sabe. Mas nem assim da para entender o abandono a que está relegado o Cemitério de Santo Antonio. As reclamações que chegam à imprensa falam do horror de ver aquele local tomado pela “selva”, impossibilitando até mesmo às famílias descobrirem os túmulos de seus entes queridos.
A prefeitura tenta escamotear a sua responsabilidade com informações calhordas de que a limpeza do local deve ser feita pelos parentes dos falecidos. Só mesmo autoridades com poder de exigir o cumprimento das obrigações do prefeito, poderão por um ponto final nesse imobilismo vergonhoso do executivo municipal.
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