Em Linhas Gerais

Indeciso: Será que Acir Gurgacz, que votou pelo afastamento de Dilma, passou agora a acreditar em sua inocência?

FILOSOFANDO

Além de transformarem o Brasil num cassino, viciaram a roleta”. Millôr Fernandes (1923/2912), jornalista, escritor, cartunista e autor teatral brasileiro.

HONESTA? SÓ DA BOCA PRÁ FORA

É importante registrar esse lado da moeda agora quando lemos na mídia que atores importantes da política local estão pré-dispostos a mudar o voto no desfecho final do impeachment de Dilma, favorável ao retorno da presidente ao comando do Brasil. É como se, por exemplo, o senador Acir Gurgacz, que votou pelo afastamento da petista passasse a acreditar, agora, na inocência de Dilma e esquecesse que a imensa maioria da população não quer nem pensar na possibilidade do retorno da (vá lá!) “presidenta”.

A dita honesta Dilma nestes últimos dias vem sendo uma figura carimbada nas páginas policiais da nossa imprensa, já que não faltam denúncias cabeludas feitas pelos delatores da Lava-Jato contra a afastada presidente.

GURGACZ SABE

Como o senador rondoniense pretende se explicar diante do eleitorado os motivos pelos quais mudou de opinião? Será que pretende dizer que não sabia das coisas mais bizarras praticadas por Dilma, como o uso de recursos supostamente ilícitos para pagar despesas pessoais, como de seu cabeleireiro?

É claro que Acir Gurgacz tomou conhecimento de todas as denúncias e sabe que essa conversa sobre a honestidade de Dilma é apenas mais um truque de madame espalhado por petralhas. Ela está implicada em denúncias sérias, como verbas restritas da Presidência desviada para sua campanha eleitoral de 2014, e até do seu total conhecimento (que sempre negou) sobre a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos EUA.

OUTROS DESVIOS

Mas se tudo isso não bastar para o senador rondoniense manter seu voto de acordo com o desejo da maioria do eleitorado do estado e do país, ele pode tomar conhecimento da verdadeira bomba anunciada pela imprensa de todo o Brasil.

Trata-se da delação do empresário que está preso, o Marcelo Odebrecht, que pessoalmente Marcelo foi confirmar no Planalto, com a Dilma, um pedido do ministro Edinho Silva, para que fosse pago em 2014, uma propina de R$ 12 milhões, no qual a presidente sem pestanejar e na maior cara de pau respondeu “é para pagar”.

SEM ARREPENDIMENTO

O senador Acir Gurgacz não precisa mudar de posição. Seu voto pelo afastamento de Dilma não pode ser motivo de arrependimento.  Se a Dilma fosse honesta não teria praticado crimes de responsabilidade fiscal! Não teria produzido um irresponsável déficit fiscal, que contribuiu para arruinar a economia brasileira, fechando as portas de mais de um milhão de empresas, e também quase 12 milhões de postos de trabalho. Ou seja, um caso de impeachment e de polícia…

Se o senador virar a casaca e votar pelo retorna de Dilma certamente é por motivos de outra ordem. Terá depois dificuldades para se justificar para a população, especialmente aquela parcela sem empregos e cada vez mais afundada na tragédia de não ter esperanças de ver o país retomar logo o rumo da recuperação econômica.

FOCO ELEITORAL

Políticos de Porto Velho continuam buscando fabricar factoides capazes de tirar do foco eleitoral a ideia arraigada entre a maioria dos eleitores da capital que a vereança conta muito pouco na batalha constante visando defender a população em seus interesses básicos de cidadania.

Assim, a abertura de um processo de afastamento do prefeito Mauro Nazif nesse final de semestre cheira mais uma simples manobra eleitoreira, embora o prefeito, ao adotar uma estratégia “emergencial” para substituir o monopólio do sistema de transporte coletivo, supostamente tenha ferido não só a legislação sobre concorrência pública mas, também, a própria Lei Orgânica do Município.

SUBMISSOS

O prefeito não se pronunciou sobre esse (vá lá!) impeachment que deve tramitar na Câmara Municipal. Ele tem a real dimensão de seu domínio naquele pedaço onde a larga maioria da edilidade, comportou-se em todo esse mandato totalmente submissa aos desígnios do Executivo. Nazif não teme o Legislativo e talvez considere o anúncio do tal “impeachment” centrado na novela de bas-fond dos ônibus apenas como uma “opera bufa” da edilidade. Afinal é fácil perceber que a Câmara lenta de Porto Velho não iria engrenar agora um capítulo desses se não estivéssemos perto de outubro, quando os atuais vereadores serão julgados nas urnas pelos eleitores irados com suas omissões.

VAI NEGAR

Até o momento em que a coluna era fechada não havia nenhum indício, conforme nossas fontes de Brasília, de que o STF vá negar o pedido da PGR de prisão para Sarney, Renan, Cunha e Jucá. Isso porque as provas materiais (gravações e documentos) entregues por Sérgio Machado e filhos à Justiça não permitem outro veredicto. E a decisão no STF não deve demorar, em virtude da instabilidade gerada pela notícia.

RENAN

E de acordo com uma das fontes do planalto, o relator da Lava Jato, Teori Zavascki,  ao menos no caso de Renan, deverá submeter a decisão ao pleno do tribunal. Afinal, a prisão do presidente do Senado é algo inédito na história do país.

ABSURDO

No Brasil muitos absurdos políticos estão aparecendo e precisam ser corrigidos. Mas não é de hoje que a coisa pública é tratada com desprezo e descaso por nossas autoridades. E exatamente nesse ângulo em que deve se contextualizar a tal Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa na última segunda feira para tratar da “alfandegamento” do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira.

CONVERSA MOLE

Nesse cenário a presença de políticos como Valdir Raupp e sua mulher, a deputada Marinha Raupp, para falar sobre a importância de tornar o nosso aeroporto como “internacional” de verdade transformou a audiência num autêntico scatch do teatro de comédias. Surpreende o casal Raupp fazer promessas de internacionalização do Aeroporto, quando se sabe que o foi exatamente no tempo de seu governo que essa novela começou.

Se naquela época o hoje senador Raupp não avançou absolutamente nada em relação à internacionalização do Aeroporto Jorge Teixeira, como acreditar que, agora, a ação do casal Raupp vai se tornar imprescindível para essa conquista?

QUANDO?

O Judiciário não está baixando a guarda para políticos que até recentemente se julgavam acima do bem e do mal. O ex-deputado Haroldo Santos não conseguiu o HC para relaxar sua prisão. Ele está pagando por ter metido a mão na cumbuca ao participa da quadrilha que teve Carlão de Oliveira, o pai do deputado Jean, com chefe. Mas nem por isso ainda é possível saber até quando outros corruptos (alguns com condenação) ficarão livres por ai, como se fossem intocáveis. Esse é o caso, só para exemplificar, da ex-deputada Epifânia Barbosa, mocinha petista que participava das tramoias urdidas na gestão do prefeito Bob Ali-Babá, na área da Educação.

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