EXPERIÊNCIA
Na semana passada, Dilma Rousseff recomendou aprofundar o Mercosul. Nisso ela tem experiência pois, com pleno sucesso, já “aprofundou” o Brasil.
RECEITA
O 2014 chega ao fim. O novo ano está chegando envolto nas brumas das dificuldades econômicas, consequência de anos de má gestão e de dilapidação do patrimônio público, nesse país tão vitimado pela corrupção. E mesmo é possível ter um novo ano emoldurado de felicidades. Recebi uma receita para tornar o novo ano bem feliz. E assim como a recebi entrego, a todos os leitores, essa receita singela, de apenas quatro ingredientes fundamentais.
1º – Resgate sua natureza humana. 2º – Livre-se do egoísmo obscuro. 3º – Redescubra as cores dos seus sonhos mais generosos. 4º – Valorize as luzes de cada dia e de cada noite, vivendo para o bem de todos.
E assim, retribuo as dezenas de votos de Boas Festas dos leitores da coluna, tanto na edição impressa do Alto Madeira como nos sites da internet.
RETORNO
Num importante escritório político de Porto Velho ouvi na última semana uma inconfidência dos bastidores da política, dessas que não diz tão cedo em público. Alguém garantia que Carlinhos Camurça (ex-prefeito da capital) quer voltar à política.
Está animado com esse projeto em virtude do fracasso dos últimos dois prefeitos da capital. Acontece que Carlinhos Camurça para retornar à vida pública terá de demonstrar que não está mais enrolado na Justiça.
MAIS TEMPESTADE
As notas publicadas por partidos, com a ideia de tirar da reta lideranças apontadas como beneficiárias do esquema de distribuição de dinheiro da corrupção do “Petrolão” não tem efeito algum para inocentar políticos que apareceram na lista de Paulo Roberto Costa, publicada em jornais da importância de “O Estado de São Paulo”.
Os 28 políticos dessa primeira lista divulgada poderão sofrer processo. Essa não é, como se afirma, a única lista da delação premiada. De acordo com as especulações em torno do assunto existem mais 11 listas. Só Alberto Youssef teria citado quase 70 nomes.
NÃO LIVRA NADA
A publicação da “nota oficial” do PMDB para livrar a cara de Valdir Raupp terá pouca (ou quase nenhum eficácia) no sentido de blindar o senador barbudo de Rolim. Certamente, na hora oportuna, o MPF vai ver contra quem há provas ou indícios.
Políticos acostumados a acreditar na impunidade estão apavorados. Eles sabem que no cruzamento das 12 delações premiadas (e podem surgir outras) a corda vai apertar o pescoço de um monte de político, que até agora conseguiram escapar dos tentáculos da Justiça.
DEVE SER PIADA
Não é fácil compreender que tipo de ideia move as ações da prefeitura de Porto Velho, especialmente quando o negócio é fomentar a cultura portovelhense
Em torno dessa Fundação Cultural de Porto Velho surgem as mais controversas ideias de gastos completamente divorciados daquilo que são as verdadeiras manifestações de cultura. Aliás, em nome da cultura a picaretagem como solta.
E agora, em mais uma espécie de truque de madame, a prefeitura se vangloria da compra de 3 automóveis de luxo para a Funcultural (dois Pálios e uma Saveiro), como se isso fosse garantir fomento a este setor tão esquecido pela gestão municipal. Por essas e outras é que não dá para acreditar em qualquer tipo de “política” cultural desse prefeito.
ENQUANTO ISSO…
A cidade é incapaz de montar e fazer funcionar uma orquestra sinfônica; de promover alguma coisa séria e respeitável como uma festa literária, como um festival de gastronômico, uma verdadeira feira de artesanato, etc, etc. Não será o dinheiro gasto para comprar automóveis de luxo que fará da Funcultural alguma coisa representativa na cidade.
E tem gente lá nessa Fundação alguém ainda teve a audácia de dizer que “o dr. Mauro tem grande sensibilidade (como? Cara pálida!) para todos os segmentos culturais”.
SENSIBILIDADE?
Ora, Nazif deveria ter a honestidade de Checov, importante escritor russo, que ao sair de uma apresentação de dança, respondeu a uma indagação de um puxa-saco: “Vim assistir a dança mas devo dizer que nada entendendo de ballet, a não ser que após o espetáculo as bailarinas fedem a cavalo”.
Nazif não é chegado em coisas da cultura. Nos longos anos como repórter na capital, nunca vi esse político presente numa vernissage de qualquer pintor local. Com essa gestão, sabe quando poderemos ter por aqui um Salão Internacional do Humor? Nunca, e olha que para fazer algo assim não é necessário uma frota de veículos!
COSA NOSTRA
É como sempre comentamos: o governo rondoniense é incapaz de fechar as portas para clãs reconhecidamente enfronhados na corrupção. E assim, a mulher de um político de Vilhena, condenado e preso por um enorme trambique na Assembleia está em cotação para a representação da Secretaria de Estado da Educação naquela cidade. É o governo contribuindo para tirar do frio que ganhou na Justiça a marca de defraudador do dinheiro público. E como falar, depois dessa, em moralização da gestão da pública?
MARACUTAIAS
Com
a prisão de Zezinho da Maria Fumaça e Rodrigo Mota Jesus (que não se perca pelo nome) ficou comprovado: emendas orçamentárias de parlamentares servem prioritariamente para maracutaias, roubalheiras e malfeitos. Quem disse que o governo pode jogar dinheiro do contribuinte nessa cascata de show ghost (opa, gospel!) como se isso pudesse ter a chancela de cultura. Se a Justiça não punir esse pessoal que vive da malandragem, não vai demorar muito para outros espertalhões com trânsito no governo fazer nosso suado dinheirinho virar “fumaça” de novo.
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