FILOSOFANDO
“Ninguém é tão velho que não possa viver um ano mais, nem tão moço que não possa morrer hoje.” Fernando Rojas (1465/1541), Dramaturgo e advogado espanhol.
COTADO
O papel do deputado Maurão de Carvalho dentro do PMDB nas eleições municipais está sendo considerado importante para o fortalecimento da sigla no estado. A ponto de seu nome já está sendo cotado para assumir a presidência do partido nas próximas eleições internas, dentro de 2017. Até o momento a eventual liderança de uma candidatura ao governo de Rondônia em 2018 é uma questão pacificada no partido de Valdir Raupp.
VIDRAÇAS
É no mínimo desafiador para quem busca responder as contradições da política encontrar uma justificativa plausível dos chefes partidários de Porto Velho e escalar nomes tidos como autênticas vidraças como candidatos numa disputa tão importante como é a de prefeito municipal.
Exatamente por não levar a sério as exigências desses novos tempos, quando a sociedade como um todo é mais seletiva em termos éticos e a Justiça Eleitoral também se torna mais rígida no cumprimento da Lei Ficha Limpa, é que assistimos agora o impedimento do candidato do PT, Roberto Sobrinho, de continuar na disputa para obter um terceiro mandato de “chefão” da prefeitura.
XILINDRÓ
A incapacidade de grandes partidos em lançar para a disputa nomes verdadeiramente limpos, com alguma liderança popular para essa disputa importante mostra como ainda estamos longe de acabar com a inversão de valores representativos, por pura determinação de dirigentes partidários incapazes de estimular ou suportar o surgimento de lideranças sem a contaminação da prática da corrupção e sem elos com “caciques” acostumados a usar a política como ferramenta para o enriquecimento ilícito e para a concepção de golpes contra os interesses da sociedade.
PERIGO AFASTADO
Bem, no caso do PT a corajosa decisão Justiça livrou o eleitorado de um personagem enganador, com algumas condenações e vários processos em andamentos que num futuro não tão longínquo deverá coloca-lo mais uma vez na cadeia. Se essa decisão não saísse como saiu no último sábado, o falacioso personagem, especializado nas promessas demagógicas e na arte de iludir certamente conseguiria amealhar milhares de votos no segmento do eleitorado mais néscio e menos consciente da importância de escolher bem quem vai tomar conta da cidade.
ONDA PERIGOSA
Esse erro cometido pelo PT, que o deixa sem candidatos na chapa majoritária – o que deve aumentar muitíssimo os problemas do partido nas eleições de vereadores – também é um dilema de outra sigla histórica. Eles preferiram lançar um nome sem nenhum peso político, mas com uma prisão no currículo.
Talvez a chapa majoritária não sofra o mesmo destino do PT mas, claro, está sujeita a grandes intempéries que poderão exterminar a tal falada onda amarela.
É forço admitir que os dirigentes partidários dessas siglas foram não tiveram nenhum interesse em estimular o surgimento de lideranças verdadeiras e pela absoluta aridez de representantes de novas ideias foram obrigados a apelar para esses restolhos acostumados a servirem como aríetes dos caciques carcomidos que fazem de tudo para não largar o osso.
NEM COM REZA
A tão falada onda amarela corre o sério risco de não conseguir ser nem mesmo marolinha. Afinal há um crescente burburinho no meio político capaz de derrubar a tal “onda” com um tsunami de fétidas águas do pântano da corrupção batendo na praia do personagem escolhido para ser um “vice de fé”.
Se tal escolha foi feita para alvejar a túnica do candidato principal e quem sabe dar-lhe uma blindagem de apupos de Aleluia, diante da tão falada condução coercitiva do “homem de fé”, o efeito pode ser exatamente o contrário.
SEM BÚSSOLA
A sorte dos figurantes colocados nos palcos das companhias maiores é que aqueles atores mambembes com a obrigação de fazer Oposição não entenderem até agora o espírito da coisa.
Siglas do tamanho dos tucanos e seus coadjuvantes agem como atores de picadeiro, como quem não tem qualquer noção do papel oposicionista.
Programas ruins, atores incapazes de dar credibilidade aos seus personagens, correm o risco de saírem vaiados de um teatro onde os outros atores ou são rejeitados pela imensa maioria da plateia ou agem como espantalhos caracterizados como lutadores de sumô arrependidos.
MEDO DO NOVO
A sociedade rondoniense tem o desejo da renovação mas vive uma contradição. E isso acontece até em segmentos tidos por alguns como elite. A elite se existe por aqui é ínfima. No geral a população rondoniense tem medo do novo.
Aqui também está cheio de gente com graduação acadêmica choramingando a destituição de Dilma Roussef. Esse pessoal, malgrado o conhecimento das regras jurídicas determinadas pela Constituição, já assimilou o discurso enganador de pedir eleições diretas já, como se não soubesse que para isso teria de se mudar a Constituição Brasileira, algo praticamente impossível.
É essa “elite” que se encanta ainda com os personagens de fancaria colocados no palco da disputa eleitoral. É o pessoal que, mesmo reclamando, permite (só para citar um exemplo) que o Sintero (maior sindicato rondoniense) seja mantido por mais de 23 anos como instrumento do petismo.
DESEMPREGO
É consenso entre os analistas econômicos que o auge do desemprego vai ocorrer em 2017. Este será o efeito, dizem esses analistas, do ajuste fiscal do setor público, que ainda não começou a cortar pessoal. Até o final do ano, sempre de acordo com essas opiniões, o desemprego romperá os 12% podendo chegar no próximo ano a um teto de até 15%. E enquanto isso as centrais sindicais aliadas ao lulopetismo preferem liderar movimentos contra o presidente constitucional Temer, mesmo sabendo que novo mandatário (que palavra!) do Brasil só após as eleições de 2018.
POSIÇÃO DIFÍCIL
No próximo dia 12 a presidência do STF passa ser exercida por uma mulher, a ministra Carmen Lúcia, mineira de Montes Claros. No início de sua gestão um dos “enroscos” a ser apreciado pela Corte Suprema é o fatiamento do impeachment que manteve os direitos políticos da ex-presidente Dilma.
O STF ficou em posição difícil para interferir na lambança do Senado de forma coerente. Segundo um jornalista amigo da coluna, em Brasília, o STF vai encarar dividido o enrosco institucional. Isso num ambiente onde se serve, ainda, um molho de críticas internas à condução do impeachment pelo presidente da Corte, Ricardo Lewandowski que, como dizem, deverá encerrar sua carreira no Supremo.
OAB ANALISA
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, quebrou o silêncio e diz entender que o ‘fatiamento’ da votação do impeachment não está previsto na Constituição. Ele já pediu um estudo sobre o assunto para decidir qual medida a Ordem vai tomar. Lamachia lembra que o próprio STF já decidiu que a perda do cargo e dos direitos políticos não pode ser separada em caso de impeachment do presidente da República.
ENGAVETADO
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sentou em cima da denúncia contra o deputado federal Marco Feliciano por suposto crime de estupro em Brasília.
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