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Bolsonaro pede ao primeiro-ministro da Índia envio urgente de vacina

Bolsonaro escreveu que o objetivo do pedido é permitir a “imediata implementação” do programa brasileiro de imunização.

 

O presidente Jair Bolsonaro enviou carta nesta sexta-feira (8) ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo a antecipação “com a possível urgência” do envio para o Brasil de 2 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 da empresa AstraZeneca e da Universidade de Oxford produzidas pelo laboratório indiano Serum.

Bolsonaro escreveu que o objetivo do pedido é permitir a “imediata implementação” do programa brasileiro de imunização.

“Para possibilitar a imediata implementação do nosso Programa Nacional de Imunização, muito apreciaria poder contar com os bons ofícios de Vossa Excelência para antecipar o fornecimento ao Brasil, com a possível urgência e sem prejudicar o programa indiano de vacinações, de 2 milhões de doses do imunizante produzido pelo Serum Institute of India”, diz o texto da carta.

Na última terça-feira (5), o Ministério das Relações Exteriores informou que a importação das 2 milhões de doses da Índia para o Brasil da chamada vacina de Oxford estava confirmada.

De acordo com o Itamaraty, a previsão era que as doses chegassem ao Brasil ainda neste mês de janeiro. A importação, que será realizada pela Fiocruz, foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Fiocruz fez o pedido para o uso emergencial do imunizante nesta sexta-feira (8).

O Itamaraty iniciou negociações depois que, na segunda (4), o instituto Serum ter informado que o governo da Índia havia proibido as exportações da vacina. Depois, na terça (5), em novo comunicado, o Serum voltou atrás e informou que a exportação da vacina seria permitida a todos os países.

A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, afirmou que o pagamento aos indianos foi realizado nesta sexta-feira.

“Hoje, efetuamos já o pagamento dessas vacinas. Nós temos um prazo de embarque para o Brasil até o dia 20 de janeiro, mas o nosso trabalho é tentar antecipar tanto quanto possível de maneira a podermos estruturar — que não é um trabalho da Fiocruz, mas do Programa Nacional de Imunizações, do Ministerio da Saúde — toda a logistica necessária para que comecemos a vacinar”, afirmou.

Depois que a vacina chegar ao Brasil, informou Nisia Trindade, será feito um processo de etiquetagem que, segundo ela, “não leva mais que um dia”. Depois, as vacinas poderão ser distribuídas.

FONTE: G1.COM

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