AINDA BEM
Do poeta português Manuel Alegre, uma afirmação para manter a esperança: “Mesmo na noite mais triste, em tempo de servidão, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”.
URNA ELETRÔNICA
O Brasil é, como sempre dizemos, um país de Macunaíma. A maioria dos que vai votar nesse domingo imagina que está participando de um processo ultramoderno, incapaz de ser fraudado, com suas urnas eletrônicas. Ledo engano. As urnas eletrônicas é uma praga cibernética produzida por seres humanos e tem seu software passível de ser alterado, mudando o endereço do voto dado pelo eleitor por quem detém conhecimentos da tecnologia de informática com mais facilidade do que a inoculação de um vírus num microcomputador via internet.
Não vou detalhar aqui o tamanho da vulnerabilidade dessas urnas. Vou apenas lembrar que as grandes redes de TV do país informaram no último dia dois que um eleitor conseguiu cadastrar seu voto biométrico para votar 30 vezes. Foi esse a motivação principal desse assunto abrindo a coluna de hoje. Quem quiser conhecer mais sobre as possibilidades de fraude das eleições nas urnas eletrônicas (coisa denunciada desde os tempos de Brizola) basta visitar na internet o site voto seguro.
NEM O PARAGUAI
Se urna eletrônica fosse garantia de eleição sem fraude não deixaria, é claro, de ser adotada em países do primeiro mundo, como Inglaterra e Estados Unidos, só para exemplificar. Nem o Paraguai (que recebeu urnas eletrônicas do Brasil) quis cair nessa roubada. Devolveu as urnas para o Brasil.
Na Índia a fraude comprovada acabou com esse negócio de urna eletrônica e mandou seus responsáveis para a cadeia. E com o auxílio de pesquisas manipuladas ficam fácil garantir a vitória de algum perdedor sem que o povo possa chiar e desconfiar do resultado. Ora, como alguém que deveria sofrer os reflexos da situação destrambelhada do país consegue crescer nas pesquisas, como se estivesse mesmo blindado? Não seria essa uma manipulação para fraudar o resultado real do pleito?
PODE ATÉ SER
Para alguém com a minha experiência de 40 anos no jornalismo é difícil deixar se enganar pelas pesquisas, visivelmente manipuladas a favor de alguns interesses. A candidata Dilma fez um péssimo governo, acabou com a indústria e a economia do País vai muito mal, não cumpriu as promessas de campanha, manipula informações, gasta mais do que arrecada, ignora a inflação e ameaça os eleitores espalhando o medo caso o PT perca o poder. Pode até ser, tal o quadro negro que se pinta para o eleitor, apesar das pesquisas indicarem sua vitória. Não há um ambiente capaz de fazer de uma eventual vitória de dona Dilma um resultado natural.
A imprensa tem feito a sua parte mostrando as falcatruas do PT. Basta que o eleitor não se deixe enganar por propaganda enganosa.
TERRORISMO
Quanto mais se aproxima o dia da votação, sobe mais alta a febre do terrorismo alimentada pelos marqueteiros, sedentos para mostrar serviço. E o povo que aguente o berreiro dos locutores, o mau gosto grotesco dos anúncios de candidatos semi-analfabetos, a poluição da propaganda, a pressão histérica da onda do “já ganhou”. Para esses fabricantes de candidaturas, os fins, isto é, o êxito, justificam os meios. Suas armas preferidas são a mentira e o terror. Trata-se de apresentar o facínora como impoluto, a nulidade como um prodígio e o renegado como salvador da pátria.
PRESENTE
Difícil compreender a verdadeira sina de nossa Capital, sina essa determinada pela péssima qualidade de nossos dirigentes públicos. Em pleno dia de seu primeiro centenário a cidade foi vítima de dois apagões, um em pleno dia e outro à noite. O da noite, claro, inviabilizou a programação comemorativa e quase (por alguns minutos) deixou os rondonienses sem poder assistir ao último debate eleitoral dos presidenciáveis. É como diz o Boris Casoi, uma vergonha.
VERGONHA
E já que tocamos nessa vergonha, registre-se aqui outra vergonha, desta vez desmascarando mais um pouco o tal do senador (sem votos) Acir que tenta a reeleição com promessas que só poderiam ser feitas por quem disputado cargos Executivos. A revelação na coluna do companheiro Alex não deixou dúvidas. O tal senador (sem votos) usou o cargo de representante de Rondônia para mandar dinheiro (quase 29 milhões de dólares, segundo o colunista Alex) para Cascavel, cidade onde o clã dos Gurgacz detém um império. É lá também que os “homens da cobra” têm sua fundação investigada por desvios de dinheiro público.
SÓ AQUI
E não é que se descobriu uma “falsa candidatura de governador” em nosso Estado. O candidato de mentirinha é conhecido. Ahgair Alves passou boa parte desse ano afirmando nos corredores da Assembleia que seria candidato e contaria com o apoio governo americano. Ahgair, segundo consta, passou uma temporada nos “states” fazendo tratamento de saúde. Nos corredores da Assembleia dizia-se um advogado milionário com condições de custear a campanha pelo próprio bolso. É pelo menos um episódio bom para dar gargalhadas, mesmo sendo uma piada de mau gosto.
SOLIDÃO
O governador Confúcio Moura se tornou candidato contra a vontade até mesmo de parte do seu partido, o PMDB. Os caciques bem que buscaram, sem encontrar, outras alternativas. Se Confúcio não vencer essas eleições pode se tornar mais um membro de outros peemedebistas presos no dolorido círculo da solidão.
NA PREFEITURA
Odacir Soares, desempenhando o cargo (ele é Suplente) de Senador no momento, mostra não ter perdido a agilidade política, ganhando destaque no senado. Segundo integrantes do grupo pelo qual Odacir Soares ainda se mantém na política afirmam que ele tem chances reais de ser lançado como prefeito de Porto Velho em 2016. Antes de chegar aonde chegou, ainda nos tempos em que Rondônia era território federal, Odacir foi prefeito da capital, quando implementou um invejável programa urbanístico da cidade que mais parecia um acampamento perdido na imensidão da floresta amazônica.
CORREIOS
Na disputa eleitoral rondoniense há um candidato proporcional que faz parte do quadro dos Correios. O aparelhamento dos Correios pelo PT parece ter efeitos disseminados pelo país, prejudicando principalmente candidatos a deputados federais (e alguns estaduais) de outros partidos em diversos estados. Será que a ligação do candidato saído dos correios com o PT local é mera coincidência?
FAROESTE
Que pena ter de reconhecer que nossa capital, ao completar o seu primeiro centenário, vive o clima do faroeste, herança de governantes que nunca souberam o real significado da Segurança Pública. Agora temos de tudo. De balas perdidas, briga de quadrilhas, execuções sumárias, furtos e assaltos, sem contar o aumento da venda e consumo de drogas. Os fatos falam por si, revelando a falta de comando nesse setor. Pelo visto a Segurança pública rondoniense esteve em péssimas mãos. Por esses fatos em que cada vez mais pessoas são vítimas dos criminosos, fica evidente que os responsáveis pela Segurança não tem condições de serem eleitos, pela clara demonstração de que agiram com incompetência.
Em Linhas Gerais
Gessi Taborda – [email protected]
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