Em Linhas Gerais

No parlamento ação dos corruptos de carteirinha. Na prefeitura as soluções das antigas trapalhadas- por Gessi Taborda

CORAGEM

Não há motivo para não acreditar em mudanças importantes na condução da Assembleia Legislativa de Rondônia com a gestão de Laerte Gomes em relação ao seu antecessor no comando da Casa. Certamente o novo presidente do legislativo rondoniense pretende prestar um notável serviço à população rondoniense para se fortalecer como líder político, consolidando suas aspirações futuras. E para fazer isso terá de usar de coragem para esgrimir armas contra os muitos ardis que mascaram ações criadas para facilitar objetivos da corrupção.

RALO DA PUBLICIDADE

Os gastos com publicidade da Assembleia Legislativa sempre foi algo escandaloso. Mas a situação extrapolou todos os parâmetros da ética e da seriedade agora, no final da legislatura que terminou. Foi no apagar das luzes que surgiu um contrato de 14 milhões de reais (dinheiro superior aos gastos dos maiores anunciantes da atividade privada) o que, por si só, deveria dar origem a investigações implacáveis dos órgãos de controle externo e da própria mídia, se ela fosse séria.

POR UM TRIZ

O escandaloso contrato quase foi assinado no finalzinho da legislatura acabada. E, segundo consta, só não aconteceu pelos alertas publicados (até nessa coluna) de que isso poderia terminal muito mal. Nos bastidores o murmúrio era geral: assinar o contrato e desviar os recursos para pagar despesas de campanha eleitoral!

SEM NECESSIDADE

A Assembleia não precisa de publicidade. Ela não concorre com ninguém. Mas a publicidade serve para financiar uma agência pertencente a um antigo pupilo do criminoso Mário Calixto, o homem que inaugurou em Rondônia os grandes escândalos de esbulho do erário estadual.

Serve também para manietar a mídia, comprando seu apoio e silêncio. Espera-se que o novo presidente da ALE decida abrir a misteriosa caixa preta desse ralo, atribuindo a responsabilidade pelos superfaturamentos e pelo longo monopólio de uma agência sem qualificação.

COMISSIONADOS

Laerte Gomes pode inscrever seu nome no panteão dos presidentes do legislativo rondoniense com grande destaque. Poderá mostrar que veio para fazer a diferença dos antecessores ligados à corrupção e às quadrilhas obstinadas em roubar o dinheiro da Assembléia. E assim terá de enfrentar outra pouca vergonha: a praga do excesso de comissionados e das contratações sem concurso público.

DEU CADEIA

O inchaço na folha de pagamentos da Assembleia já mandou para a cadeia alguns deputados e mantém, até hoje, como foragido o ex-presidente Carlão de Oliveira, pai do deputado Jean de Oliveira.

Não há desculpas para manter viva essa prática. Recentemente a Assembleia Legislativa de Rondônia promoveu concurso público. Agora cabe a Laerte dar posse aos aprovados, reduzindo ao mínimo necessário os comissionados, dando preferência aos servidores de carreira.

OS NOVATOS

Está faltando matérias (que poderiam ser produzidas pelo próprio Decom da Assembleia) que revelem o pensamento político dos deputados dessa nova legislatura, sobretudo para que a população saiba de fato como eles (principalmente os que estão chegando pela primeira vez no parlamento) querem transformar aquela Casa com mudanças para o combate da corrupção.

DE CARTEIRINHA

Pelo visto, as urnas não livraram o legislativo estadual dos corruptos de carteirinha. Se assim fosse não existiria entre os empossados, parlamentar condenado a ficar por um longo período na cadeia.

A sociedade tupiniquim quer mudanças nessa Assembleia Legislativa. Os novos deputados são a esperança de que no suntuoso palácio do legislativo rondoniense não haverá mais espaço para a insatisfação popular com a leniência a favor de meliantes que buscam uma blindagem com o mandato popular.

MODERNIZAÇÃO

Agora a Assembleia Legislativa está instalada no seu suntuoso complexo de torres envidraçadas. Mais um motivo para realizar a modernização administrativa, pondo fim ao apadrinhamento de cabos eleitorais, parentes e amigos nos cargos melhores remunerados.

Se continuar como foi até recentemente, a Assembleia vai continuar tendo sua folha inchada com comissionados de baixíssima qualificação e sem possibilidade de remunerar de forma justa os estatutários. Em relação à Assembléia ficamos por aqui. Outros assuntos virão nas edições seguintes.

INEGÁVEL

Segundo fontes muito bem informadas sobre ações e projetos da prefeitura de Porto Velho, comandada por Hildon Chaves, mais rápido do que se imagina será concretizada uma solução de longo prazo para a questão do transporte urbano da cidade. E com isso o prefeito demonstrará de novo sua capacidade de pensar, formular e consertar os estragos deixados como herança pelos seus antecessores.

HERANÇA

No caso específico do transporte o falido sistema “SIM” foi um dos piores capítulos dessa herança nefasta. Uma espécie de pegadinha inventada pelo mesmo ex-prefeito que não deixou nenhum legado positivo para a capital dos rondonienses.

Aliás, um dos grandes feitos “do personagem” foi também a degola da arborização arrancando árvores centenárias de avenidas expressas de Porto Velho.

COMPLICAÇÕES

Hildon Chaves recebeu – e essa é a verdade – uma cidade em crise socioeconômica, como grandes obras paradas, desemprego enorme, finanças públicas desorganizadas, dívida bilionária em precatórios e falta de rumo para o desenvolvimento.

E nesse quadro de desesperança o prefeito Hildon Chaves conseguiu articular sobre as exigências da cidade realizando um governo que melhorou sobre vários aspectos a qualidade de vida de Porto Velho ao terminar as obras dos viadutos convertidos numa manada de elefantes brancos.

MELHOROU

A cidade também melhorou no segmento da iluminação pública e nas obras de drenagem pluvial, sempre deixadas de lado pelos seus antecessores. Até agora a gestão de Hildon Chaves tem se caracterizado pela solução das pendências não resolvidas no passado, como a desorganização das finanças públicas, impedindo ao município obter financiamentos para elevar os padrões socioeconômicos do município portovelhense. E tem feito isso sem roubar o erário, bem diferente de um tempo em que a prefeitura era chamada de casa do Ali Babá!

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