EDITORIALZIM
É absurdo falar em democracia e consciência política em um país que é incapaz de controlar seus representantes. Também é estranho cobrar participação séria e coerente dos eleitores, ainda mais quando estes se tornaram meros cumpridores de formalidades. O processo político deve ser encarado como uma responsabilidade coletiva e deve conter os mecanismos necessários para que o controle político seja exercinado de forma clara, direta e eficiente a cada vez que os políticos eleitos pratiquem condutas que desaprovem a confiança e a legitimidade garantida a eles pelo voto. É absurdo falar em democracia e consciência política em um país que é incapaz de controlar seus representantes. Também é estranho cobrar participação séria e coerente dos eleitores, ainda mais quando estes se tornaram meros cumpridores de formalidades. O processo político deve ser encarado como uma responsabilidade coletiva e deve conter os mecanismos necessários para que o controle político seja exercido de forma clara, direta e eficiente a cada vez que os políticos eleitos pratiquem condutas que desaprovem a confiança e a legitimidade garantida a eles pelo voto.
A classe política brasileira não está acima dos interesses das pessoas que os elegeram e enquanto esta regra for da diretriz na política brasileira, não avançamos no nosso estreito horizonte democrático. E pelas sondagens de opinião, tudo indica que o eleitor não vai endossar o tamanho da mudança que tanto propugna.
TESE CONFIRMADA
Ainda quando o saudoso jornal Alto Madeira estava circulando já previa que 2018 seria o ano eleitoral de Expedito Júnior. Muitos de seus correligionários resistiam a esse enfoque, defendendo que o tucano se limitasse a concorrer a uma vaga no Senado, para não sofrer riscos no pleito.
A pesquisa de intenção de votos do eleitorado rondoniense, publicada nessa semana, colocando o candidato do PSDB na liderança inquestionável na corrida governamental confirmou a tese desse jornalista na sua histórica coluna Em Linhas Gerais.
SINTONIA FINA
A campanha só está começando e (deve) pode sofrer transformações pela influência do rádio e da televisão. Todavia, até onde é possível enxergar no horizonte da refrega, Expedito Júnior parece que será intransponível. Só deve evitar grandes erros ao longo da caminhada para se tornar o próximo governador. Entre seus concorrentes, Expedito foi o único que após deixar seu último cargo (de senador) passou todo o tempo ampliando sua sintonia com o povo.
MELHOR MOMENTO
E foi assim que conseguiu eleger um filho deputado federal e melhorou sua própria qualidade de político, aumentando sua popularidade principalmente na capital rondoniense, onde sempre sofreu uma resistência maior. Nesse momento – diante de concorrentes sem carisma – Expedito vive um momento raro de engajamento recíproco dele com a população. Ouso afirmar agora que o eleitorado rondoniense – se não houver acidente de percurso – já definiu o seu candidato.
CURTA
Vai ser muito difícil mudar uma tendência cristalina, confirmada nos índices da primeira pesquisa de intenção de voto divulgada no início dessa campanha colocando Expedito Júnior com 32,5% pontos, 12 acima do 2º colocado. A campanha é curta como um tiro de fuzil. O espaço que resta até o dia 7 de outubro, quando vamos às urnas, é pequeno para desviar os desejos de mudanças da população rondoniense, cansada dos constantes retrocessos das últimas gestões, e que identificou em Expedito o mais preparado para garantir a retomada do desenvolvimento estadual.
RESPONSABILIDADE
Membro da coordenação da campanha de Expedito Júnior destacou ontem ao falar com o colunista que a responsabilidade fiscal deverá ser um dos compromissos da gestão, caso o PSDB vença a disputa. Isso, explicou, será fundamental para manter o pagamento dos servidores em dia e, mesmo no ambiente de crise, permitir que o estado volte a investir nas áreas mais carentes.
FORA
O médico Amado Rahal foi visto ontem percorrendo os corredores da Assembléia. Ao ser indagado sobre como vai participar do pleito, apoiando algum candidato, o médico (de 61 anos) confirmou ter se aposentado da política após concorrer na última eleição municipal como vice-prefeito na chapa de Leo Moraes. Garantiu que não apoiará ninguém nesse pleito, limitando-se a cumprir seu papel de eleitor.
TÁ VALENDO
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou na terça-feira o pedido de registro de candidatura de Vera Lúcia, do PSTU, à Presidência da República nas eleições de outubro. O candidato a vice-presidente será Hertz Dias, do mesmo partido. É o primeiro registro aprovado entre os 13 postulantes ao Palácio do Planalto.
IBOPE
A pesquisa do Ibope divulgada ontem (22) não trouxe surpresas. Para a tristeza dos que apoiam outras candidaturas ao governo, o Instituto confirmou a posição consolidada de Expedito Júnior, com a 30% das preferências do eleitorado rondoniense. O candidato do PSDB tem o dobro das intenções de votos do 2º colocado, o senador dono do grupo Eucatur, Acir Gurgacz, do PDT. A situação do candidato do MDB, Maurão de Carvalho, consegue apenas 10%, na terceira posição. A chance de Maurão ir para o segundo turno só pode acontecer se a Justiça Eleitoral decidir pela impugnação da candidatura de Gurcaz.
IMPLACÁVEL
Aparentemente a disputa por uma vaga na Assembleia nesse pleito será uma das mais difíceis. Nomes de muita experiência política estão escalados na busca do voto. Gente como Carlinhos Camurça, que já foi deputado federal e prefeito da capital rondoniense, só para citar um medalhão.
A situação poderia ser ainda mais difícil se nomes como o de Ernandes Amorim estivesse no páreo. Aliás, Ernandes Amorim, barrado pela Justiça Eleitoral, foi implacável e apontar como seus algozes Confúcio Moura e Valdir Raupp que, na visão do caudilho de Ariquemes, foram autores da armadilha contra a postulação de sua candidatura.
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