Em Linhas Gerais

Procuradoria Regional Eleitoral já coloca Roberto Sobrinho na mira – por Gessi Taborda

 

FILOSOFANDO

Claro que gostaria de ganhar, mas não posso garantir que vou ganhar sempre, porque sou político, não sou mágico”. Luiz Eduardo Magalhães(1955/1998), político baiano.

 

ATÉ O MAKRO

O Carrefour já deu sinais de que voltará ao comércio eletrônico. Mas não é só esse gigante que busca novamente alternativas aos imensos custos. Também o Makro (que tem loja em Porto Velho) deve lançar portal de vendas na Internet. As grandes redes não suportam mais custo de grandes estruturas dependendo apenas das lojas físicas.

PESO PESADO

Uma coisa é lançar candidato a prefeito em todas as capitais, outra coisa é ter chances de vitória. Analistas do Planalto avaliam que os petistas terão apenas um candidato de peso nas capitais do país. Trata-se de João Paulo, no Recife, onde já foi prefeito. Tem prestígio e força política, dizem os analistas, Mesmo assim, isso não significa ganhar.

BIOMETRIA

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 39.386.638 de brasileiros estão aptos a votar, no próximo dia 2 de outubro, com a identificação biométrica. O número corresponde a 27,33% do eleitorado total do país.

DIFICULDADES

Além das dificuldades de receber doações para o custeio das campanhas, quem disputa nesse ano terá uma outra grande dificuldade. Pelo no caso de vereadores: para ser considerado eleito, deverá receber votos que atinjam 10% ou mais do seu quociente eleitoral, que é o valor encontrado através da divisão do número total de votos válidos da eleição pelo número de vagas que devem ser preenchida.

TRIBUNAIS DE CONTAS

Levantamento do Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), divulgada na terça aponta que 90% dos brasileiros acredita na importância desses tribunais no combate à corrupção no Brasil. Por outro lado, a maioria, ou 75% dos entrevistados considera que o modelo de indicação política para os integrantes dos TCs é um obstáculo ao bom funcionamento dessas instituições. Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 24 e 27 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

ANTECIPAMOS

Na coluna anterior antecipamos que Rondônia deveria entrar na mira da operação Resta Um, 33ª fase da Lava Jato, dedicada especialmente ao papel de distribuição de propinas pela Queiroz Galvão. Confirmando a qualidade das fontes da coluna e a veracidade de suas informações, saiu ontem nos principais jornais do país a confirmação de que pelo menos um repasse da empreiteira para o PMDB rondoniense está sendo rastreado. E segundo a fonte da coluna além da “doação” para o partido de Valdir Raupp, outros repasses com dinheiro oriundo do esquema de corrupção instalado na Petrobrás também estão na mira da investigação.

GRANDE RISCO

É claro que não se faz política sem riscos. Mas a decisão do diretório do PT em Porto Velho escalando Roberto Sobrinho para disputar novamente o cargo de prefeito é de alta periculosidade para seus concorrentes, incluindo aqueles com a missão de disputar a vereança.

Embora não existam (ainda) manifestações de outros partidos sobre a impugnação da candidatura de Sobrinho, já se sabe que o Ministério Público Eleitoral vai cumprir o seu papel e apresentar impugnações sobre todas as candidaturas com restrições legais, dentro do balizamento da Lei da Ficha Limpa.

ABORTADOS

Sobrinho será alvo certo e – pelo visto – não está se importando com esse risco. A saída do cargo de prefeito diretamente para um xilindró de Porto Velho não reduziu seu perfil arrogante. A candidatura de Sobrinho pode aumentar os riscos para os candidatos proporcionais petistas. Se conseguir manter a candidatura e o resultado final for pífio, seus planos de vôo futuro estarão devidamente abortados.

Sobrinho é uma espécie rara de jogador político. Enquanto para outros candidatos o risco do resultado eleitoral é o de ficar menores com a derrota, mesmo mantendo-se firmes para 2018, em se tratando de candidato do PT uma derrota pode acelerar a marcha de processos que poderão, ao final, coloca-lo até mesmo atrás das grades.

NINHO TUCANO

Gente do próprio partido PSDB admite que sem um programa de televisão de altíssima qualidade Hildon pode não chegar nem mesmo a ser conhecido da maioria do eleitorado de Porto Velho. Alias, essa gente também admite que o vice, Edgar (do Boi) Tonial, tem mais popularidade.

Edgar, por ser o presidente regional do PSDC, sempre teve maior exposição na mídia política e mesmo antes de formar a chapa com Hildon já estava percorrendo a cidade em reuniões de bairro e em aglomerados com os pretensos candidatos a vereador de seu partido.

QUEM DIRIA

Dilma Rousseff é incapaz de reconhecer seus próprios erros. Mas (pasmem!) acaba de reconhecer que o PT é corrupto e, como disse, “tem de passar por uma profunda transformação”, a começar do reconhecimento dos erros que cometeu “do ponto de vista das práticas, tanto da questão ética (quanto) da condução de todos os processos de uso de verbas públicas”.

No bom português, o que Dilma disse foi isso: o PT meteu a mão no dinheiro público e precisa reconhecer isso, reconhecimento que será o ponto de partida para a tal transformação profunda.

Enquanto a companheirada se esgoela, rebola, submete-se às situações mais vexatórias para apregoar que Dilma é uma “mulher honesta”, ela, muy amiga, os chama de corruptos!

PRECATÓRIOS

Pelo abandono das praças públicas, dos (vá lá) parques da cidade e pela buraqueira das ruas e dos passeios públicos dá para se conhecer bem a ruindade do prefeito e dos vereadores de Porto Velho. Essa situação de abandono põe em risco a segurança de usuários, motorizados ou pedestres. Se os cidadãos resolverem processar o município e cobrar os danos nos veículos, ou indenização pelo sofrimento de cada torção do pé nos buracos do passeio público, o crescimento dos precatórios seria simplesmente fantástico.

CUSTO ENORME

O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo, com base em números do Tribunal Superior Eleitoral: os partidos políticos consumiram R$ 9,4 bilhões de dinheiro público nos últimos dez anos. Detalhando, o Fundo Partidário distribuiu 4,4 bilhões. O restante é dinheiro que as emissoras de rádio e TV recebem, como dedução de impostos, pela transmissão do horário gratuito.

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