Em Linhas Gerais

Confúcio se refestela no exercício daquilo que não domina: a crônica – por Gessi Taborda

PARA PENSAR

“O passado não só não morreu como ainda não passou”. James Joyce, romancista da Irlanda, autor de “Ulisses”, parafraseado por Paulinho da Viola, no samba Dança da Solidão, onde escreveu: “Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidado. Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado”.

RESPEITO

E ao refletir sobre o pensamento acima, registro mais uma vez o respeito à ferrenha determinação do Manuel Português, bacharel da Universidade Federal de Rondônia por sua luta sem trégua – sobretudo nas redes sociais – em defesa de sítios e patrimônio histórico de Rondônia. Manuel age com a determinação de um personagem de Cervantes diante de “moinhos” irremediavelmente perdidos. Não só em relação à EFFMM (sem a menor chance de ser restaurada) mas também em relação ao icônico cemitério Banana Patch, outro capítulo da história rondoniense que se perdeu.

BILHÕES NA ECONOMIA

O pagamento do décimo terceiro salário deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 173 bilhões até dezembro de 2015, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 2014, foram R$ 158 bilhões. O valor representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Dieese, aproximadamente 84,4 milhões de brasileiros devem receber o décimo terceiro salário este ano, o que irá significar renda extra de R$ 1.924. O número de trabalhadores que irão receber o benefício é 0,3% inferior ao de 2014, por redução no estoque de vagas formais.

EMBROMAÇÃO

A edição do jornal ALTO MADEIRA, em sua edição de ontem, tratou de desmascarar mais uma tentativa de embromação do governo Confúcio Moura, determinado a vender uma imagem otimista do Estado, como se Rondônia fosse verdadeiramente uma ilha nesse oceano de crise da república tupiniquim.

Numa matéria assinada com chamada de capa, o repórter Leivinha confirmou aquilo que só Confúcio não vê: o Aeroporto Internacional Jorge Teixeira vai continuar sendo (sabe-se lá até quando) “internacional” só no nome. Aliás essa situação vem desde os tempos em que Valdir Raupp foi o governador (de triste figura) do estado.

BANCADA FRACA

Se a bancada rondoniense na representação política de Brasília não conseguiu até hoje mudar essa situação, como acreditar que Confúcio iria conseguir. Confúcio não tem representatividade em Brasília. Quase não foi recebido, durante todo seu mandato, pela presidente Dilma, o que vale dizer: não é ouvido.

Até aeroportos maiores e mais antigos, também com nome de “Internacional” não recebem vôos regulares de outros países. O aeroporto local, além de não ter alfândega, não tem infraestrutura para operar vôos internacionais, a começar pelo seu acanhado pátio e terminal de bagagens. Isso sem se falar do necessário armazém alfandegado. Em outras palavras: os argumentos do blogueiro Confúncio não passaram de mera enganação.

AUTOCONFISSÃO

Sem levar em consideração o múnus do cargo de governador, Confúcio se refestela no exercício daquilo que não domina: a crônica. E assim seu blog é recheado de pérolas que não são de bom tom nas mal-traçadas de quem tem a responsabilidade de ser governo. E assim, reconhecendo a falência do sistema prisional do estado, Confúcio Moura tasca sem dó e nem piedade: “E agora, como governador de Estado […] pratico a banalidade do mal. As idéias são muitas. As vontade (sic) também são muitas de equalizar tudo isto”. Só faltou alinhavar com o velho ditado: “De bem intencionados, o inferno está cheio”.

VOCÊS SÃO CULPADOS

É claro que Edinho Silva não passou a entender nada de comunicação social (especialmente no campo político) ao se tornar ministro de Dilma. Mas sua declaração reproduzida nos grandes jornais (O Estado de São Paulo) de que os partidos (como o seu PT) “refletem erros e acertos da coletividade” é de um caradurismo impensado.

EPIFÂNIA E EDSON

Seguindo o exemplo de Edinho, petistas rondonienses vão justificar a roubalheira pela qual foram condenadas a ex-deputada e ex-secretária municipal da Educação, Epifânia Barbosa (a 8 anos de cadeia, até agora) e seu colega de PT. Edson Silveira, culpando a sociedade rondoniense. Ora, os desvios e a roubalheira dos petistas rondonienses não refletem a sociedade local, composta em sua maioria por gente honesta, que trabalha duro para ganhar o pão. O povo certamente espera a condenação de outros petistas binoculados por meterem a mão erário. E que comecem a cumprir logo suas sentenças. É muita cara de pau desses petistas anunciarem ainda que Roberto Ali-Babá teria coragem de disputar novamente um pleito eleitoral nesse pedaço de Brasil.

CO2

Entre 30 de novembro e 11 de dezembro, Paris será sede da COP 21, Conferência das Partes que reunirá nesse ano 196 integrantes da ONU (Organização das Nações Unidas) para definir parâmetros para lidar com as mudanças climáticas em todo o mundo. A COP 21 será uma conferência crucial, pois está em jogo um novo acordo internacional sobre o clima e que seja aplicável para todos os países, com o objetivo de manter o aquecimento global abaixo de 2°C a 3°C.

FALTA MUITO

O Brasil está a caminho de atingir a meta de redução da emissão de gases do efeito estufa, firmada há seis anos, segundo dados da 6ª edição dos IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável) 2015, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Porém, ainda há muito o que ser feito por aqui. Cada vez mais é essencial a adoção de soluções focadas em eficiência energética, que poupam ou substituem os combustíveis fósseis e proporcionam a redução no consumo da energia elétrica.

ARRUMANDO AS MALAS

Henrique Meirelles tem procurado amigos e admiradores, inclusive na mídia, pedindo que reduzam a intensidade das manifestações (e matérias) sobre a possibilidade dele assumir o Ministério da Fazenda. Esse tipo de ação só irrita e aumenta a objeção da presidente Dilma Rousseff. Com Meirelles ou não, Joaquim Levy tem confidenciado que trabalha com perspectiva de encerrar sua participação no governo até o final do ano.

CÂNCER SEM APOIO

Durou oito horas e meia a audiência publica na Câmara, nesses dias, sobre a nova droga contra o câncer, o fosfoetenalamida, que já curou vários pacientes. O problema maior, como ocorre com muitos pesquisadores do país, é a falta de apoio para cumprimentos de todas as etapas da pesquisa clinica.

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