Em discussão
A polêmica sobre a doação de um terreno de propriedade do município de Rolim de Moura, para construção de um frigorífico de frango, está sendo muito questionado por diversos setores da sociedade rolimourense, apesar, que a Câmara de Vereadores, ainda não votou, mas, pelo que se sabe o posicionamento da maioria é favorável. A proposta por parte de alguns assessores do “casarão de madeira”, é de que tal empreendimento vai gerar mais de quinhentos empregos diretos e indiretamente, embora, segundo previsões de pessoas experientes no ramo, pelo os comentários que ele tem acompanhado sobre o frigorífico que pretende se instalar na capital da Zona da Mata, a possibilidade é de que o empreendimento vai gerar quatro vezes mais as estimativas dos assessores e, que ele apesar de estar no ramo há muitos anos, já está torcendo para que tudo se traduza em realidade, enfatizou o empresário.
Preservação
A prefeitura pretende doar 21 alqueires de terra, que tempos atrás era para ser construído um curtume e a empresa desistiu. Pelo visto, o que está causando certo debate acerca da doação do sítio para construção do frigorífico de frango, se aprofunda nas questões das normas ambientais que são bastante criteriosas, devendo ser analisados e observados esses requisitos. Na verdade, é uma área que praticamente ficou abandonada há quase vinte anos, que sem dúvida já está em processo de floresta secundária, passando por regeneração natural. O projeto está na Comissão de Meio Ambiente, aguardando parecer, onde provavelmente alguns itens devem serem analisados e debatidos, podendo inclusive sugerir, que parte do sítio possa ser uma reserva como Parque Ecológico.
Inoportuno
Ninguém entendeu direito a decisão da Secretaria Municipal de Saúde, de retirar o atendimento de pessoas com suspeita de Covid-19, do Sentinela, para o Posto Norte Sul. Mesmo tendo caído o número de infectados pelo Covid 19, A Semusa, não deveria encaminhar os pacientes suspeitos para se misturarem as demais pessoas que buscam diariamente o atendimento no referido posto de saúde. Foi realmente uma atitude bastante inconsequente, visto que no local atende dezenas de pacientes inclusive idosos e mulheres grávidas, que dessa maneira ficam totalmente vulneráveis.
Portarias rechonchudas
A prefeitura de Rolim de Moura, enviou para Câmara de Vereadores, o pedido de votação para novas portarias que englobam valores diferentes, para os novos ocupantes de cargos da (UPA), Unidade de Pronto Atendimento. Os cargos variam de valores e alcançam até mesmo o montante recebido pela Secretária de Saúde, Simone Paes, demonstrando que realmente é uma secretaria muito poderosa, embora, essas mesmas quantias não são percebidas pelos mesmos funcionários que trabalham no hospital e em outras casas de saúde pertencente ao município de Rolim de Moura, onde as portarias são bastante mixurucas. Nesse entendimento, os vereadores fizeram justiça, eliminando o valor de 7 Mil Reais, que nesse caso, teria dois valores iguais o de secretário. No momento, o melhor é a prefeitura normalizar primeiro os atendimentos diferenciados da UPA, até que o Governo Federal, faça o repasse necessário, para que os trabalhos fluam em outras especialidades, portanto, devagar com o andor.
Pelos bastidores
Alguns assessores da prefeitura quase que diariamente estão em gabinetes de vereadores, as vezes em busca de soluções salutares para o município, embora, até o momento ninguém sabe quem é o líder do prefeito Aldo Júlio. Enquanto isso, ventila-se nos bastidores da Câmara de Vereadores, que existe uma forte negociação vindo do palácio senador Olavo Pires, para que a Casa de Leis, crie o cargo de Procurador do Legislativo, cujo argumentos seria parar agilizar alguns processos de interesse do município, uma vez, que o Assessor jurídico, estaria trabalhando de forma lenta e nos mínimos detalhes, obstaculizando algumas ações de interesse de alguns “gaviões de prefeitura”. Para quem conhece o Assessor Jurídico, Dr. Jorge Galindo, certamente sabe que dessas prerrogativas ele não abrirá mão, pois além de íntegro, é funcionário concursado da Câmara de Vereadores. A Casa de Leis, tem que criar em seu organograma, é o cargo de engenheiro civil, para acompanhar as obras no município, principalmente as de pavimentações asfálticas, que em sua grande maioria são de péssimas qualidades que por questões de falta de fiscalização do legislativo mirim, os prejuízos são inerentes.
Observância
É preciso colocar freios nas empresas que participam de licitações e, depois que ganham as concorrências, desistem da construção das obras sem nenhuma justificativa plausível. Tem que utilizar critérios bem definidos para participarem de certames licitatórios, evitando dessa forma que os munícipes levem prejuízos com desistências de empresas sem compromissos, muitas delas conhecidas como “pasta debaixo do braço”, sem estrutura nenhuma, mas, seguras através de conchavos com alguns gestores da administração pública. Outra regra que precisa acabar também, são os esquemas de licitar uma obra por preços baixos, para depois buscar o realinhamento de preços, medidas totalmente repugnantes que não atende aos princípios da legalidade e moralidade. Dinheiro que vem do Governo Federal, não faz repasse financeiro para corrigir distorções de obras públicas, ficando o município com as responsabilidades para conclusão das mesmas, o que realmente termina acabando no bolso do contribuinte.
Eleição por aclamação
A convenção do (MDB) ocorrida no último sábado 22, para escolha do presidente do diretório, ficou longe daquelas mobilizações históricas que contava com a presença de medalhões da política local e, que muitas vezes batiam chapas e os votos eram disputados acirradamente. O atual presidente do Diretório Municipal de Rolim de Moura, ex-vereador por quatro mandatos consecutivos, Hamilton Pires, notadamente conhecido como casquinha, estava à frente da agremiação por quatro anos e, pontuou que devia passar o batente para outro companheiro, que por aclamação, elegeu a professora Albertina Marangoni, que também convive nas hostes emedebistas há várias décadas. O vereador Renatão do Frigorífico, em breve relato da tribuna, advertiu a falta de entrosamento entre a classe política, referindo principalmente aos seus companheiros de partido, que precisa manter aliança entre eles, bem como as pessoas que deram seu voto de confiança, praticamente numa advertência ao prefeito Aldo Júlio.
Lamentações
O prefeito Aldo Júlio, em seu pronunciamento falou das suas dificuldades, mas, afirmou que está no rumo certo e que vai fazer uma Rolim de Moura diferente. Fez um desabafo que em dez mês de mandato até aquele momento não tinha recebido a visita de um senador do seu partido, enquanto em Ji-Paraná, o senador Marcos Rogério, colocou uma emenda de 40 milhões para o município central do Estado. O alcaide também falou que o partido (MDB), tem 22 pessoas nomeadas, talvez, questionando a linha de raciocínio do vereador Renatão, em ter dito que as pessoas só são lembradas em épocas de campanha onde são constantemente chamados para almoçar etc. O que se sabe é que o prefeito Aldo Júlio e o ex-presidente do (MDB), após o processo eleitoral se distanciaram por circunstâncias até agora não declaradas, entretanto, em seu discurso, Aldo Júlio, teceu diversos elogios a conduta de Casquinha, inclusive responsável pela sua filiação ao partido do qual saiu vitorioso em duas campanhas.
AUTOR: FERNANDO GARCIA- COLUNA PORTA ABERTA – JORNALISTA DO JORNAL FOLHA DA MATA
- A opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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