PERGUNTINHA
O prefeito vai conseguir entrar para a história como aquele que “vendeu” a permissão de exploração do serviço público de transporte? Afinal, eles não desistem dessa jogada e vão mais uma vez procurar quem quer comprar esse filão de ouro da cidade.
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SEM CHORO
Andei conversando com empresários da cidade buscando avaliar como estão vendo e vivendo esses momentos de dificuldades da economia. As perspectivas não são nada animadoras.
Comerciantes esperavam, ao menos, recuperar 20% do faturamento do ano. Mas não foi dessa vez, com uma das principais datas que levam milhares de pessoas às ruas. Não teve choro, nem vela, as vendas amargaram.
Com o recente feriado algumas ruas de comércio tradicional até ficaram apinhadas de gente, assim como se percebeu no próprio shopping, com seus corredores lotados. Mas e o consumo, como foi? Lamentavelmente as entidades do comércio (Associação Comercial e Clube dos Diretores Lojistas) local nenhum levantamento sobre o faturamento. É uma incógnita.
SEM QUEDA
Um dono de loja no shopping disse à coluna que não houve queda mas também não houve aumento no volume de vendas. E isso não resulta em melhoras, pois os pequenos empresários esperavam mais. As expectativas foram por água abaixo. O feriado prolongado, com datas comemorativas importantes para atrair o consumidor que desejava colocar a mão no bolso. Mas, mais uma vez, a sorte não sorriu para os comerciantes.
NATAL MAGRO
Após o pessimismo confirmado, os lojistas temem a se arriscar para o Natal. Estocar produtos nem pensar, afirmam os lojistas. Hoje em dia não se investe em estoque. As novidades chegam às lojas, mas na medida certa, sem exageros. Em Porto Velho, comerciantes estão com a mesma percepção desse segmento no resto do país. À coluna, um deles contou que os consumidores rondonienses estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas. E então optaram por presentes mais baratos e pagos a vista no Dia das Crianças.
CRÉDITO
De acordo com os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as consultas para vendas a prazo caíram 8,95% na semana do Dia das Crianças, entre os dias 5 e 11 de outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2014, o volume de vendas já havia registrado uma queda de 1,50%.
Pelo andar do barco o Natal promete ser magrinho e os lojistas temem que o pessimismo se confirme novamente. Só que agora na data mais importante do ano, a que pode salvar, ao menos, o segundo semestre do atípico ano de 2015.
O CÂNCER
É tudo muito estranho! Não é de hoje que se tem conhecimento sobre uma substância que promete a cura contra o câncer, a fosfoetanolamina sintética, que começou a ser estudada no Instituto de Química da USP pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje aposentado. Polêmica não tem faltado, mas não se sabe por que não se deu atenção e levou a sério esta pesquisa, já que a substância, produzida e distribuída em capsulas pela USP de São Carlos, vem mostrando resultados positivos em humanos.
DESINTERESSE
Ora, se o câncer mata mais do que acidentes de trânsito e até hoje não há cura, é normal se indagar porque a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – não se interessou e autorizou a produção do “remédio”.
A resposta da Anvisa é lacônica: a USP nunca teria pedido autorização. Segundo o ex-professor da USP, Gilberto Chierice, a substância ajuda a célula cancerosa a ficar mais visível para o sistema imunológico. Com isso, o organismo combateria as células doentes.
ALIMENTA SUSPEITA
Mas a pesquisa nunca passou da fase inicial. Ele diz que a ANVISA foi comunicada, mas nunca se manifestou sobre o assunto. Não é de hoje que se suspeita do relacionamento entre Anvisa e a indústria farmacêutica.
Ora, se aparece um “remédio” que tem apresentado algum resultado positivo, a Anvisa deveria ser a primeira a correr atrás e autorizar os testes, inclusive com as pessoas que já utilizam o medicamento. Ficar simplesmente à espera de um pedido para autorizar é estranho e suspeito.
PRISÃO
Sendo o câncer uma doença que leva à morte todos os esforços deveriam ser envidados para testar a possível nova droga. Mas como por aqui há mais contrários do que favoráveis, chegou-se ao absurdo de prender um cidadão (Carlos Kennedy Witthoeft) em Santa Catarina que buscava em S. Carlos as capsulas para a mãe que está com câncer e que vinha evoluindo muito bem; e que também decidiu produzir e distribuir o “remédio” (gratuitamente) para outras pessoas com câncer na cidade dele, Pomerode (SC).
ISSO É BRASIL
É incrível, mas é Brasil! É muito estranho que haja uma “luz” e ela seja apagada pela Anvisa! Carlos Kennedy Witthoeft afirma que está “com a consciência em paz”. Durante uma visita a São Carlos, ele contou como conheceu a fosfoetanolamina sintética, apontada por pesquisadores como um tratamento alternativo para o câncer, por que quis doá-la e o que aconteceu após ser preso e indiciado por falsificação de medicamento.
MESTRE
Praticamente a mistificação é uma coisa natural entre os políticos de hoje. As “pedaladas fiscais”, como mencionou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, serviram para subsidiar os pagamentos de benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. No entanto, a maior parcela dos recursos oriundos das manobras foi destinada ao subsídio para as grandes empresas, por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, e empréstimos para empresas do agronegócio, por meio do Banco do Brasil.
A MENTIRA
A jornalista Miriam Leitão afirma que as despesas do Tesouro para carregar a dívida contraída para transferir recursos para o BNDES ou as contas da equalização de taxas de juros provam que a política econômica do PT se destinou aos mais ricos. “O discurso demagógico de pedaladas feitas para favorecer os pobres é desmentido pelos fatos. O gasto com as grandes empresas foi infinitamente maior do que com os programas de transferência de renda”, afirma.
MORALISTAS
Num dos discursos mais duros desde que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff criticou os “moralistas sem moral” e “conspiradores” que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos. Sem citar nominalmente nenhum dos adversários ou conspiradores, Dilma disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal.
Ora, pelo que me consta, a dona Dilma só subiu muito na vida em cargos políticos. Como empresária andou colecionando fracassos, inclusive tendo de fechar sua lojinha de 1,99, aberta em Porto Alegre. E ainda falta compreender até onde familiares se beneficiaram dos cargos públicos que caíram no colo da “presidenta”.
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