ÚLTIMA HORA
Não há explicação plausível, mas o fato é incontestável: em todos os anos a maioria dos brasileiros deixa a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física para os últimos dias, quiçá para a derradeira semana. Não se trata certamente da dificuldade do processo. Apesar do constante aperfeiçoamento do programa de computador desenvolvido para a declaração, não há novidades que justifiquem a demora. Trata-se, certamente, da baixa apetência dos contribuintes para o planejamento. Até hoje, faltando uma semana para o fim do prazo, apenas 48% dos brasileiros entregaram os relatórios fiscais referentes a 2014.
CONTA OUTRA
Será que o leitor acredita que o PMDB vá devolver parte do que lhe cabe da verba do Fundo Partidário para ajudar no ajuste fiscal pretendido pelo governo Dilma, como andaram falando alguns caciques do partido? A coluna prefere ver para crer. Peemedebista de alto coturno chegou a falar que o partido poderia abrir mão de 25% da verba. Por enquanto, isso me cheira à tradicional conversa para boi dormir.
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PARA A TORCIDA
O PMDB joga para a galera e se finge de bonzinho. O PMDB quer convencer a população que seu interesse maior é pelo bem do Brasil. Só quem não conhece o PMDB pode acreditar nas boas intenções.
Em 2014 o Fundo Partidário distribuiu R$ 308 milhões. A parte do PMDB foi de R$ 36 milhões, o que dá 11,6% do total. Como a verba é distribuída de acordo com a votação dos partidos para a Câmara dos Deputados, este ano haverá variação do percentual por conta do resultado da eleição do ano passado. Mas o PMDB receberá mais que 10%. A Presidente Dilma sancionou a lei que passou a verba do Fundo Partidário deste ano para R$ 867 milhões. Se o PMDB abrir mão mesmo de 25% receberá em torno de R$ 75 milhões, mais que o dobro do ano passado.
RESOLVIDO
Triplicar o Fundo Partidário num momento de crise e cortes nos ministérios evidencia como o governo Dilma está acuado. O PT aprovou a resolução que impede os diretórios de aceitarem doações de empresas, mas com o fundo triplicado o problema está resolvido.
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NO BRASIL É OUTRA COISA
Eu realmente não sei se a Petrobrás irá se recuperar. A companhia conseguiu desmentir uma das mais célebres frases de David Rockfeller; “O melhor negócio do mundo é um campo de petróleo e o segundo melhor negócio do mundo é um campo de petróleo mal administrado.” Infelizmente a frase não se aplicava a uma companhia de petrolífera estatal, ainda mais num país chamado Brasil.
Mas voltando à possível recuperação da Petrobrás, acho muito cedo prever o futuro. Mesmo que seja muito bem administrada daqui em diante, sem politicagem e valorizando a área técnica, isso não garante prosperidade vindoura… simplesmente porque os árabes podem simplesmente baixar o preço do barril a níveis insustentáveis para o pré-sal. Eu acho que inevitavelmente, ao menos uma parte da Petrobrás vai ser privatizada, como única saída.
SUBSTITUINDO RAUPP
O barbudo senador rondoniense Valdir Raupp não deverá ser mantido na cúpula nacional do PMDB. As articulações dos caciques do PMDB com vistas à convenção que escolherá o novo presidente nacional do partido, em março do próximo estão mirando o governador capixaba, Paulo Hartung, nome da preferência do fortíssimo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
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SERÁ?
Uma operação polícia civil, batizada de “Libertas”, prendeu ontem pelo menos um auditor da Secretaria de Estado das Finanças (Sefin), acusado do crime de extorsão a empresas do Cone Sul. O assunto acabou motivando o comentário de uma fonte ligada ao setor fazendário, numa conversa informal: “Se fizerem uma auditoria no Conselho Estadual dos Contribuintes e remexerem também nos processos de revisão fiscal, “neguin” vai cair de costas com as revisões e reduções de dívidas e multas”. E finalizou da seguinte maneira o comentário: “É fácil entender porque tem fiscais muito ricos e com um patrimônio incompatível com seus vencimentos de funcionário público”.
TERCEIRO LUGAR
Dados de 2014, divulgados pelo Ministério do Turismo, mostram que o Brasil é o terceiro maior mercado de aviação doméstica do mundo. O número é três vezes maior do que há dez anos. Os números relativos à economia do turismo reforçam a importância dessa indústria na geração de negócios, empregos e renda e os impactos positivos no desenvolvimento regional.
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FELIZ COMO PINTO
Feliz como pinto ciscando lixo, o prefeito Mauro Nazif comemorou a assinatura de parceria com o governo estadual para um programa de 27 quilômetros de asfaltamento em vias urbanas da capital. Isso poderá ser uma oportunidade para Mauro Nazif reduzir o desgaste em que se debate junto a população portovelhense onde ficou a maior parte do tempo como um prefeito inoperante, sem planejamento e incapaz de transformar em realidade tudo aquilo que prometeu durante a campanha.
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PARCERIA CARACU
Para esse programa de asfaltamento, a prefeitura vai participar apenas garantindo os insumos a ser utilizados pela usina de asfalto do governo, máquinas e pessoal do DER. Ou seja, será gasto mínimo.
Se tudo ocorrer como imagina o alcaide, ele pode reviver o milagre da Fênix na política, principalmente pela estéril condição dos oposicionistas em viabilizar um nome para concorrer no próximo ano.
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SEM PROJETOS
Enquanto a oposição estiver presa ao perigoso jogo de não ter projeto para o município ou para o estado, quem está no poder, mesmo em forte baixa de credibilidade junto ao eleitorado, pode sonhar em continuar no poder por mais uma temporada.
Deve ser isso o fator que anima Mauro Nazif e seus aliados a pensar concretamente em disputar a reeleição no próximo ano.
Fazer oposição por oposição não qualifica ninguém para se transformar num líder político capaz de vencer o duelo político com o gestor que – mesmo tendo passado a maior parte do tempo só fazendo cera – de repente consegue fazer algo pontual que possa alimentar uma boa ideia de marketing.
MUDANÇAS NECESSÁRIAS
Oposição, claro, tem de fazer oposição. Mas precisa mostrar-se capaz de fiscalizar e pressionar a administração a adotar mudanças em favor da ampla parcela do povo.
A sorte dos titulares do executivo municipal de Porto Velho e do próprio governador do estado é a inexistência de adversários com uma visão de maior profundidade sobre embates políticos produtivos. Pelo visto, mesmo os adversários mais qualificados (sobretudo em relação ao prefeito) agem como se o grande interesse é o de fazer sangrar e derrubar os titulares do Executivo pelo simples fato de sua qualidade mequetrefe.
Apostar no quanto pior, melhor, é como brincar com fogo, principalmente se a motivação for vingança de um projeto político que não deu certo ou de uma derrota mal
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