PARLAMENTO ATUANTE
O deputado Maurão de Carvalho aumenta progressivamente o número de deputados adeptos à sua meta de ser o próximo presidente da Assembleia Legislativa. Ele tem aprofundado seu compromisso de pugnar por um legislativo por uma casa de amplo entendimento entre seus pares, fugindo da ideia “insana” de controle do poder através da cizânia. “Cabe ao legislativo, além de legislar, fiscalizar e representar setores sociais do estado”, acentuou Maurão ao falar com o colunista, deixando claro seu compromisso de por um ponto final nas querelas pessoais como balizamento com os demais poderes.
Certamente, acrescentou, “os deputados nessa nova legislatura, pretendem ampliar o papel da Casa dando voz aos interesses, desejos e necessidades da população, buscando soluções via elaboração de leis mas sem esquecer o papel da comunicação entres os atores institucionais do estado”.
RETORNANDO
O jornalista Everaldo Fogaça retorna ao seu papel de vereador no próximo dia 1º de fevereiro. O dono do “O Observador” vai assumir a vaga deixada por Léo Morais, eleito deputado estadual em outubro que, por sua vez, deve ser empossado na Assembleia Legislativa também no princípio de fevereiro.
Uma das preocupações de Everaldo Fogaça na Câmara Municipal de Porto Velho é evitar a transformação do parlamento num palco que distorça a imagem da mais importante cidade rondoniense, abdicando de seu papel de fiscalizar o executivo.
LESA-PÁTRIA
Semana quente essa. Tão quente que causa sobressaltos até para certos caciques da política rondoniense, desses que brilham no cenário nacional. É isso mesmo: essa Petrobrás dá um trabalhão danado e exige de políticos em todo o Brasil, que bote as barbas de molho. A temperatura subiu com a prisão de Cerveró, um ex-diretor da estatal arrolado como participante da quadrilha que quase acabou com essa empresa que era orgulho dos brasileiros, criada em 1953, no fulcro da campanha “O Petróleo é Nosso”.
Quando o mais novo preso da quadrilha abrir o bico para contar o que sabe os desdobramentos poderão acabar com a aparente tranquilidade de políticos que conhecemos, sobretudo os do PMDB, abalando estruturas que parecem sólidas. Não dá, ainda, para ver o tamanho do novelo dessa estória mafiosa.
REPUGNANTE
Mas o que repugna é a capacidade da cúpula política de criar modais corruptos para a manutenção do poder. Como Mandrake, arrancam da cartola fortuitas formas de alvejar o cofre da viúva. E isso a gente vê aqui mesmo, em nossa Rondônia que até recentemente era o lugar bucólico onde ninguém pensaria em fórmulas marotas como a recentemente revelada aqui, nessa conversa de aluguel de carros para as polícias estaduais, possibilitando jogar centenas de milhões de reais em benefício de gente que gravita próxima do poder. E isso só não aconteceu, ainda, pelo desvelo do Conselheiro José Wilber, do TCE.
CIDADE DO FUTURO
Odacir Soares está definindo detalhes para montar uma espécie de fórum permanente capaz de discutir uma agenda com os desafios que a capital rondoniense terá de vencer para se transformar na cidade do futuro, sempre prometida pelos candidatos que entram na disputa municipal. Pode ser uma experiência exitosa, discutir com bastante antecedência das eleições os maiores entraves existentes. Ao revelar essa sua intenção, Odacir Soares quer chegar à disputa com condições de projetar o melhor cenário para a capital rondoniense, capaz de ativar sua economia, melhorando sua possibilidade de gerar novos e bons empregos, com a atração de investimentos da iniciativa privada para cá.
MUDANÇA DE MÃOS
O comando do PSDB rondoniense deverá mudar de mãos. Sai Expedito Júnior e entra Mariana Carvalho. A mudança é uma espécie de reconhecimento à liderança popular da jovem e linda deputada, com sua votação consagradora no último pleito. Expedito, de acordo com fontes, vai permanecer no partido, mas ainda não se sabe em que função. Embora derrotado na disputa para o governo, o tucano conseguiu eleger o filho deputado federal que deverá dar seguimento ao projeto do pai.
SÓ NA TV
Euclides Maciel ainda não decidiu que caminho tomar dentro da política rondoniense. Segundo disse não está nos seus propósitos disputar a eleição de 2016 em Ji-Paraná para substituir Jesualdo Pires, o prefeito do PSB. Euclides não deverá abandonar a vida pública, mas, como acentuou, no momento o plano é simplesmente reforçar sua presença como apresentador de televisão.
VAI REVELAR
O jornalista Gomes Oliveira é certamente um profundo conhecedor da vida política e social do senador Valdir Raupp, de quem foi íntimo colaborador quando viveu por vários anos em Rolim de Moura. O jornalista acabou deixando vazar a informação de que está quase terminando um livro com muitas revelações de como Valdir Raupp subiu rapidamente na vida política do Estado, isso depois de perder a reeleição para o governo. Aliás as revelações deverão mostrar aspectos do crescimento da riqueza do senador barbudo de Rolim que, em menos de 4 décadas saiu de uma vida de pobre para os palácios mais importantes da República. Com um enredo desses, teremos com certeza um dos grandes sucessos editoriais de Rondônia.
ESPECIALISTAS
É ou não é isso: a presidente Dilma tem um excelente ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, especialista em aumento de impostos. Falta agora nomear mais um; um especialista em diminuir despesas.
VISÃO É ISSO
Nossa presidenta não vai ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, para ir à terceira posse de Evo Morales e a uma conferência na Costa Rica. Por aí podemos concluir como será a condução do País nos próximos anos. Que mulher de visão…
BANCO DOS RÉUS
A Câmara Municipal de Porto Velho não tem apenas um novo presidente. Ela começa esta nova fase da legislatura atual como a chamada bancada dos réus. Bem típico de um estado onde a prática política está cada vez mais identificada com a corrupção, com o escracho e falta de transparência. Os membros dessa bancada conta com pesos pesados do legislativo municipal: o líder do prefeito Mauro Nazif, um pastor da Igreja Universal e um apresentador de TV. Alguns já tiveram um curto período na cadeia para onde podem voltar se a Justiça agir com o rigor fundamental contra quem entra na política para se locupletar. Se parvos não dessem as cartas naquela Casa, alguns desses réus já poderiam ter sido cassados.
Em Linhas Gerais
Gessi Taborda – [email protected]
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