UE espera que cepa, primeiramente detectada na Índia, será em breve responsável por 90% dos novos casos na região. OMS alerta que condições para nova onda de infecções já estão postas.
Os países da União Europeia correm contra o tempo para avançar com a vacinação contra a covid-19, em meio ao medo de que a variante delta, que é mais contagiosa que as demais, sobrecarregue seus sistemas de saúde.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou sua preocupação com a variante na sexta-feira, durante uma visita à Lituânia.
“Estamos preocupados com a variante delta. Vemos que a nova variante é muito mais transmissível do que as outras, e vemos que as taxas de infecção estão aumentando e sabemos que elas continuarão aumentando”, disse ela.
Von der Leyen lembrou, no entanto, que as vacinas existentes ainda são eficazes contra a variante. “Só posso instar a todos que não aproveitaram a oportunidade de se vacinarem que o façam. É proteger a si mesmo e proteger seu círculo”.
O aumento de casos relacionados à variante delta coincide com os meses de férias de verão da Europa, quando mais pessoas viajam e participam de aglomerações.
Muitos países também afrouxaram as restrições, permitindo que as pessoas abandonem certas normas de distanciamento social e participem de atividades em locais públicos.
Entretanto, o risco de infecção da variante delta é “muito alto” para comunidades parcialmente ou não vacinadas, de acordo com o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC), que monitora 30 países do continente.
A agência estima que, até o final de agosto, a variante será responsável por 90% dos casos na UE.
“É muito importante avançar com a vacinação a um ritmo muito acelerado”, advertiu o ECDC.
A OMS apela para a “disciplina”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também pediu cautela diante da nova variante, que, segundo ela, torna o crescimento da transmissão do novo coronavírus “exponencial”.
O número de novos casos está aumentando em países como o Reino Unido, Portugal e Rússia. Especialistas previram que a variante delta se tornará a cepa dominante do coronavírus na Alemanha até agosto.
“As três condições para uma nova onda de hospitalizações e mortes em excesso estão aí: novas variantes, déficit na administração de vacinas, aumento da aglomeração social”, disse Hans Kluge, chefe do escritório da OMS na Europa.
Segundo ele, 63% das pessoas em 53 países da “região Europa” da OMS ainda não tiveram sua primeira injeção.
“Haverá uma nova onda na região europeia da OMS a menos que continuemos disciplinados”, advertiu.
FONTE; DEUTCHE WELLE
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