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Terrorismo em Tel Aviv e bombas no Líbano marcam escalada da violência entre Israel e Palestina

Em um ano, troca de ataques entre países já causaram 104 mortes; ataques começaram com jihadista que matou 4 em solo israelense

As tensões entre israelenses e palestinos aumentaram para um nível não visto em anos após confrontos da última quarta-feira (5) entre policiais dos dois lados na Mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém.

A indignação com a invasão das forças israelenses no terceiro lugar mais sagrado do Islã se estendeu à Faixa de Gaza e ao Líbano, bombardeados nesta sexta-feira (7) por Israel em resposta a dezenas de mísseis disparados na véspera do sul daquele país em direção ao estado hebreu.

Por outro lado, um homem em torno dos 30 anos foi morto, e outras quatro pessoas ficaram feridas, na noite desta sexta-feira (7), em um atentado no centro de Tel Aviv, conforme balanço atualizado de socorristas israelenses.

Em um breve comunicado, o Magen David Adom (MDA), equivalente israelense da Cruz Vermelha, relatou que um homem foi declarado morto, e outros quatro levados para o hospital, com ferimentos moderados.

Um porta-voz da polícia disse à AFP que “o terrorista foi neutralizado”, acrescentando que “foi um ataque terrorista contra civis, um ataque de carro”. Esses incidentes coroaram um ano de violência crescente.

Ataques mortais em Israel

A espiral começou em 22 de março de 2022, quando um ex-presidiário do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) esfaqueou até a morte quatro pessoas e as atropelou com um carro em Beersheva, principal cidade do deserto de Negev, no sul de Israel. Mais tarde, um grupo de civis armados feriu e matou o agressor.

Uma semana depois, um palestino da Cisjordânia ocupada abriu fogo contra pedestres na cidade judaica ultraortodoxa de Bnei Brak, perto de Tel Aviv, matando cinco pessoas, incluindo um policial árabe-israelense.

Incursões de Israel na Cisjordânia

O exército israelense realizou mais de 2.000 incursões em 2022 na Cisjordânia, a maioria delas em Jenin e Nablus, localizadas ao norte deste enclave e onde estão baseados grupos armados palestinos.

Em 11 de maio, a jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, estrela da rede de televisão árabe Al Jazeera, do Catar, foi morta em uma operação militar israelense enquanto cobria confrontos em Jenin, o que causou indignação internacional.

Cinco palestinos também foram mortos em 25 de outubro em um ataque israelense ao grupo armado Areen al-Usud em Nablus, enquanto as tropas israelenses mataram outros cinco palestinos no final de novembro.

Operação “preventiva” em Gaza

O exército de Israel lançou uma operação em Gaza, apresentada como “preventiva”, contra a Jihad Islâmica e matou os principais dirigentes desta organização islâmica.

Ao todo, 49 palestinos foram mortos em três dias de bombardeios israelenses e mísseis disparados por palestinos.

Espiral de violência no início de 2023

Uma nova espiral de violência começou em 26 de janeiro de 2023 com a morte de 10 palestinos em um ataque militar israelense a Jenin.

Um atirador palestino respondeu matando sete pessoas perto de uma sinagoga de Jerusalém Oriental durante as orações do Shabat. O autor do ataque foi baleado e morto.

Em 6 de fevereiro, o exército israelense matou cinco membros do grupo palestino Hamas em uma operação em Jericó, na Cisjordânia.

Quatro dias depois, três israelenses, dois deles irmãos de 8 e 6 anos, foram mortos em um ataque com carro-bomba em Jerusalém Oriental.

Em 22 de fevereiro, 11 palestinos foram mortos em outro ataque a Nablus, ao qual grupos palestinos responderam com o lançamento de mísseis da Faixa de Gaza.

Colonos saqueiam uma cidade palestina

Dois jovens israelenses foram baleados na cabeça em 26 de fevereiro enquanto dirigiam perto da cidade palestina de Huwara. Na mesma noite, dezenas de colonos entraram na cidade, atiraram pedras e incendiaram prédios e veículos.

Duas semanas depois, seis palestinos foram mortos em um ataque de dois colonos israelenses.

Esses confrontos quase diários causaram até 104 mortes no início de abril, incluindo 88 palestinos, um árabe israelense, 14 israelenses e um ucraniano, de acordo com um balanço da AFP obtido de fontes oficiais israelenses e palestinas.

Intervenção em Al Aqsa e mísseis do Líbano

A tensão aumentou em 5 de abril com a intervenção da polícia israelense na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, coincidindo com as festividades do Ramadã muçulmano e da Páscoa judaica.

Cerca de 30 foguetes foram lançados no dia seguinte contra o território israelense a partir do Líbano.

O exército de Israel respondeu na madrugada desta sexta-feira com bombardeios no sul do Líbano, realizados, segundo fontes do país, contra três “infraestruturas” do Hamas.

Foi a primeira vez que Israel confirmou um ataque ao território libanês desde abril de 2022.

FONTE: 

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Gomes

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