FILOSOFANDO
“A diferença entre literatura e jornalismo é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida.” OSCAR WILDE (1854/1900), foi um influente escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa.
NADA DE SINGULAR
Anunciada com visível euforia no arraial dos caciques do PMDB rondoniense, a pré-candidatura do deputado Maurão de Carvalho, presidente da Assembleia Legislativa, serviu também para irritar peemedebistas históricos que nunca aceitaram a ideia de entregar o histórico partido para um neofiliado sem nenhuma identificação com os postulados (quaquaquaquaqua) ou legado da velha sigla. Não há nada de singular no anúncio que apenas reforça a constatação de que o “grande partido” caminha para a maior decadência.
MOTIVAÇÃO
O PMDB está no governo, mas chegou ao alarmante viés de queda sem ter nenhum nome ligado à vida partidária ou à história da sigla para ser lançado na disputa sucessória com condições verdadeiras de liderar a corrida.
Como Valdir Raupp, o cacique maior, amarelou e descartou qualquer possibilidade de concorrer (embora nunca tenha escondido seu desejo de voltar ao governo de onde saiu escrachado), a tábua da salvação para candidatura própria ficou restrita a Maurão de Carvalho.
SEM BASE
O deputado não tem base eleitoral para ser um fenômeno de voto. Faz muito tempo que ele se auto indicou candidato. Foi barrado por Ivo Cassol (seu soba preferido na época). Aliás, como admitiu de novo, só foi para o PMDB após o compromisso de que seria o candidato. Impressionante é o deputado acreditar que ainda tem futuro, após tantos anos como um parlamentar medíocre. O pré-lançamento de agora não significa nem mesmo um fato novo na política rondoniense. Não tem força para impactar o cenário.
PREOCUPAÇÃO
As especulações feitas até agora sobrem possíveis candidatos ao governo ainda não surtiram o efeito de acirrar os ânimos do eleitorado. Nem por isso o assunto sobre a sucessão deixa de causar preocupações a quem mora no estado de Rondônia sobre as incertezas de como será o futuro após o pleito de 2018. Aliás, diante da gritante falta de novas lideranças e do desgaste evidente das lideranças antigas essa preocupação afeta muitos outros estados além do nosso.
É plenamente justificável esse preocupação pois é impossível saber qual plataforma algum desses pretendentes tem capacidade de representar. No caso de Rondônia nenhum dos prováveis interessados na disputa tem algum projeto para o estado.
DESCRÉDITO
Se verdadeiramente o PMDB confirmar (ainda falta muita água para passar por debaixo da ponte) o nome do deputado Maurão de Carvalho vai ungir um político também passível de ser entendido como apenas mais personagem do descrédito absoluto dessa categoria. Não é, com certeza, o concorrente com político superior ao de seus oponentes.
ATÉ QUANDO
Consegue, pelo menos agora quando tem os cofres da Assembleia abarrotados, continuar com a espessa blindagem que – só para exemplificar – que inibe a mídia de expor assuntos desagradáveis, contra ele, relembrando sua figuração em ações de combate à corrupção. Ao contrário de antigos colegas, presos ou condenados, Maurão ainda respira o ar da liberdade. O PMDB não tem outra alternativa – se optar pela candidatura própria – que não seja o atual presidente da ALE.
RELACIONAMENTO
Nesse Brasil de impunidade possivelmente a afirmação do Ministro da Justiça (isso mesmo) Torquato Jardim revelando a intimidade existente entre políticos (deputados, como disse Torquato) e a cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro com o crime organizado não deverá dar em nada. As gravíssimas revelações do ministro (e não um ministro qualquer, é o da Justiça) da a entender que essa promiscuidade acontece em outros estados do Brasil, até em Rondônia, governado pelo PMDB.
ACORDO
Em Rondônia, onde depois de vários meses (em torno de 2 anos) as autoridades não consegue descobrir e prender o ex-presidente da Assembleia, Carlão de Oliveira, o bizú levantado por Torquato pode ser uma explicação dessa falta de interesse da área de Segurança em “achar” o Carlão. Afinal o condenado por corrupção, chefia de quadrilha, etc, etc. tem dois filhos com forte influência política no estado. Um é deputado estadual e outro é vereador na capital rondoniense. Não dá para saber se tudo acontece por um simples acordo entre o crime organizado e as autoridades.
PROVA DE FOGO
Eventual candidatura do ex-presidente Lula poderá ser uma prova de fogo para a nossa democracia. Caso seja eleito, com toda essa carga pesada de crimes que o colocaria numa prisão pelo resto da vida, teríamos que reavaliar o direito do eleitor. Ele não pode ter o direito que possa colocar em risco a segurança nacional e até mesmo a sobrevivência da democracia. Eleitores duvidosos: analfabetos, portadores de ficha suja, assistidos por programas de governo e assemelhados. Essa é uma opinião transmitida à coluna pelo leitor Nestor Martins Amaral.
APUROS
Lula está em apuros na esfera judicial: já está condenado a nove anos e seis meses de prisão, é réu em seis processos e denunciado em outros dois. Enfim, é suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução à Justiça. É uma carga pesada. As chances de Lula ser considerado ficha-suja são grandes. Se for julgado culpado pelo TRF da 4ª Região, dificilmente escapará da inelegibilidade.
DEPREDAÇÃO
Virou rotina a vitimização da Escola Eloisa Bentes (da rede estadual) depois que o governo rondoniense tirou a segurança particular das escolas estaduais. A “Eloisa Bentes” localizada no bairro Flodoaldo Pontes Pinto, na capital do estado, já sofreu vários roubos, vários arrombamentos, perdendo todo tipo de equipamento, como ar condicionado, bomba de poço artesiano e muito mais. Agora os funcionários da escola se surpreenderam na quarta feira (1) com carteiras queimadas e princípio de incêndio em suas salas de aula. Até o momento ninguém foi responsabilizado pela depredação.
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