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Seleção dribla protesto com esquema de segurança e segue para Granja Comary

Um grupo de mais de 100 professores provocou um tumulto na porta do hotel em que alguns jogadores da seleção brasileira estavam se apresentando, no Rio de Janeiro, antes de irem até a Granja Comary, em Teresópolis, onde irão se preparar para a Copa do Mundo. Os manifestantes reclamam dos gastos com o Mundial e pedem mais investimentos na saúde e educação.

A CBF já esperava algum tipo de protesto durante esse evento. A Polícia Militar, com a ajuda de alguns homens do Batalhão de Choque, preparou um forte esquema de segurança. Os manifestantes fecharam a avenida pela qual o ônibus com todos os jogadores da seleção iria passar, mas um caminho alternativo serviu como rota de fuga e eles conseguiram seguir até Teresópolis.

Antes disso, entretanto, o automóvel teve certa dificuldade para deixar o hotel. Manifestantes revoltados entraram na frente do ônibus, xingaram os jogadores e colaram adesivos de protesto na lataria. Só com a intervenção da tropa de choque e de mais de 70 policiais é que o caminho foi aberto.

“Não vai ter Copa”, “Da Copa eu abro mão, quero mais dinheiro pra saúde e educação” e “Sai da frente que a educação é chapa quente” eram os gritos mais ouvidos pelos professores. E sobrou até para o camisa 10 da seleção: “Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar”.

Após a saída da delegação da seleção canarinha do hotel, os manifestantes se dirigiram até o aeroporto e invadiram o saguão do local com faixas e bandeiras para continuar o movimento.

Entre outras reivindicações, os professores pedem 20% de aumento, equiparação salarial e diminuição na carga horária dos funcionários administrativos.

“Viemos aqui pra mostrar a contradição. O país que está se mobilizando para a Copa, mas apresenta vários problemas na educação. Problemas de estrutura e de condições de trabalho, além do baixo salário. Queremos chamar a atenção, mas eles parecem mais preocupados com a Copa”, disse Vera Nepomuceno, diretora do sindicato do professores.

A princípio, o protesto iria acontecer no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, mas como nenhum jogador apareceu, eles decidiram se dirigir até o hotel.

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Gomes Oliveira

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