Em Linhas Gerais

Raposas felpudas da Politica da Capital: Teve apenas um candidato que confrontou o sistema viciado, e foi Hildon Chaves.

FILOSOFANDO

Liberdade sem aprendizado está sempre em perigo e aprendizado sem liberdade é sempre em vão.John F. Kennedy (1917/1963), presidente americano, assassinado em Dallas, Texas.

 SUA RESPONSABILIDADE

Você, eleitor, foi o grande responsável pelo resultado da eleição de ontem. A torcida de todos é que você não tenha vacilado na urna, que tenha pensado no melhor para a capital rondoniense na hora que fez a máquina de votar tilintar pela pressão do seu dedo. Se o eleitor espirrou na confirmação do voto certamente todos iremos amargurar por mais quatro anos com uma câmara municipal omissa e indigna de representar a cidadania portovelhense.

 A TAREFA NÃO ACABOU

Com o resultado da votação (escolha dos vereadores) os eleitores de Porto Velho começaram o trabalho de consertar o longo tempo de desmandos praticados por políticos mais interessados em trabalhar para si mesmos e não para a população.

A tarefa não acabou no domingo. Agora temos pela frente um segundo turno, ou seja, uma segunda eleição para a escolha do prefeito. Só após o resultado do segundo turno poderemos se a cidade conseguiu libertar-se daqueles que vinham mantendo-a refém, como culpados dos desmandos verificados.

 TEMPO DEMAIS

Os mais recentes protagonistas do poder portovelhense tinham a lamentável característica de agentes públicos e réus. Personagens que ajudaram o município a afundar ainda mais na economia e nas práticas caolhas da gestão pública. Essa realidade teve apenas um candidato que confrontou o sistema viciado Hildon Chaves.

E assim tivemos o azar de oito anos de gestão petralha e mais quatro desse socialismo sertanejo, uma extensão hereditária da temporada em que “cidade de todos” não passou de slogan da enganação de um governo responsável pelos fatos que deram à nossa prefeitura o codinome de “Caverna de Ali Babá”.

 TAREFA DIFÍCIL

Não será fácil a tarefa do próximo prefeito. Foi tanto tempo de farra, foi tanto tempo de desmandos, foi tanto tempo de usurpação, foi tanto tempo de fisiologismo, de nepotismo, de corrupção e de irresponsabilidade com a coisa pública, que Porto Velho ficou refém, por várias décadas, de políticos da pior safra, salvo as honrosas exceções.

Agora entramos num segundo turno com maior responsabilidade ainda.

Na disputa do segundo turno permanece a ameaça personificada por um personagem que sempre atuou na vida pública como chupim de cacique político que – verdade seja dita – sempre impediu Rondônia de prosperar, seguindo a mesma rota da política viciada para manter-se no poder, dizendo que fala em nome dos mais humildes.

 ESTREANTE

A vida política rondoniense, com destaque para Porto Velho, está impregnada. Felizmente sobressaiu-se das urnas de ontem um nome representante da chamada juventude sadia, uma boa surpresa eleitoral.

Além desse jovem, Leo Moraes, apareceu o estreante Hildon Chaves que conseguiu transmitir em seu discurso na disputa inicial a imagem de alguém pronto para derrubar a prevalência daqueles personagens carcomidos da política local, sempre identificados como especializados nos assaltos aos cofres públicos, origem de seus enriquecimentos.

Cabe agora aos candidatos que chegaram ao segundo turno liderando a votação continuar na mesma marcha, reforçando os compromissos de virar a página do modo de se fazer política nessa cidade.

 PATRIMONIALISTAS

A política carcomida responsável por manter Porto Velho no atraso parece ter chegado ao seu ponto final, diante da possibilidade de derrota iminente de Mauro Nazif. Até o fechamento da coluna percebia-se uma tendência de sua derrocada. Se isso acontecer, esse sistema que sempre garantiu aos viciados do patrimonialismo político continuar mandando em tudo e todos, como autênticos cameleões camuflados perante aos olhos de boa parte da opinião pública estará ferido de morte.

 ALIADOS

Certamente os dois candidatos colocados no segundo turno estarão recebendo reforços dos aliado$ de ocasião que por instinto se unem buscando impedir a ascensão de alguém interessado em transformar essa desamada capital numa cidade capaz de orgulhar a todos os seus moradores.

Quem sempre utilizou a estrutura de Poder municipal para seu benefício próprio, da família ou de pequenos grupos de áulicos tudo fará para que a moralidade pública não seja a tônica da próxima gestão da prefeitura de Porto Velho. Não acredito que será fácil dobrar o estreante Hildon Chaves em fazer esses acordos fechados normalmente na calada da noite. O candidato que der uma pisada de bola nesse sentido terá muito dificuldade diante de um eleitorado cada vez mais perspicaz.

 REAFIRMAR COMPROMISSOS

O candidato Hildon, alçado ao segundo turno pelos compromissos de destinar os recursos públicos às prioridades da população e não aos usurpadores e seus grupinhos não pode se afastar desses compromissos. Mas terá de mostrar jogo de cintura para resistir os “interesses” internos de seu próprio partido, dominado por caciques muito identificados com esse patrimonialismo.

Na verdade precisa aproximar-se ainda mais da parte decente dos habitantes de Porto Velho. Só assim conduzirá o município em paz, arrumando a sua economia, pavimento estradas seguras para as eleições de 2018.

Mantendo os compromissos feitos no primeiro turno, como acabar com privilégios, foros, mordomias e os vícios existentes, além, claro da corrupção endêmica na nomeação de aspones e parentes para cargos comissionados, vai motivar um aumento maior da adesão das pessoas mais decentes.

 NÃO BASTA SORRIR

Para o jovem candidato do PTB, talvez tenha de modificar um pouco sua forma de apresentar-se na campanha, exibindo o largo sorriso. Embora tenha pedigree político não deve se descuidar de que o segundo turno é completamente diferente do primeiro.

Com mais tempo de televisão, agendas sendo cobertas pela imprensa diariamente e duelos mais longos nos debates, será necessário se aprofundar em propostas, o que não ocorreu no primeiro turno. Hildon foi muito diferente de Leo. Deste o primeiro momento enfrentou a catráia do PT e não perdoou as mazelas do próprio Nazif.

Leo foi sempre o diplomata sorridente. Com isso se livrou de ataques diretos mas deixou de empolgar uma grande parte do eleitorado por não ter aceitado o confronto.

Dessa vez terá de sair da zona de conforto vivido nas escaramuças do primeiro turno. Agora terá de partir para o confronto, o que não é sua praia, como ficou muito claro no seu desempenho na eleição de primeiro turno, onde esse papel ficou mais a cargo (especialmente nos programas finais) do tucano Hildon Chaves.

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