FILOSOFANDO
“Não aceitar a exploração do homem pelo homem, nem a opressão do homem pelo Estado. Comunidade é a ideia força de uma política humanista.” ANDRÉ FRANCO MONTORO (1917/1999), foi um importante jurista e político brasileiro, tendo desempenhado os cargos de governador de São Paulo, de vereador, deputado federal e senador. Era um homem público voltado para iniciativas de solidariedade.
NA PENUMBRA
Abrimos a coluna dessa quarta com visões reveladoras no plano nacional, já que por aqui a mídia dominada pelos escusos interesses de personagens comprometidos com aqueles que – por diversas formas – irrigam os veículos com verbas (de publicidade? Háháháhá!) arrancadas do erário não fala claramente desses assuntos indigestos, que não agradam aos poderosos do dia. Tudo fica sempre na penumbra, longe dos olhos do eleitorado.
TROCA-TROCA
Comecemos por definir o sistema como a eterna incógnita e excrescência política em que vivemos. Vivemos o ápice do sistema de troca-troca deprimente. Mascara-se essa prática de diversas maneiras. Em estados como Rondônia a prática chega ao cúmulo de ser retumbada como positiva, através das mentiras que apregoam com as tais verbas parlamentares. É uma realidade eleitoreira avassaladora, pela qual políticos medíocres tentam renovar seus mandatos nesse caminho deprimente e degradante.
Em função dessa mentira institucionalizada, o relacionamento entre Executivo e Legislativo, se limita a esses encontros entre parlamentares exigentes e governantes complacentes. Isso acontece no plano federal (onde o presidente faz cooptação distribuindo verbas e empregos), estadual e municipal.
SEM OPOSIÇÃO
E assim chegamos a esse modelo de política sem oposição. Os dois lados sequiosos para serem mutuamente atendidos. É incompreensível ver esse mar de incoerências não servir sequer para pautar os jornalões da vida (e a maioria da mídia) questionando a enorme distribuição corrupta de favores esvaziando os cofres públicos. Não se levantam mais vozes discordantes nas casas parlamentares, diante da certeza de que essas vozes não serão capturadas pela imprensa servil, amestrada, ou seja, não dará repercussão.
MEDO DE INVESTIGAR
Os comandantes dos poderes políticos torcem e distorcem fatos buscando esconder a realidade de que entidades e instituições estão cada vez mais ingovernáveis. Chegamos a uma situação tão esdrúxula que o titular da Emdur (Empresa de Desenvolvimento de Porto Velho) tenta convocar e organizar mutirões populares de vigilância contra ladrões de fiação elétrica da iluminação pública da capital. Parece que existe um medo de investigar quem são os receptadores desse material roubado. Afinal, só há o roubo por existir o receptador. Lógico, meu caro Watson, diria Sherlock Holmes.
MÁ VONTADE
É incompreensível esse medo de investigar. Em se tratando de casas legislativas até dá para compreender, mas é difícil entender a má vontade de investigar dos chamados órgãos de controle externo. É insuportável a leniência desses órgãos diante de fatos escabrosos como o inchaço da folha de pagamento com funcionários contratados sem concurso (comissionados) especialmente num ano pré-eleitoral. Se nem isso é investigado, imagine o relacionamento de órgãos da administração e instituições parlamentares com fornecedores.
EXEMPLO GROTESCO
Nesses tempos de crise a incoerência vira praxe. Como aconteceu nesses dias em que a Câmara Municipal de Porto Velho bancou mais uma vez (nababescamente, dizem) o périplo de alguns de seus vereadores ao Nordeste, mais exatamente em Recife, acompanhados de um séquito de assessores. E, dizem, quem chefiou os felizardos “turistas” foi nada menos que Jair Montes, aquele vereador que se reelegeu após ter passado um curto tempo no xadrez, acusado da prática de crimes que, segundo consta, ainda não foram convenientemente investigados. Desperdiçam-se como nunca recursos públicos, com a certeza da falta de investigação e da impunidade. Com a certeza também de que não haverá oposição, as vozes que poderiam discordar da bandalheira se emudeceram.
PRAXIS
Tudo isso acontece na província como reflexo da praxe adotada pelo Planalto. É lá que fica o chefe da corte notoriamente corrupto praticando o troca-troca, distribuindo cargos e dinheiro arrancados dos cofres públicos, para não ser nem mesmo investigado. Conta com o beneplácito de deputados fantoches e complacentes, como é o caso da grande maioria dos integrantes da bancada rondoniense.
“JORNALISTAS”
Isso causa reflexo por aqui, onde fazer política e governar é tomar café da manhã juntos, prolongar para o almoço e prorrogar para o jantar. Isso também funciona em relação à mídia. Na próxima semana um senador processado pelo STF, denunciado como recebedor de propina vai promover o seu tradicional jantar com a imprensa para mantê-la dócil. Centenas de “jornalistas” irão aparecer lá, alguns ávidos para discursar em homenagem ao barbudo suspeito. E alguns ainda ficaram até mais tarde esperando o sorteio de prêmio, talvez imaginando conseguir outras vantagens.
CARESTIA
Já está valendo. O preço do gás de cozinha aumentou quase 10%. A botija está sendo vendida na capital rondoniense a R$ 70. A indústria e o comercio, poderosos, não pagarão o aumento. Meireles diz que eles são produtores de empregos, não podem ter seus planos comprometidos. Os atingidos terão que pagar imediatamente, não pode ficar sem o gás, que se chama de cozinha porque é utilizado pelos mais pobres. Pobres e numa parte muito grande, desempregados. Favorecimento para um lado, esbulho para o outro.
PATRIMÔNIO
Tenho ou não motivos para temer um desastre se a Justiça não impedir que o condenado Lula entre na disputa de 2018. Pensem comigo:
Treze anos de saques ao tesouro nacional renderam ao PT e seus asseclas invejável patrimônio. Em que pese alguns estarem presos e outros a caminho da cadeia, o caixa do partido está recheado. Poderá comprar novo mandado presidencial. Estratégia: compra de pesquisas e ajuste das urnas para refletirem resultados de tais pesquisas; bota um subserviente no TSE e contrata um marqueteiro hábil na propaganda enganosa. Isso deu certo na eleição da chapa Dilma Temer e poderá se repetir agora com Lula.
MAIS SHOW
A Prefeitura de Porto Velho está com uma programação especial para ao Natal, que inicia dia 10 e se estende até o dia 25. Na abertura oficial, dia 10, terá a caravana do Papai Noel, acendimento simbólico das luzes da decoração de Natal e show na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
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