Em Linhas Gerais

Pretendentes iguais a parceiros dessa esbórnia – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem.” BERTOLD BRECHT (1898/1956), dramaturgo e poeta alemão. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

ESBÓRNIA

É de estarrecer. Como prevalece a esbórnia nesse país, num verdadeiro achincalhe com a classe trabalhadora. Até porque, ninguém duvide: com pedido ou sem pedido, isso vai dar em nada, de novo! E o povo vai continuar bancando esta conta, como sempre. A média de aposentadoria no setor público no Brasil, onde gravitam os marajás de Brasília, é de R$ 9 mil, isso focando só no executivo. São os bens pagos funcionários dos ministérios, das autarquias e das muitas secretarias. No Judiciário, essa média salta para R$ 25 mil, indo para R$ 28 mil no Legislativo e ficando acima de R$ 30 mil no Ministério Público.

INDIGNAÇÃO

O milionário salário recebido por um juiz de Sinop, em Mato Grosso, de “irrelevantes” R$ 500 mil em julho, acabou despertando o país para uma realidade que cada dia indigna mais o trabalhador brasileiro, aquele que dá duro de sol a sol ou vira a noite para levar o pão para casa e vê seu salário minguado ao fim do mês e uma aposentadoria cada vez menor e mais distante de chegar.

POSSIBILIDADE

Cresce a possibilidade de Hildon Chaves disputar o governo de Rondônia. Ele seria a melhor forma de impedir que nomes ligados aos grupos dos atuais caciques do PDT e PMDB sejam vitoriosos na sucessão. De acordo com fontes, Hildon só seria levado à disputa se Expedito Júnior desistisse de concorrer ao governo em 2018.

Mas Hildon Chaves continua afirmando que não é candidato em 2018. Tem tudo para ser verdade. Afinal, se pretendesse disputar já estaria correndo o estado em campanha.

DISTÂNCIA

Na verdade falta mais de um ano para as eleições. Em política isso é muito tempo diante da possibilidade de surgirem fatos imprevisíveis.

PARA PENSAR

Senadores que se elegem governadores. Ou governadores que se elegem senadores, recebem mensalmente, entre 67 e 75 mil reais. São dezenas e dezenas, pois na hierarquia política e eleitoral, normalmente esses cargos se sucedem. A revelação é de Hélio Fernandes, o impagável jornalista brasileiro, bem própria para o cenário rondoniense previsto para 2018.

BIRUTA

Esta deverá ser mais uma semana onde não será possível aprovar como tanto se anunciou a reforma política. Ainda mais com o “Fufuquinha” presidindo a Câmara. A previsão é que o sistema eleitoral e o financiamento de campanhas devem continuar como estão.

NO TOPO

O líder de desaprovação dos brasileiros é o presidente Michel Temer, rejeitado por 93% da população. O segundo lugar do ranking é compartilhado por Aécio Neves e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), ambos com 91% de desaprovação. São dados da pesquisa do Instituto Ipsos divulgada no jornal O Estado de São Paulo.

Condenado a 9 anos e 6 meses de prisão na Lava Jato, o ex-presidente Lula é desaprovado por 66% dos brasileiros, ficando atrás dos tucanos José Serra (82%), FHC (79%) e Alckmin (73%).

JUDICIÁRIO

A pesquisa Ipsos mostrou também que o nome com maior taxa de desaprovação é o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Gilmar aparece no levantamento com 67% de desaprovação – quase o mesmo índice de Lula. Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, figura como segundo nome com maior rejeição, com 52% de desaprovação. O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos julgamentos de ações penais da Lava Jato na primeira instância, é o nome com menor taxa de rejeição dessa pesquisa, sendo desaprovado por 37% dos brasileiros.

FECHADO EM COPAS

Até o momento ninguém conhece o pensamento dos pretensos candidatos à sucessão estadual em torno de projetos ou ideias para promover o desenvolvimento rondoniense, para resgatar o estado de seu atraso social e econômico. Até parece que querem governar apenas pelo interesse próprio ou de seus pequenos grupos. Todos estão fechados em copas diante das grandes evidências de valores negativos que marcam a nossa atualidade.

PARCEIROS DO CAOS

Rondônia é destaque em desigualdade econômica e social, mortes violentas, corrupção, impunidade, baixa assistência médica à população carente, má qualidade da educação pública, da infraestrutura sanitária e acentuada deficiência em serviços outros, fundamentais ao bem-estar das pessoas de mais baixa renda. E mesmo assim, nesse cenário nada animador, não se sabe a opinião de nenhum dos pretensos candidatos à sucessão. Pelo contrário: a maioria dos pretendemtes ao governo se alinham à política de fracasso de Confúcio Moura, como autênticos parceiros do que ai está.

AMBICIOSO

As parecerias público/privadas deverão começar de fato agora no âmbito da prefeitura municipal de Porto Velho. A informação do próprio prefeito Hildon Chaves descortina um desejo ambicioso, mas ainda difícil de ser avaliado pela falta de detalhes. Com as PPAs o prefeito pretende conseguir investimentos privados para setores como a iluminação pública, transporte urbano, tratamento de resíduos sólidos (lixo), educação, saneamento básico, etc. O objetivo é conseguir investimentos de bilhões para resolver problemas de infraestrutura do município.

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