Tempo Real

PF pede prorrogação ao STF de inquérito contra Temer

O delegado Cleyber Malta Lopes, da Polícia Federal, pediu nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por 60 dias do inquérito dos portos, a única investigação em curso contra o presidente Michel Temer, afirmou à Reuters um fonte familiarizada com as investigações.

Caberá ao ministro do Supremo Roberto Barroso decidir se aceita ou não o pedido da PF. O pedido de prorrogação era esperado, uma vez que há uma série de diligências a serem cumpridas ainda, segundo a fonte.

Essa investigação está envolta em polêmica desde que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, disse em entrevista exclusiva à Reuters que não tinha encontrado indícios de corrupção no inquérito dos portos e indicou tendência de arquivamento do mesmo. Ele também destacou que o delegado responsável pelo caso pode ser questionado pela Corregedoria da PF e até mesmo punido pelos questionamentos feitos a Temer, se houver uma reclamação formal da parte do presidente.

As declarações de Segovia geraram forte reação interna de delegados da PF, entre outras autoridades.

Na segunda-feira, após ter sido intimado por Barroso a se explicar, Segovia disse ao ministro do STF que não quis “em momento algum” interferir no andamento do inquérito dos portos, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento do caso.

A íntegra das declarações de Segovia ao ministro do STF não foram divulgadas. Em um despacho no qual resumiu o encontro, Barroso relatou que o diretor-geral da PF apresentou-lhe um ofício no qual prestou esclarecimentos sobre a entrevista concedida à Reuters e amplamente divulgada pela imprensa. Também apresentou a transcrição da entrevista ao ministro do Supremo.

Na linha de defesa que adotou após os desdobramentos da entrevista, Segovia disse que “suas declarações foram distorcidas e mal interpretadas”, segundo o relato de Barroso.

Disse que “em momento algum pretendeu interferir no andamento do inquérito, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento”. Também disse que “não teve a intenção de ameaçar com sanções o delegado encarregado, tendo também aqui sido mal interpretado”. Por último, afirmou que “se compromete a não fazer qualquer manifestação a respeito dos fatos objeto da apuração”.

Após o breve relato das considerações feitas por Segovia no despacho, Barroso determinou que a manifestação escrita dele seja juntada ao inquérito dos portos. Ele decidiu remeter cópia das declarações à PF, onde se encontram os autos da investigação.

O ministro do Supremo também decidiu dar ciência das declarações ao Ministério Público Federal, órgão responsável por conduzir as investigações.

FONTE: EXTRA

Comentar

Print Friendly, PDF & Email

About the author

Gomes Oliveira

Add Comment

Click here to post a comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COMPARTILHE

BAIXE NOSSO APLICATIVO

RESENHA POLITICA

TEIA DIGITAL

TEMPO REAL

PUBLICIDADE

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com