Na semana passada não escrevi a coluna por absoluto cansaço. São vários assuntos importantes da política para balizar o que virá por ai nos governos a serem iniciados no ano novo. Há um desejo da maioria, tanto no estado como no Brasil, de termos finalmente governantes capazes de tirar o Brasil e Rondônia do atoleiro.
O autor da coluna votou em Jair Bolsonaro para presidente. Em se tratando do estado seu voto foi destinado ao candidato derrotado. O coronel Marcos Rocha só não recebeu o voto desse jornalista pela longa e íntima convivência mantida com o ex-governador (agora senador eleito) Confúcio Moura, do MDB, e com o ex-prefeito (agora deputado federal eleito) da Capital, Mauro Nazif, do PSB. Agora, após a comprovação de Marcos Rocha (eleito na onda Bolsonaro) tem o apoio da maioria da população, também terá nossa torcida para tirar o estado da pré-falência e garantir dias melhores para todos os rondonienses.
BOLSONARO
Em relação ao próximo presidente do Brasil minhas expectativas continuam muito positivas, especialmente com os nomes anunciados até agora para compor seu governo. Jair Bolsonaro foi eleito (embora os adversários ainda façam de tudo para não aceitar essa realidade) numa campanha memorável, sem o uso do dinheiro público e sem conchavos políticos, o toma-lá-dá-cá tão comum nessas disputas. Parece verdadeiramente determinado a resgatar um governo de transparência e honestidade. E se for isso mesmo, terá valido a pena ter defendido sua candidatura diante dos ataques mais infames alimentados não só pelos partidos do sistema petralha, mas até pelo PSDB do derrotadíssimo Alckimin contra a pessoal do capitão.
É fácil explicar a estrepitosa vitória de Jair Bolsonaro: a defesa do combate sem trégua à corrupção, os valores éticos e morais e os valores básicos da família que a maioria da sociedade sempre almejou de um candidato que se candidata a cargo eletivo.
MARCOS ROCHA
O coronel eleito governador de Rondônia pelo partido de Bolsonaro foi caudatário dessa enorme onda eleitoral criada por Bolsonaro. Os votos descarregados na candidatura de Marcos Rocha não eram propriamente para sua pessoa. Qualquer outro nome na disputa com o número 17 certamente seria beneficiário da mesma quantidade de voto garantindo a vitória como chefe do Executivo rondoniense. Em outras palavras: Marcos Rocha é próximo governador porque estava no momento certo disputando com o partido certo. Da parte dele não foi preciso, por exemplo, externar convicções sobre temas polêmicos – como fez Bolsonaro – nem fazer grande campanha, nem pelas redes sociais. A mágica do número 17 funcionou, apesar de sua origem política como membro do alto escalão de Confúcio e Nazif. Graças a esse número o coronel chegou ao governo do estado ineditamente, sem ter ocupado antes qualquer cargo eleitoral em sua vida.
DIFERENÇAS
Faltam alguns dias para o início da nova gestão. E mesmo assim já é possível ver a grande diferença entre o capitão Bolsonaro e o coronel Marcos. Para isso é só ver como se movimentam ambos nesse período de transição. Enquanto na relação de Bolsonaro há vários nomes de excelência, na do coronel faltam nomes de capacidade comprovada na gestão pública. E como se Bolsonaro estivesse ocupado em montar um “dream team” o coronel rondoniense apenas um time de várzea.
Tomara que Marcos Rogério entenda, de uma vez por todas, que o eleitorado rondoniense apenas lhe deu uma chance. A votação estrondosa que conseguiu no segundo turno não representa uma jura de amor eterno do eleitorado ao neófito antigo colaborador de Confúcio e Nazif.
EVIDÊNCIAS
A imprensa do stablishement (colocado ai os tais sites de notícias) limitou-se – quando muito – a publicar a lista dos nomeados pelo governador coronel para o período de transição. Nada se falou a respeito do (se é que eles têm) histórico de cada um deles. Conhece-se no meio da comunicação a trajetória daquele que é apontado para ser o bambambã das comunicações do novo governo. A confirmação desse “comunicador” não traz boas alvíssaras. É figura reconhecida por sua contaminação fisiológica, especialmente pela longa convivência no segmento castrista e no cerimonial onde, pelo visto, conseguiu acumular cargos sem instigar os órgãos de controle em investigar as acumulações.
AVERSÃO
Entre os demais nomes escolhidos para esse primeiro momento não se vislumbrou nenhum com garantida aversão à corrupção ou à ilegalidade nos negócios públicos e privados. Então, o negócio é esperar o que virá. Tomara que o coronel governador esteja definitivamente convencido de que o povo rondoniense, assim como os brasileiros em geral, está naquela fase de procurar homens honestos, probos, com currículo para exercer funções que nos ajudem a recuperar o crescimento econômico sustentável, a recuperação social e moral do buraco onde as últimas gestões nos colocaram. Não precisamos de novos “Pitalugas” em áreas sensíveis como o meio ambiente e nem de feudos dominando instituições como o Detran.
TREVAS
Isso significa que se errar verá esse mesmo povo se virar contra ele, mesmo que seu partido seja o do presidente Jair Bolsonaro. O voto dado a Rocha foi convencional. Os valores desejados pelos rondonienses não… Marcos Rocha terá de deixar claro o rompimento com os políticos das trevas. Não pode permitir que os tentáculos de seus antigos chefes (Confúcio e Nazif) estejam presentes em seu governo. É claro que os antigos “companheiros” tentarão impor a cleptocracia responsável pelo marasmo da economia estadual, pela falta de oportunidades dos últimos anos no segmento dos empregos e dos negócios.
PERSPECTIVA
Até o momento não se conhece nenhuma análise produzida pelo grupo que assessora politicamente o prefeito Hildon Chaves, da capital rondoniense, sobre o desfecho da campanha eleitoral. É claro que o resultado desfavorável ao grupo político de Hildon Chaves trará reflexos na perspectiva da gestão municipal, tendo em vista que ele pretende dar curso ao projeto político para os próximos embates.
Nenhum candidato egresso da prefeitura conseguiu eleger-se. Certamente o prefeito vai avaliar essa situação para promover as mudanças necessárias em seu gabinete. Até agora o assunto ainda é tratado apenas nas coxias. Mesmo assim há uma certeza: o prefeito vai fazer mudanças significativas no perfil da gestão para 2019.
DESCARADAMENTE
Antes, bem antes dessa legislatura que está no fim, a Assembleia Legislativa de Rondônia sofreu sucessivas operações da Polícia Federal contra deputados que não se cansavam de enfiar nos bolsos dinheiro público em vários escândalos e desvios. Muitos ex-parlamentares foram parar na cadeia e sofreram condenações pelas quais foram afastados das disputas eleitorais.
Deputados que não foram presos não se intimidaram e continuaram surrupiando os cofres públicos descaradamente, sem o menor respeito com o dinheiro público. Um verdadeiro esquema criminoso continuou a saquear o erário. O pior de tudo isso é o fato de que esse “roubo” descarado aconteceu sem chamar a mínima atenção dos órgãos do controle externo, como soem ser o MP do estado, permanentemente deitado em berço esplêndido enquanto milhões vão para nos diversos ralos existentes naquele Poder.
ABSURDOS
O deputado Maurão de Carvalho, derrotado nas eleições, vai deixar a Casa sem explicar alguns absurdos de sua gestão. Ficarão envolto nas brumas antigas os gastos milionários com a publicidade, com sinecuras tipo “Assembléia Itinerante” e “Escola do Legistivo”, que são apenas alguns ralos para o descarte de milhões de reais extraídos dos bolsos do contribuinte?
LEGADO
Maurão vai deixar, como muitos antecessores, um legado de maus exemplos que precisam ser devidamente investigados pelos tais órgãos de vigilância externa. Afinal, como explicar ações prosaicas que custaram caro para os cofres da Casa, como a “Escola do Legislativo” (??) ministrando curso de etiqueta ou de fotografia em minúsculos municípios durante esse ano que finalmente está terminando?
Não esperamos aqui em Rondônia um MP atuante como no Rio de Janeiro desvendando a quadrilha de deputados do Estado. Esperamos pelo menos que por aqui as autoridades decidam investigar a suposta corrupção praticada na obra colossal da nova sede do Legislativo Estadual. Será que isso vai acontecer???
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