Em Linhas Gerais

Os deputados estaduais estão de volta de seu “tour” sem aproveitamento na Bolivia – por Gessi Taborda

PENSAMENTO

“A política é constituída por homens sem ideais e sem grandeza” – Albert Camus (1913\1960), escritor e filósofo francês.

ARRANCANDO OS CABELOS

Mais uma notícia nada alvissareira garimpada por nossas fontes bem posicionados no (des) governo confuciano: há uma orientação para empurrar com a barriga os pagamentos prometidos para os fornecedores até o próximo mês de dezembro.

A ideia é jogar tudo para 2016 (sem data prévia confirmada) e assim, tentar pagar servidores e obrigações trabalhistas até final do ano. Sem esse ardil próximo do calote, servidores não teriam garantias do pagamento do 13º e salário integral de final de ano. A forte queda na receita, mesmo com essa “providência de empurrar com a barriga”, causa perigos para o pagamento de aposentados e pensionistas, segundo uma fonte.

SÓ CONVERSA

O governo fica feliz com esse desfile escapista tendo principalmente deputados como os principais protagonistas, feitos para tirar do foco da crise a gestão (??) de Confúcio.

O governo sabe como ninguém que as tais “Caravanas da Esperança”, como aquela que levou um monte de deputados a Manaus e essa com roteiro para a Bolívia (Trinidad) não produz nada de prático para os interesses mais imediatos de Rondônia, mas serve de cortina de fumaça ajudando a esconder a realidade que não quer calar.

PARALISIA

Tirando esse negócio de asfalto urbano (uma obrigação dos prefeitos) desenvolvido pela gestão Confúcio com a parceria de municípios, o governo não produz nada de real destaque para implementar o crescimento sustentado rondoniense. Chegando mais um final de ano e o Executivo não tem nada para entregar à população.

SECRETARIADO FRACO

É consequência da falta de dinheiro, mas não é só isso. Tem de se levar em consideração que o secretariado continua sendo muito fraco e incompetente. A maioria fica sem fazer nada, torcendo para que caia dinheiro do céu e torcendo pelas enganosas emendas orçamentárias de deputados e senadores.

ERRO ANTIGO

Andrey Cavalcante, após a retumbante vitória na disputa pelo comando da OAB-RO tem todo o direito de estar alegre e saboreando cada detalhe da dura campanha. Deve estar particularmente satisfeito com a burrice dos marqueteiros responsáveis pelas campanhas dos opositores, culminadas com o fatídico “outdoor da feijoada”. Tentar captar votos de advogados com aquela “armadilha” foi, no mínimo, considerar esse eleitor qualificado como criança.

REPETECO

Na verdade os criadores do “outdoor da feijoada” repetiram o mesmo erro numa campanha em que Chiquilito poderia ter vencido Valdir Raupp.

Naquele episódio os “gênios da comunicação” inventaram o slogan “Sou Chic, voto Chiquilito”, prontamente respondido com um “Sou simples, voto em Raupp”. Claro que o “Barbudo de Rolim” virou governador e hoje é o babalaorixá mais importante da política rondoniense.

ENRUSTINDO

Gente ligada ao governo chegam a revirar os olhos quando dizem que Rondônia está na segunda posição como o estado que menos sofreu com a perda de demissões de trabalhadores nesse período recessivo do Brasil.

Pura manipulação da realidade. Essa estatística é enganosa, na medida em que não destaca a realidade de que em Rondônia o governo ainda é o maior empregador.

SÓ IMBECIS

Os deputados estaduais estão de volta de seu “tour” à Bolívia, mais precisamente a capital do Beni, a antiguíssima Trinidad. Só mesmo os imbecis podem acreditar que a viagem da caravana rondoniense ao Beni vai representar aumento da importação de produtos de nosso estado pela região beniana. Imaginar um significativo aumento no intercâmbio cultural e de turismo entre nós e eles é outra asneira. Qualquer mudança nesse cenário dependerá de iniciativas do governo federal.

E O CUSTO

Afinal, pelo que consta, quem executa a política de relação do Brasil com qualquer outro país (até mesmo a Bolívia) é uma instituição chamada Itamaraty. Os deputados estaduais não tem representatividade suficiente para firmar acordos com outras nações. Não dá para entender por que 16 deputados e mais pelo menos o dobro de assessores viajaram ao país vizinho com despesas pagas pelo contribuinte. Certamente os deputados não irão se negar a informar quanto custou para os cofres públicos essa “aventura” para se encontrar com Evo Morales.

DISSO NINGUÉM FALA

Qualquer governo, mesmo quando coloca interesses pessoais acima do coletivo, precisa de um programa. Em relação ao sempre lamentável prefeito Nazif não é difícil saber qual é, principalmente se a análise for decorrente da sua descabida vontade de modificar o transporte coletivo da capital pelas insuficientes “medidas emergenciais”.

Depois do mico em que se converteu a primeira tentativa; outra manobra para emplacar esse monstrengo está em curso e vai certamente motivar uma enxurrada de queixas dos usuários do serviço.

TARIFA ALTÍSSIMA

Dessa vez o prefeito deixou de lado a exigência de que a tarifa não poderia ser mudada pelos contratados emergenciais. Agora, como se ouviu, a Rovema que foi desqualificada na primeira tentativa da prefeitura e inexplicavelmente reabilitada nesse segundo “round” vai poder definir qual será o preço mínimo da tarifa para operar o sistema.

A retórica dominante não deixa dúvidas. Certamente a tarifa do transporte deverá ficar em torno dos R$ 3,50. Pelo visto tem gente do poder com grandes esperanças de partilhar os despojos.

OS MESMOS DEFEITOS

O processo dessa segunda ação visando “a solução emergencial” (que só poderá se tonar efetiva após a sucessão na prefeitura) tem os mesmos tiques, enviesamentos, cegueiras e vícios do primeiro processo que acabou em mico. Mas dessa vez não há esperanças de que haja posicionamentos mais favoráveis aos interesses coletivos na Justiça. Afinal, ela rechaçou todas as investidas de instituições que foram contrárias às cedências do prefeito em favor de uma Ocimar que não passava de truque de madame.

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