FILOSOFANDO
“O Brasil não tem partidos de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos”. Diogo Mainardi (1962), escritor, produtor, roteirista de cinema, colunista. Autor do livro “Lula é minha anta”. É editor do site O Antagonista.
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FAROESTE
Não há como tergiversar: a Rondônia de hoje vive um autêntico faroeste, numa demonstração inequívoca da falência do setor de segurança no desgoverno de Confúcio Moura. Esta situação de falta de política de estado para o segmento da segurança pública é sentida principalmente na capital. As manchetes da mídia retratam isso. Num curto período do início dessa semana duas ocorrências trágicas: um empresário executado por bandidos numa motocicleta em plena luz do dia, na avenida Jatuarana.
MANCHETE
E ontem o mais importante jornal do estado, o quase centenário Alto Madeira, estampava em sua manchete a ação de ladrões dentro de um ônibus da linha que liga o centro da capital ao campus da Universidade Federal de Rondônia. A tendência não é de melhora. Porto Velho está virando palco onde se registra até mesmo vítimas de balas perdidas. Para quem apelar???
MENSAGENS
Agradeço o enorme número de mensagens de congratulações recebidas no dia de ontem, pelo e-mail desse colunista. Quase duas centenas de pessoas unindo-se, pelas mensagens, ao estado de júbilo desse velho jornalista pela nomeação de Aldrin Willy Mesquita Taborda, o meu filho, para o cargo de Auditor do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia. Certamente, pela sólida formação acadêmica e pela observância da educação recebida no seio da família, Aldrin vai desempenhar com toda probidade suas responsabilidades naquela corte, sendo motivo de orgulho para este colunista e toda sua família. ET: Aldrin Willy é jornalista, engenheiro de software e bacharel em Direito.
AMNÉSIA
Quanto mais ouço as desculpas esfarrapadas dos corruptos de plantão no Brasil, mas indignado fico com a falta de vontade de autoridades adotarem a tolerância zero contra aqueles que topam qualquer parada para roubar o dinheiro público e depois usam o cinismo como desculpa.
O olho de peixe do Santana e o chiclete da Monica são um retrato do cinismo levado ao extremo. Ele diz que não sabe quem depositou 7,5 milhões de dólares em sua conta. Ela, que cuida das contas, também não.
NAZIF NA MUDA
O atual prefeito (Deus nos livre!) de Porto Velho fez carreira política no legislativo com a marca de paladino da honradez e combatente implacável contra a corrupção. Como explicar agora a tolerância de Mauro Nazif com seu staff sob suspeita contínua da prática de atos de corrupção.
Os entendidos da ornitologia comparam o prefeito da capital com os pássaros que entram na muda. É o período em que os pássaros perdem as penas, mudam o metabolismo e param de cantar.
É mais ou menos assim como está agindo Nazif diante das denúncias de corrupção contra membros do andar de cima de sua gestão em casos que vão desde o custeio de festas e eventos de efemérides populares à compra de tubos de PVC superfaturados, até às mumunhas não esclarecidas da podre novela do SIM no transporte coletivo da capital.
NOUTROS TEMPOS
Em outros tempos, quando era o contumaz ocupante de tribunas nos parlamentos, Mauro Nazif teria feito um raivoso discurso de condenação contra as práticas de seu secretário Mário Medeiros, tido como o mais querido do prefeito, denunciado por promover a contratação de sistema contábil numa manobra fraudulenta, pela Vance Assessoria e Auditoria Contábil. De acordo com a denunciante, nessa jogada o município já sofreu um prejuízo superior a 1,6 milhão de reais, com pagamentos feitos pelo simples reconhecimento de uma dívida, contraída sem licitação e sem o necessário contrato.
MAIS DESGOVERNADO
É a comprovação de que o município está cada vez mais desgovernado, graças aos muitos “cardeais” gravitando em torno de Mauro agindo como meros aventureiros crentes na impunidade e capacidade de investigação dos órgãos de controle externo.
E o prefeito fica calado certamente por entender que todos os desmandos praticados pela entourage atendem sua própria conveniência ou do grupelho que o acompanha e o sustenta nesse momento.
ESFINGE
Estamos cada vez mais próximos do momento eleitoral para a escolha do novo prefeito e dos novos vereadores. E diante de nós uma charada difícil de ser decifrada. Em se tratando da Câmara Municipal, quem identificar entre aqueles que lá estão 3 ou 4 nomes merecedores de um novo mandato? Qual membro da atual legislatura que concebeu e aprovou alguma iniciativa relevante para a população?
VOCE SABE?
O leitor sabe o que defenderam e defendem os atuais vereadores? Sabem pelo que lutam? Com raríssimas exceções o que se vê ali são falastrões apaixonados pela própria imbecilidade. Do jeito que está a Câmara Municipal fica muito próxima de um ajuntamento, de acampamento de interesses e brigas menores.
SÓ MAQUIAGEM
Rondônia ainda é a terra das falsas promessas. Nem me recordo mais do número de promessas feitas por políticos do passado e do presente sobre os esforços para melhor a representação esportiva do estado, sobre a construção de modernas praças e equipamentos necessários para inserir o estado no cenário nacional.
E mais uma vez a vergonha volta a aflorar. O mesmo governo que abandonou os últimos resquícios do turismo incipiente de Rondônia faz o mesmo com o lado esportivo do estado.
QUE VERGONHA
Deveriam sentir vergonha de anunciar para breve (dia 5) a “inauguração” do Estádio Aluízio Ferreira, com um jogo entre Genus e Real Desportivo (???) é mais um truque de madame do governo peemedebista. O esporte em Rondônia, e não só o futebol, está abandona à sua própria sorte. A maquiagem feita no “Aluizão” é mais uma conversa fiada dessa gestão que, segundo consta, onde se gastou uma fortuna, da qual ninguém sabe e ninguém viu.
ARRANCANDO CABELOS
Espias acostumados a binocular nossos mais importantes políticos garantem que aquele senador barbudo de Rondônia está apavorado com a provável delação premiada que deve fazer Leo Pinheiro, da OAS. Teme pelos efeitos bombásticos da mesma, capaz de jogar ainda mais o nome de peemedebistas de alto coturno (como ele) no turbilhão da Lava Jato. O estrago pode até tirar do PMDB suas possibilidades eleitorais em Rondônia para o pleito de 2018.
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