FILOSOFANDO
“Os homens pensam que possuem uma mente; mas é a mente que os possui. Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar.” BOB MARLEY (1945/1981), era dedicado a protestar contra problemas sociais, chegando a ser reconhecido, em sua terra, a Jamaica, como a voz do povo negro. Foi aclamado como o Rei do Reggae.
ESPERADO
O massacre a que está sendo submetido o candidato do PSDB, Hildon Chaves, nessa reta final da disputa de segundo turno em Porto Velho, pode até provocar um crescimento menor de suas intenções de voto. Não se sabe explicar a posição equidistante do TRE rondoniense que, como explica um advogado especialista no assunto, no controle da onda de baixarias e ataques nas redes sociais e nas veiculações de TV.
ÓDIO
Mesmo assim fontes do comitê do tucano Hildon dizem que essa reação do filho de Paulo Moraes era esperada. A campanha de ódio passou a ser orientada para bater no candidato do PSDB desde quando ele chegou em 1º lugar no primeiro turno e manteve a liderança na pesquisa do Ibope no segundo turno. Os ataques são desferidos ao candidato Hildon sem motivo explícito, até mesmo sobre a proposta do tucano de destacar as PPPs em sua gestão, para resolver problemas insolúveis na questão do saneamento. Essa tática, dizem integrantes do comitê tucano, vai servir para ampliar a diferença de votos em favor do ex-membro do Ministério Público no resultado final.
PIOR AQUI
Estamos cada vez mais próximos do Natal. E dessa vez não se fala de outra coisa que não seja o pessimismo do comércio. É tudo reflexo da crise. Os mais otimistas acreditavam que no último trimestre deste ano o Brasil começasse a sair da recessão. Porém os indicadores econômicos mostram que a crise vai mais longe. Em se tratando da capital rondoniense as expectativas giram em torno do novo prefeito que vai substituir Mauro Nazif e as medidas que deverá tomar logo no início da gestão para fazer a recessão ceder. Enquanto as coisas não tomam novo rumo teremos mais um Natal de crise.
DESRESPEITO
É inacreditável o tamanho da cara de pau de algumas figuras públicas de Rondônia. O prefeito Mauro Nazif, que já está arrumando a trouxa para cair fora, anunciou nesses dias a abertura de Concorrência Pública para o sistema de transporte urbano da capital rondoniense. Ora, passou 4 anos na prefeitura e não conseguiu dar conta do recado, preferindo engabelar o povo com a tal “solução emergencial” que, essa é a verdade, piorou em muito o transporte coletivo de Porto Velho.
Ao anunciar essa providência agora, no fim de sua gestão, não desrespeita apenas o povo, mas também aquele que escolhido no próximo dia 30, irá sucedê-lo (graças a Deus!) no comando do município. Na verdade Nazif deve estar tentando escapar das decisões finais do TCE do estado que, como se sabe, está concluindo o processo sobre o transporte coletivo.
QUE SE DANE O POVO
Durante a gestão desse caquético prefeito só uma coisa ficou clara: o povo que se dane, desde que políticos, parentes e empresários da panelinha do PSB se enriquecessem ainda mais. A gente só vai saber o tamanho das barbaridades quando o novo prefeito instaurar uma tomada de contas especial. Isso só irá acontecer se o novo prefeito não estiver mancomunado com as mesmas panelinhas políticas protegidas pelo prefeito derrotado.
CIDADES
Nunca foi tão necessário dar às cidades pessoas com comprovada capacidade de gestão de negócios que deram certo como atualmente. A cidade não deve mais ser gerida apenas por conchavas e acordos políticos dos quais o povo não participa. E isso vale especialmente para uma cidade como a nossa Porto Velho, onde os problemas se avolumam e os prefeitos nunca decidiram resolver suas contradições.
FAVELIZAÇÃO
O prefeito que está para sair do paço marcou sua presença na campanha política em que se defrontou com o empresário Mario Português (leia-se Distribuidora Coimbra) quando este falou o óbvio: que Porto Velho tinha favelas.
As cidades ocupam apenas 2% do território global, mas concentram 54% da população mundial. Isso é dado da ONU que serve para mostrar a favelização das nossas urbes. Esse percentual deve subir para 66% em 2050. Nesse período, a população que habita favelas deve dobrar, chegando a 1,8 bilhão. Transportando esse fato para Porto Velho, também nossa capital – se não conseguir dessa vez um prefeito verdadeiramente capaz – vai se tornar ainda mais favelada, como ocorreu durante a gestão que termina.
MAIS VULNERÁVEIS
As favelas em Porto Velho não estão apenas nas regiões mais próximas do centro, como o Mocambo. Elas se espalham pelas áreas mais distantes, onde as ocupações não planejadas acontecem e são, muitas vezes, estimuladas pelos próprios políticos, alguns interessados em ganhar dinheiro e outros apenas votos.
A população que mora nesses cortiços ou áreas irregulares é a parte mais vulnerável da cidade. Não possuem título de posse ou de propriedade sobre a terra. E nem tem acesso à maioria dos serviços públicos. Os governos têm pouca informação sobre a demografia dessas áreas e sobre o uso de seu espaço territorial. E não basta prover essas comunidades de serviços básicos sem integrá-las na vida social.
O próximo prefeito precisa ter a consciência ampla da cidadania e a coragem para acabar com os guetos que se perenizam no espaço territorial de Porto Velho.
É O QUE FALAM
A prisão de Cunha foi entendida por muitos políticos, inclusive do PT, como uma espécie de antessala ou preparação da opinião pública para a detenção mais importante e aguardada da Lava Jato: a de Lula. Ao prender Cunha antes, Moro buscaria se blindar da acusação de perseguição ao ex-presidente.
PEDESTAL TRINCADO
O líder político de Ariquemes, Ernandes Amorim, chegou à Câmara Municipal com a maior segunda votação de vereador recebida nas urnas do último dia 2 de outubro. O fato motivou comemoração de aliados, especialmente depois do posicionamento da Justiça eleitoral garantindo a possível posse do antigo caudilho da cidade.
Mas se levarmos em consideração a trajetória política de Amorim começando na Assembleia Legislativa, passando pelo Congresso Nacional e várias vezes pela prefeitura de Ariquemes, sua vitória foi pífia. Dificilmente conseguirá alçar vôo maiores a partir da Câmara Municipal como base de lançamento. A vitória do homem da camisa vermelha está mais para o balizamento do fim das ilusões.
MIDIA BRASILEIRA
Na mídia, o Brasil mudou da água para o vinho após a troca de presidentes. Antes o país parecia se desmanchar sob uma avalanche diária de manchetes negativas; agora, as expectativas e versões criadas pelo noticiário são tão positivas que fica até difícil crer nas estatísticas e fatos reais da economia.
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