Em Linhas Gerais

O governador Marcos Rocha precisa tomar atitudes para tirar o estado de Rondônia do sufoco – Por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

“O destino e as circunstâncias podem levar muitos ao poder. Mas só a competência e a honradez permitem a longevidade com dignidade e um lugar no coração de seus contemporâneos ou sucessores”. Gessi Taborda, colunista e jornalista aposentado.

EDITORIALZIM

Final do ano chegando e problemas antigos ainda sem solução definitiva. Essa é uma realidade não só de Porto Velho, mas, por que não dizer, de praticamente todos os municípios do estado e até do país.

Na capital rondoniense ainda não foi possível a tão necessária e esperada solução de dramas históricos, como soem ser o transporte urbano dessa cidade. A situação ficou muito pior com a maracutáia inventada para ludibriar usuários, batizada de “SIM”. Esse talvez seja o drama de maior dimensão, sem se esquecer de outras dificuldades existentes no segmento da saúde, da educação, da cultura, do lazer e vai por aí afora.

Hoje o município de Porto Velho, se observado com realismo, está em boas mãos, com o prefeito Hildon Chaves, com uma gestão que caminha na direção correta. Os resultados são visíveis em todos os quadrantes do município, com obras as mais diversas, demonstrando claramente a importância da continuidade para consertar de vez todos os anos de irresponsabilidade dos antigos gestores.

Os resultados, como disse, são visíveis, mas não ocorrem na velocidade que o próprio prefeito desejou. Face à dimensão da crise herdada em Porto Velho pelo prefeito Hildon Chaves (em seu primeiro mandato eletivo) – e certamente essa situação se projeta nos demais municípios – as soluções de problemas antigos com métodos sólidos são lentos. O prefeito nem podia imaginar como os antecessores foram tão irresponsáveis no trato com a coisa pública como foram. “Hildon Chaves pegou Porto Velho no fundo do poço!”, exclamam analistas respeitados da economia da cidade, que nem estão envolvidos com o governo municipal.

E o prefeito Hildon Chaves, político neófito, nem agora quando se aproxima do ano em que a sucessão está em jogo, modifica seu estilo de ser mais adjetivo do que substantivo ao mostrar a dimensão da herança que recebeu de ex-prefeitos do PT e de seus satélites. Certamente o alcaide precisa ganhar mais a opinião pública não engajada, sempre resistente em reavivar a memória dos homéricos fracassos em segmentos como o transporte e o saneamento público e até recuperação de áreas de lazer, onde jogaram milhões de reais que só serviram para enricar uns poucos.

Com a aproximação do ano eleitoral, prefeitos como Hildon têm de melhorar seu desempenho nas redes sociais para conquistar não só aqueles que se equivocaram no voto ou foram levados à dissidência.

EM BRASÍLIA

O prefeito Hildon Chaves deve permanecer ainda hoje em Brasília, para onde viajou terça feira acompanhado de parte de seu staff para garimpar mais recursos necessários aos projetos de desenvolvimento de Porto Velho, notadamente no segmento de obras de drenagem e pavimentação.

Além disso, o prefeito manteve um amplo diálogo com os membros da bancada rondoniense no Congresso para definir junto com os parlamentares, as emendas (recursos federais) destinadas a capital rondoniense no próximo ano, para que o Município possa ter condições de atender outras demandas.

SALÁRIOS

Chega a ser difícil de acreditar, mas duas fontes muito ligadas a gabinetes de vereadores de Porto Velho revelaram que, sim, é capaz de sair um aumento no salário para aqueles que vão tomar posse em 2021. Vereadores mesmo evitam falar sobre esse assunto, preferem ficar mudos.

EDITAL

Já está publicado o Edital de Concorrência Pública para a concessão do serviço de transporte urbano em Porto Velho. E dessa vez tudo às claras, seguindo as normas da legislação. Não será nada como se fez nas gestões anteriores, com a desculpa do “emergencial”.

PROIBIDO

A partir de agora está proibida qualquer pesquisa eleitoral, a não ser que seja registrada na Justiça Eleitoral. Nem mesmo qualquer enquete poderá ser feita.

DESAFIO

Ainda falta explicação de como o governador rondoniense, Marcos Rocha, vai enfrentar maior desafio de sua gestão: ninguém ainda sabe como o governador, chegando ao 11

º mês de gestão, vai tirar o estado da falência e de uma contumaz queda das atividades econômicas.

SEM CULPA

É preciso fazer justiça: o atual governador – que não foi nem mesmo vereador na vida – não pode ser responsabilizado pela situação de quebradeira e queda das atividades da economia rondoniense. A dívida monstruosa do estado rondoniense é herança de governadores do passado, notadamente do MDB, com suas políticas populistas irresponsáveis, incapazes de promover os ajustes reclamados em seus períodos de comando.

OMELETE

O atual governador, por sua inexperiência política e pela visão pequena dos negócios de estado acabou recebendo essa herança embrulhada numa teia que só poderia ser desfeita se tivesse escalado um “dream team” para auxiliá-lo. Como não conseguiu, está diante de um desafio inglório, como fazer uma omelete sem quebrar os ovos.

Por isso não revela se conseguirá (e como) fazer os ajustes necessários, corrigindo privilégios e garantindo direitos da população carente de infraestrutura, educação, saúde.

Certamente erros do passado destruíram os cofres rondonienses. A herança colhida pelo governador coronel é terrível e ele, governador, aparentemente paralisado ante os desafios, não tem um projeto, um plano factível para as centenas de milhares de pessoas vivendo a crueldade do desemprego, da falta de assistência de saúde em corredores de hospitais que são uma verdadeira vergonha para um estado como o nosso.

ATENTA

Aos rondonienses resta ter paciência e torcer. Quem sabe o governo anuncia no final desse ano a disposição de adotar um mínimo de competência e responsabilidade, começando por arrumar a própria casa com pessoas capacitadas para tirar o estado do sufoco. Rondônia é extremamente rica com suas reservas naturais de valor incalculável para chegar o desenvolvimento.

É certo que o sufoco de hoje é o resultado do passado de governantes calhordas e caricatos que preferiam pensar em seus próprios benefícios econômicos (praticamente todos deixaram o governo num patamar de multimilionários) do que nos reais interesses do povo.

O que se espera é que o governador eleito na esteira do bolsonarismo tome atitudes coletivistas e pare de desperdiçar o tempo para transformar o estado, coisa que prometeu durante toda a campanha em que se elegeu.

AUTOR: GESSI TABORDA –  COLUNISTA EM LINHAS GERAIS

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