Manifestações contra lei de cidadania com base em religião se espalharam pelo país. Autoridades confirmaram a morte de mais 5 pessoas hoje
A polícia da Índia confirmou neste sábado (21) a morte de mais cinco pessoas nos protestos violentos que ocorrem em todo o país contra uma polêmica lei que discrimina imigrantes muçulmanos no processo de obter cidadania.
Com as informações confirmadas hoje, subiu para 16 o número de mortos nas manifestações, que começaram há quase duas semanas, quando o projeto de lei foi apresentado pelo governo d0 primeiro-ministro Narendra Modi.
Do total, nove pessoas morreram ontem em cinco distritos do estado de Uttar Pradesh, no norte do país, segundo o diretor-geral da polícia regional, O.P. Sing. Em entrevista coletiva, ele garantiu que nenhuma dessas pessoas foi vítima dos agentes que trabalharam para conter os protestos.
Para impedir a realização de novas manifestações governo de Uttar Pradesh impôs restrições ao direito de reunião e suspendeu os serviços de telefonia e internet em grande parte do estado.
Os protestos começaram há quase duas semanas, quando o governo de Modi apresentou uma emenda à Lei de Cidadania que permitiria regularizar a situação de membros de seis minorias religiosas do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh – hindu, sikh, budista, jain, parsi e cristã – que tenham chegado à Índia antes de 2014.
Aprovado em apenas três dias pelo parlamento, a emenda foi criticada por boa parte do país, que considera que as regras contrariam o espírito laico da Índia e discriminam os muçulmanos.
FONTE: EFE
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