FILOSOFANDO
“É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” FERNANDO PESSOA (1888/1935), intelectual português. Foi poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, crítico literário, astrólogo e comentarista político.
É O QUE DIZEM
Na opinião dos principais analistas de plantão a delação do doleiro Funaro atingiu Temer diretamente, porém os mais prejudicados são os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, porque há provas materiais (documentos) que comprovam o recebimento de propinas pelos dois.
FALÁCIA
Para o colunista o Brasil continua sendo o país das falácias. É afirmação recorrente de membros do governo, especialmente da área econômica, e de seus aliados a “garantia” de que o Brasil está saindo da recessão e já está crescendo de novo. Alegam que o desemprego está (rárárárárá) caindo, a economia retomando (míseros 0,02%) o crescimento, etc, etc. Quanta falácia, quanta conversa para boi dormir…
“LADRÃO-GERAL”
Ora, só mesmo ingênuos podem acreditar na recuperação de um país onde o dirigente máximo é chamado publicamente por um delator de “ladrão-geral” da República. Imaginar que esta “cleptocracia” em que se transformou o Brasil vai resolver seus problemas mais angustiantes é a mesma coisa de acreditar em conto da carochinha. Com a classe política e dirigente que está ai, com a Justiça que (no geral) continua não punindo criminosos de colarinho branco tudo – é o pensamento do colunista – nesse país não passa de engodo. E o jornalismo chinfrim contribuindo para manter tudo do jeito que está.
ESCONDERIJO
Acompanho a vida da Assembleia Legislativa rondoniense praticamente desse sua fundação. Lembro-me das primeiras gestões quando o nível moral e intelectual dos deputados tinha qualidade ímpar. Deputados das 3 primeiras legislaturas fugiam da politicalha. Não havia evidências da farsa e mistificação facilmente detectáveis dos dias hoje.
DESMORALIZADO
Alguns anos de péssimas gestões do legislativo rondoniense levou o poder ao ápice da desmoralização. Tudo parece muito com o teatro do absurdo. É como se o legislativo tivesse se acostumado com sua transformação no esconderijo de corruptos e aventureiros, de onde saíram vários ex-presidentes presos em ações da PF, indiciados em investigações do MP e até mesmo condenados pela Justiça e até foragido de longa data.
COMO DANTES
Salvo as honrosas exceções, novamente os “representantes do povo” (rárárárá) mentem despudoramente tentando se salvar no pleito do ano próximo. Ancoram-se no estratagema da distribuição de emenda orçamentária, nas fantasiosas (e caras) promoções das inócuas audiências públicas e “otras cositas mas” que servem apenas para desmoralizar cada vez mais a representação popular.
COMO DANTES
Nada fazem (ou fizeram) para acabar com fatos corriqueiros das quadrilhas anteriores que usaram e abusaram do dinheiro público destinado ao legislativo. E assim, o inchaço da folha de pagamento daquele poder continua com todas as evidências do passado. É popularmente conhecido jogo dos gafanhotos.
DESMANDOS
São muitos os desmandos ocorridos naquela Casa, inclusive as tramas montadas para perseguir desafetos políticos e membros (??) da imprensa que não se curvam aos interesses mesquinhos de certos parlamentares.
O baixo clero domina o parlamento estadual. A esperança é acreditar numa massa cada vez maior de eleitores preparados para liquidar os “representantes do povo” (rárárárárárá) que jogam no despenhadeiro o Legislativo. O povo de Rondônia não merece ver sua classe política nessa decadência inominável.
CONTROLE EXTERNO
Há muito se sabe (lamentavelmente) que os ingredientes da inesgotável fonte de corrupção e roubalheira estão presentes na gestão do Legislativo onde ainda se acredita na impunidade.
Cabe aos órgãos do controle externo e ao próprio Judiciário ajudar o Legislativo rondoniense a recuperar sua respeitabilidade do princípio de sua criação.
OLHOS FECHADOS
Não dá para entender os motivos pelos quais até hoje praticamente permanece sem chamar a atenção desses órgãos os gastos absurdos endossados pela direção da Casa em ações deturpadas como (só para exemplificar) a publicidade institucional custeada pelo contribuinte. Mas os absurdos são generalizados e muito maiores. Parece que todos esperam uma espécie de devassa capaz de ganhar manchetes na mídia nacional para agir. Afinal, na mídia local, devidamente premiada por sua docilidade, dificilmente vai existir uma posição de independência capaz de revelar os acontecimentos do sub-mundo.
CLAMOR
Episódios sucintos e sumários sobre a distribuição da verba milionária (da qual se exclui quem não faz o papel de amestrado) da publicidade mentirosa (e desnecessária); distribuição de dezenas de cargos (comissionados) para personagens ligados aos dóceis veículos de comunicação clama mais ação dos órgãos do controle externo e até da polícia judiciária. Se isso não basta, que tal desvendar o tamanho da montanha de dinheiro custeando a nova sede, as promoções fantasiosas como as sessões itinerantes, o festival de diárias, etc, etc…
BANDALHEIRAS
As inacreditáveis bandalheiras denunciadas no passado continuam no roteiro da atualidade. Não dá para aceitar a falta de transparência herdada do passado recente – como no caso da faraônica obra do poder – que consta ter valores maximizados em exercícios de maquiagem comuns nas obras públicas do país. Os pontos sólidos que constam existir não estão fora do conhecimento e do alcance do cidadão, numa clara demonstração de que a lei da transparência ainda não chegou aos limites do desmoralizado poder comandado por políticos sem preparo.
NOSSA SENHORA
Se nos tempos do irmão Valter até os ateus se horrorizaram com o tamanho da corrupção, hoje também é plenamente justificável o grito assustado de “Nossa Senhora!”, quando se percebe o pantanal onde nasce ideias esdruxulas como a que garantiria mais de 6 mil reais aos “nobres” parlamentares – a título de verba indenizatória de alimentação – ainda não foi drenado. Foi a pressão popular que obrigou o deputado-pastor a revogar (numa sessão extraordinária) a ideia absurda, mesmo a contragosto.
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