Em Linhas Gerais

No geral os programas são mal produzidos, mal feitos não apenas em termos de imagem, mas de textos, de mensagens

FILOSOFANDO

Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.Platão (428 a.C/348 a.C), filósofo grego, fundador da Academia, em Atenas, a primeira escola de nível superior do ensino ocidental. Foi professor de Aristóteles. Na Grécia antiga mestre de Retórica, Arte, Literatura, Epistemologia, Filosofia, Matemática, Educação e Justiça.

 DISTÂNCIA

Faltando apenas 12 dias para terminar a primeira rodada eleitoral ficou desconcertado com o distanciamento do eleitor da capital dos rondonienses dos programas políticos (vá lá: propaganda eleitoral gratuita (??) no rádio e na televisão). Nunca vi tanta apatia numa disputa eleitoral como agora. E ai, pergunto: de quem a culpa?

 MAL FEITOS

Dessa vez pouca coisa se salva. No geral os programas são mal produzidos, mal feitos não apenas em termos de imagem, mas de textos, de mensagens. Sem o jorro de dinheiro das eleições do passado, nem esteticamente os programas atuais prendem a atenção da audiência. Os programas não definem com nitidez que em verdadeiramente de Oposição em relação às candidaturas que buscam emplacar mais uma vez o continuísmo.

 DESLIGANDO A TV        

Pelo menos um candidato deve ter sonhado com coisa melhor, afinal trouxe do Rio de Janeiro uma equipe (??) de marketing para vender sua imagem… Mas agora, na reta final, fica a impressão – para não dizer certeza – de que o milionário candidato comprou gato por lebre.

Os homens de sua produção não acreditaram na regra básica. O programa eleitoral na TV deve seguir o mesmo objetivo do programa comercial: ganhar e fidelizar a audiência. Se não atender esse objetivo primário, o telespectador desliga a televisão ou muda de canal.

 TV PAGA

Não se fez uma avaliação técnica do índice de aparelhos desligados no horário eleitoral em Porto Velho. Mas um experiente homem de comunicação avalia que as pessoas com acesso às dezenas de canais da TV por assinatura (e em Porto Velho esse sistema de TV está numa quantidade expressiva de domicílios) preferiram ouvir canais de sem propaganda eleitoral após constatarem que os candidatos não estavam tratando de assuntos verdadeiramente interessantes para o eleitorado.

 ALHEAMENTO

Andei assuntando pessoas de diversas camadas sociais no dia-a-dia da cidade. Tristemente posso concluir que o alheamento do início da campanha perdura até agora. Difícil encontrar quem acompanhe de forma regular ou, episodicamente, os programas. Em qualquer roda de bate-papo paira o desconhecimento.

 PERGUNTAS

Há possibilidade de mudanças radicais no posicionamento dos concorrentes nessa corrida para ver quem chegará ao segundo turno? Qual o concorrente melhor posicionado para comandar a prefeitura de Porto Velho? Essas são perguntas que embatucam analistas do cenário eleitoral e estrategistas das campanhas.

Na verdade para quem é do riscado há uma espécie de certeza nesse momento. A letargia desse processo eleitoral é ótima para quem está colocado nas pesquisas com índices mais altos.

 ENREDO

Para aumentar a partir de agora o efeito dos programas eleitorais restantes teria de acontecer um fato novo na política, que pudessem ser muito bem utilizado pela produção dos programas, pelos marqueteiros para atrair uma audiência e provocar repercussão no eleitorado. Afinal, até nas novelas da Globo, o bom enredo é fundamental para garantir audiência e provocar tititi.

 DO NADA

O candidato dos tucanos na disputa pela prefeitura de Porto Velho é, como dizem seus mentores, o de maior cultura entre os demais concorrentes ao cargo. Antigo membro do Ministério Público estadual e poderoso empresário do setor educacional Hildon Chaves vai terminando sua experiência na disputa eleitoral sem conseguir personificar – como se esperava – o símbolo do novo na política da capital.

Não será dessa vez que ele fixará uma imagem do “bicho político”, do homem verdadeiramente vocacionado para vida pública. Em política uma candidatura não nasce do nada. E no caso de noviços, há necessidade de que sejam moldados por velhas raposas do meio.

 ERRARAM

Foi um erro, especialmente no princípio da disputa, “esconderem” o Edgar (Tonial) do Boi da mobilização da campanha. Ele deveria – pelo menos no princípio – ter levado nas costas o candidato que nasceu da simples desistência de Mariana em concorrer.  A mesma Mariana apagada do programa eleitoral tucano. É incompreensível a falta de influência em termos políticos de Edgar no marketing e na comunicação da campanha tucana.

 TRAGÉDIA NACIONAL

O Brasil está no topo dos países com jovens entre 20 e 24 anos que não estão estudando. São 75% que não estão frequentando uma escola, enquanto 20% dos entre 15 e 29 anos nem estudam, nem trabalham. Só 14% dos brasileiros chegam ao ensino superior. A média de todos os países é de 35%. Por causa disso, o gasto público com eles é elevado: US$ 13,5 mil por ano, superando o valor de 19 entre 39 países pesquisados.

 FAXINA

Após a bondade eleitoreira de Temer em reajustar o benefício, vem uma limpa aí no Bolsa Família.

 BUSCANDO APOIOS

Com o cenário praticamente consolidado na disputa pela prefeitura de Porto Velho os eventuais finalistas (Leo Moraes, Mauro Nazif e Williames Pimentel) agem agora em movimentos que revelam a antecipação de olho no segundo turno.

O candidato do PMDB feliz com o forte crescimento de seus índices na segunda pesquisa do Ibope divulgada pela TV Rondônia em relação à primeira, está confiante nas chances de chegar no segundo turno se repetir, até o dia da eleição, o mesmo índice de crescimento revelado pela apuração do Ibope. E assim age como Leo e Mauro, que o Ibope considerou empatados na liderança eleitoral, procurando atrair apoios políticos que fortaleçam a campanha do segundo turno.

 LENTO

Sem maiores possibilidades de crescer, a campanha do candidato do PSOL, Pimenta de Rondônia, segue no seu ritmo lento, como quem está conformado com a incapacidade de tomar votos de quaisquer outros concorrentes. Por isso, ao contrário do passado, o candidato nem faz mais os ataques típicos da esquerda radical. Age como os demais candidatos que já ganharam todos os votos possíveis aos de pequena dimensão eleitoral.

 

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