Depois da divulgação das delações, o dólar teve alta expressiva, o que fez com que a companhia do empresário faturasse quase R$ 70 milhões
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o empresário Wesley Batista mais uma vez nesta terça-feira (7) por uso de informação privilegiada para conseguir ganhos no mercado financeiro.
Segundo o MPF, Wesley comandou operações cambiais das companhias em meados de maio de 2017, quando o acordo de colaboração premiada que ele e o irmão Joesley Batista haviam firmado com o MPF ainda estava sob sigilo.
As autoridades encontraram mensagens de texto entre Wesley e funcionários que comprovam que ele era mandante das operações.
Depois da divulgação das delações, o dólar teve alta expressiva, rendendo quase R$ 70 milhões às empresas comandadas pelo empresário.
A procuradora da República Thaméa Danelon, uma das autoras da denúncia, diz que Wesley Batista sabia do impacto da delação para a economia.
“Sabedor dos impactos que tais informações causariam na economia do país — quais sejam: uma inevitável alta do dólar —, Wesley resolveu se beneficiar financeiramente da instabilidade econômica que seria ocasionada com a divulgação dos termos da colaboração premiada e das provas apresentadas”.
Os irmãos Batista já respondem pela prática do crime em outra ação penal, referente aos ganhos ilegais obtidos com a venda e a recompra de ações da JBS e com negociações de outros contratos de dólar na mesma época.
O R7 entrou em contato com a defesa de Wesley Batista e aguarda um posicionamento oficial.
FONTE: R7.COM
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