MPF apura conduta ilegal de Eike Batista em operação envolvendo Burguer King

Empresário teve prisão temporária decretada por Bretas em investigação que apura manipulação de mercados; lucro chegaria a U$700 mil

Uma transação de Eike Batistaenvolvendo a rede de fast food Burger King, que rendeu mais de U$ 700 mil de lucro, pode fazer parte de um esquema de manipulação de mercados e uso indevido de informação privilegiada, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF). Eike teve prisão temporária decretada nesta quinta-feira pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Ele e seu contador Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha, teriam utilizado contas fantasmas ligadas a offshores do Panamá para gerar receitas que irrigaram o esquema de propinas do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Segundo a investigação do MPF, Eike e Zartha usaram contas junto à empresa The Advisers Investments (TAI) — que funcionaria como um “banco paralelo” comandado por Eduardo Plass, dono do TAG Bank/Panamá — para negociar ações do Burger King na Bolsa de Valores de Nova York. As negociações ocorreram entre maio e setembro de 2010. O MPF apontou a compra de 205 mil ações da rede de fast food, por cerca de U$ 4,08 milhões, e sua posterior venda por U$ 4,79 milhões. O lucro total da operação foi de U$ 702.660,54 (cerca de R$ 1,22 milhão em valores da época).

FONTE: ÉPOCA

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