REFLEXÃO
Nem o governo estadual e muito menos o prefeito da capital apresentaram, depois de tanto tempo, um projeto capaz de levar esperança às pessoas. Que cada um reflita sobre isso quando chegar a hora da próxima eleição.
MAL CONTADA
Não sei se o Ministério Público tem a mesma visão da coluna em relação ao serviço que a prefeitura vem fazendo nos pontos de ônibus com a implementação (na linguagem utilizada pela própria gestão municipal) “baias”, mesmo nos pontos onde não existem buracos ou deformações no asfalto.
A “baia” (sic) é nada mais do que a remoção do asfalto, a escavação do terreno, preenchido com um piso de cimento num espaço de aproximadamente 10 metros. É coisa rústica, não utilizada na maioria das urbes do país mas que em nossa capital é tratada como o suprasumo das soluções para as paradas de ônibus, a ponto de virar peça da publicidade da prefeitura, inclusive com outdoors, pagos pela municipalidade e espalhados por todos os cantos da capital.
Seria muito importante que o Ministério Público abrisse um inquérito para investigar quanto dinheiro público está sendo gasto nas centenas dessas (que palavra!) “baias”. Porto Velho não é um estábulo para que as tais “baias” sejam realmente necessárias.
BURACOS
Nessa mesma nova de manutenção viária, há outro capítulo merecendo a atenção dos promotores. É o capítulo dos tapa-buracos. Os buracos estão espalhados por toda a cidade. Até nas ruas pavimentadas mais recentemente. É um trabalho feito pela gestão Mauro Nazif sem nenhuma preocupação com a qualidade. Tapa-se o buraco num dia e em menos de uma semana o material usado pela prefeitura se esfarela de novo. Uma pressão do Ministério Público poderá dar mais qualidade a esse trabalho da prefeitura que, como acontece agora, é apenas uma prática de enxugar gelo.
SEM LEVAR A SÉRIO
O Ministério Público tem prerrogativas para se impor e exigir a objetividade da prefeitura, a mesma objetividade que ela nega aos cidadãos. A prefeitura demonstra não levar a sério essa importante instituição, principalmente quando assina termos de ajuste de conduta, como no caso da regularização e desobstrução de calçadas, onde tudo permanece como dantes.
Certamente os nossos valorosos promotores não desconhecem a resistência do prefeito no cumprimento de leis ou de regras, como simplesmente esquecer dos TACs assinados. Se tomarem a decisão de verificar essa conversa fiada sobre “baias de ônibus”, podem aproveitar o embalo e começar também uma investigação profunda sobre o destino dos royalties advindos do setor de geração hidrelétrica do Madeira.
ENGANAÇÃO
Certamente o (vá lá!) gestor da municipalidade de Porto Velho pretende disputar a reeleição. Mas não deveria colocar nas ruas uma imensa propaganda enganosa, paga com o dinheiro do contribuinte. Ele deveria deixar claro que as casas que está entregando aos moradores de baixa renda não é um projeto seu e nem foi construído com recursos próprios da prefeitura. Quando ele diz que o povo deve comemorar, deveria esclarecer que trata-se de obra do governo federal. O prefeito apenas está fazendo a entrega e nada mais.
E AGORA JOSÉ?
Em editorial a FSP revelou: 78 por cento das armas de fogo apreendidas são de fabricação nacional. E quando se leva em conta somente artefatos confiscados vinculados a roubo, o índice sobe para 82%, chegando a 87% quando vinculados a homicídios. Então cai por terra essa conversa de fronteiras imensas do Brasil com outros países.
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PERDAS DO COMÉRCIO
Muita gente começou a folgar nessa semana que terminou ontem (sábado) na quarta-feira. Pelo menos nesse dia a prefeitura de Porto Velho deu ponto facultativo para boa parte de seus servidores.
O impacto dos feriados sobre a lucratividade do comércio brasileiro em 2015 deverá alcançar R$ 15,5 bilhões neste ano, resultando 22,5% maior do que o de 2014, já descontada a expectativa de inflação prevista para 2015. Esta é uma constatação da Confederação Nacional do Comércio, após estudos.
LUCRATIVIDADE COMPROMETIDA
Além do menor número de dias úteis no ano corrente, contribui para o agravamento das perdas decorrentes do maior número de feriados a crescente relação folha de pagamento/receita operacional no comércio brasileiro em curso desde 2009. No ano passado, além do meio expediente na Quarta-feira de Cinzas (5 de março) e também em 15 de novembro, um sábado, outros sete feriados nacionais integrais ocorreram em dias úteis para o comércio. Em 2015, o maior número de interrupções ocorrerá em função de dez feriados integrais entre segundas e sextas-feiras, além do meio expediente da Quarta-feira de Cinzas (em 18 de fevereiro).
CUSTOS TRABALHISTAS
Além de perdas parciais de vendas, o fechamento dos estabelecimentos, ou a opção pela abertura das lojas em dias que não são úteis, compromete a lucratividade do setor através da elevação extraordinária dos custos trabalhistas decorrentes das operações nesses dias. No ano passado, a ocupação e o rendimento médio real dos trabalhadores formais do comércio cresceram 2% e 1,8% respectivamente, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged). Ou seja, a massa de rendimentos do setor acusou expansão maior (3,8%) do que o volume de vendas em 2014, mantendo a tendência de crescimento da relação folha de pagamentos/receita operacional líquida em curso desde 2009.
DEBOCHE E AFRONTA
Certamente esse mandato do PMDB à frente do governo rondoniense deverá entrar na história como aquele onde mais se praticou maracutáias desde que Rondônia foi transformada em estado.
Essa estória do relacionamento obscuro entre o governante e os interesses particulares de Emerson Castro, secretário da Casa Civil de Confúcio, firmando contratos verdadeiramente suspeitos com a empresa Lumiar Consultoria e Administração LTDA, não pode ficar sem uma séria investigação de instituições como o MP e o TCE.
Na verdade o próprio homem que ainda se mantém sentado no gabinete do governador (embora esteja cassado por decisão da Justiça Eleitoral), se mantendo calado diante da publicação do caso na mídia, revela mais uma vez um misto de deboche e afronta contra o povo que paga impostos. Se o governo fosse sério, Emerson Castro deveria ser exonerado imediatamente.
PÊSAMES
A coluna registra, com a máxima tristeza, o passamento do senhor Jurandir Costa, ocorrido em Londrina (PR). Ele era o pai do jornalista Valdir Costa, atual diretor do Departamento de Comunicação Social da Assembleia Legislativa.
FRIBOI NO ALVO
Vai estourar nos próximos dias mais uma ação da Polícia Federal que deverá deixar muita gente do governo com a pulga atrás da orelha. Está nos detalhes finais a grande operação do Ministério Público Federal com a Polícia Federal em cima do BNDES. Mais de 60 mandados de prisão estão sendo analisados por juízes federais em Brasília. Os contratos que mais chamaram a atenção e estão no alvo da investigação do MPF são da Friboi.
PESADELOS JUSTIFICADOS
Nem os ex-prefeitos estarão livres estarão livres de mais uma operação da polícia, em preparação para desnudar todos os desvios feitos com o programa Bolsa Família no estado. A operação deverá esbarrar com negociatas cabeludas em vários municípios rondonienses. Alguns políticos tem motivos para ficar insone. Não é recomendável manter a rotina de hoje se não quiser ser surpreendido com um par de algemas ao acordar.
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