Nove detentos foram transferidos para presídio federal de Brasília
O ministro da Justiça,Sergio Moro , determinou nesta quarta-feira que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o massacre de 55 detentos em presídios doAmazonas . Em nota, o Ministério da Justiça afirma que os assassinatos “representam grave violação de direitos humanos”. No domingo, 15 presos foram assassinados durante o horário de visitas de familiares.
A partir do inquérito, a Polícia Federal deverá investigar a atuação de organizações criminosas no presídio e no tráfico internacional de drogas. Segundo o ministério, pelos indícios obtidos até o momento, a matança de presos teria sido comandada por detentos vinculados à uma facção criminosa, que controla presídios no Amazonas e em outros estados.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) também organizou a transferência de nove detentos do Amazonas para o presídio federal de Brasília. Na quinta-feira, outros 17 presos, suspeitos de envolvimento no massacre, deverão ser levados para outros presídios federais.
Segundo o Ministério Público do Amazonas, os presos transferidos hoje não são os mandantes da chacina, como o governo do Amazonas havia informado. Na lista dos transferidos está Bruno de Souza Carvalho. No site do Tribunal de Justiça do Amazonas, o pedido de transferência dele consta como feito no dia 9 de maio.
Relatório apontou risco de chacina
No dia 22 de maio, quatro dias antes do massacre, um relatório interno da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas apontava para o risco de mortes dentro de presídios, de acordo com o site G1. Segundo o documento, havia possíveis 20 presos marcados para morrer. O documento mostrava indícios do início de uma declaração de guerra interna dentro de uma facção criminosa local. Os mortos pertenciam à maior organização criminosa da região Norte.
No mesmo relatório a análise de monitoramento previa que o foco da “ação” fosse o Centro de Detenção Provisório Masculino I (CDPM I). Na segunda-feira foram mortos cinco internos da unidade. Outros 50 foram mortos em diferentes cadeias: Compaj, Ipat e UPP.
FONTE: O GLOBO
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