Em Linhas Gerais

Magnata das comunicações, de tão enrolado, esta ficando sem oxigênio para manter as aparências- por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

Uma nação em crise não precisa de plano. Precisa de homens.EUGÊNIO GUDIN (1886/1986), formado primeiramente em engenharia pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, acabou sendo economista. O projeto de lei que institucionalizou o curso de Economia no Brasil também foi de autoria do professor Eugênio Gudin, também Ministro da Fazenda em 1954, no governo de Café Filho.

 CORDÃO

Em se tratando de Rondônia é assim mesmo. Faltam quase dois anos para as próximas eleições gerais e já está cheio de vaticinadores na imprensa tupiniquim (é o cordão dos puxas sacos) apostando que Confúcio Moura será candidato ao senado e (pior) que uma vaga está garantida para ele. Mais parece previsão da “Oráculo de Delfos”. Não levam em consideração fatos relevantes passíveis de acontecerem no longo prazo não só na seara política. Não levam em consideração as poucas chances que Confúcio tem para chegar ao final do governo com um relacionamento pacificado com os servidores públicos.

 IRRITADOS

No cenário atual o que se vê são poderosas categorias dos servidores irritadas com o governador, a ponto da parcela civil da segurança pública transformar a Assembleia Legislativa num mera pensão de revoltados, pressionando o governador com o apoio dos deputados na busca de melhorias no tal Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Polícia Civil (incluindo os delegados) e agentes penitenciários.

 OUTRAS CATEGORIAS

O embate continua nessa semana que antecede o Natal. E o governo não demonstra nenhuma competência na conversa com essas categorias.

Esse é apenas um ângulo da questão. Confúcio vai enfrentar também a ira de outras categorias, como a do magistério e até, como é fácil avaliar, a dos PMs que – pela legislação – não podem fazer greve mas podem adotar a tal “Operação Padrão”, piorando ainda mais a imagem desse governador incompetente.

 SARGENTÃO

Sem estar conseguido, já no atual momento, vencer as barreiras políticas para pacificar as revoltas no serviço público, Confúcio terá daqui para frente problemas mais sérios de operacionalização nas reivindicações econômicas das diversas categorias dos servidores do estado. E sem o apoio dos servidores públicos baubau para os projetos políticos desse médico que passou pela Câmara mas nunca deixou de se comportar como um sargentão goiano.

 AMADORES

Não só pela falta de dinheiro, mas pela falta de pessoal técnico em seu entorno que saiba fazer contas e convencer que a folha dos servidores não comporta mais nenhum tipo de reajuste, Confúcio não convence ninguém, nem servidores que ficam próximo de seu gabinete. Apostar que Confúcio chegará ao final de seu mandato em condições de favoritismo eleitoral (especialmente para o Senado) é coisa não de analistas sérios, mas de áulicos amadores.

 JANTAR

Mais de 300 pessoas lotaram as dependências do tradicional restaurante Caravela do Madeira, no também tradicional “Jantar com a Imprensa”, promovido sempre na semana que antecede o Natal pelo casal Raupp (o senador Valdir e a deputada Marinha).

É claro que – como das outras vezes – não foram apenas jornalistas e suas famílias que se fizeram presentes. A grande maioria não tem qualquer ligação com a imprensa e muito menos com a especializada em política. São pessoas que não perdem boca-livre, ainda mais quando até bebidas estão liberadas.

 LAVA JATO

Segundo discretos comentários dos repórteres políticos esses “jantares” já não assegura o equilíbrio de Valdir Raupp (agora alvo da Lava Jato) no noticiário antes tradicionalmente positivo. A “aliança” com os meios de comunicação rondonienses, em função do peso da opinião pública, não livra mais o casal dos petardos de visão mais crítica dos analistas de plantão.

 CONSTATAÇÃO

Que a lamentável gestão Nazif  usou e abusou dos recursos públicos para prover a proliferação de semáforos por quase todas as esquinas da cidade, sem obedecer a nenhum critério técnico todo mundo sabe.

O que não se sabe, ainda, é se o novo prefeito vai consertar os exageros (para o trânsito fluir melhor) e fazer uma auditoria sobre quem foi beneficiado, no estilo Lei de Gerson, ou se vai deixar prá lá.

 CONSERTO

Pelo menos que Hildon conserte as decisões malucas, exemplificada no cruzamento das avenidas Rio Madeira com Tiradentes, onde a sinalização semafórica complica tudo.

Principalmente para quem pretende entrar na Rio Madeira em direção à Imigrantes, vindo pela Estrada da Penal. Tomara que a Semtran deixe ser o enorme cabide de empregos de hoje e pare de funcionar como mera indústria da multa.

 SURPRESA

Deve ser anunciada nesse início de semana a data e o local da “festa surpresa” de congraçamento, promovida pelo prefeito eleito Hildon Chaves para aqueles jornalistas que mais se destacaram no apoio à sua vitoriosa campanha. A festa pode acontecer antes do natal e servir de palco para a divulgação dos nomes escolhidos para o novo secretariado. A organização desse evento de confraternização entre o prefeito eleito e os escribas que se notabilizaram em seu apoio será organizada pelo companheiro Valbran Júnior.

 TRUQUE DE MADAME

A “Turma do Quibe” tem distribuído uma carrada de “factoides” para divulgar ações de última hora.

A “turma” imagina que esse truque de madame pode relativizar a certeza da população de que a gestão agonizante não só não fez nada mas encerra sua existência como uma das piores de Porto Velho.

Eles pretendiam lançar hoje (19) o aplicativo “Meu Ônibus” com a pompa de uma grande iniciativa. O evento, ainda bem, foi cancelado, sem maiores explicações. Caberá ao novo prefeito ver os caroços escondidos debaixo desse angu.

 TÁ DANADO

Sujeito apontado hoje como um dos milionários do setor de comunicação, personagem todo enrolado com investigações sobre seu envolvimento na corrupção política rondoniense, está cada vez mais com menos oxigênio para manter a as aparências.

Todo seu imenso patrimônio está bloqueado e o tal sujeito não pode mais sequer assinar um cheque. A sentença de bloqueio saiu no início da segunda semana desse mês natalino.

 MEGATONAGEM

Vai, segundo fontes do setor, sustentar uma matéria explosiva na mídia de Porto Velho. E pode até motivar novas investigações sobre como foi construído “o império” iniciado  ainda nos tempos do Teixeirão, com o beneplácito de um padre saudoso que era o bambambã da política cultural do governo de então.

Como as fontes afirmam que não vai sobrar pedra sobre pedra, possivelmente ficará insustentável para o “empresário” manter seu personagem de vestal da moral pública na televisão até o momento em que entrar na realidade das algemas.

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