SER MÃE
Ontem foi domingo especial em que se comemorou o Dia das Mães. Numa ocasião como esta, sempre é pouco enfatizar que ser mãe é deter o mais forte dos poderes, ou seja, o do verdadeiro amor, aquele que é indissolúvel no tempo e no espaço. Trata-se de uma pessoa que não precisa de elogios para mostrar o seu amor. O maior presente que um filho pode dar à sua mãe é o bom comportamento, o bom costume e respeito.
DIFICULDADE
Muitos não conseguiram dar aquele presentinho para sua mãe. Afinal, com a falta de emprego em Rondônia fica difícil para um desempregado presentear a mãe como ela merece. Porém, sabendo que o filho não está empregado, mas também não tem vício, para ela já é um grande presente. Nunca é fácil para ninguém valorizar a presença da mãe sem precisar de uma data especial como foi a do domingo.
REFLITA
É importante refletir sobre esse assunto e começar a agir, fazendo diariamente o que quase todos deixam para fazer apenas nesta data, ou seja, conversar com elas sobre tudo e todos, sentar para ouvir suas histórias ou ver as mesmas fotos da família, abraçá-las com muito carinho. Atenção e tempo são os presentes inestimáveis que todos podem dar às suas mães. O que falta é resgatar o respeito, o contato e o amor incondicional para constituir sentimentos verdadeiros e de gratidão eterna pela mãe.
DIREITO DIVINO
A mãe nunca deixa de ser uma mulher disposta a tudo, guerreira, autêntica e otimista. Não importa sua posição na sociedade, o importante é que Deus concedeu às mulheres o direito de serem mães. Pelo seu amor, o mundo se transforma e pode ser cada vez melhor. Progenitora das gerações tornou-se o portal da vida, acolhendo carinhosamente em seu ventre os brutos e os santos, os sábios e os ignorantes, os justos e os injustos. O fato é que as mães são pessoas que, cada vez mais, sempre escolhem ser mais fortes que as dificuldades, fazendo-se maiores do que todos os problemas. Sua especialidade sempre é ensinar a separar o bem do mal, a dar respeito, dignidade e amor ao próximo. Ela é a auxiliar direta de Deus, que se materializa na terra. Frágil como uma flor, ela nunca deixa de ser forte como um gigante.
É DO BARALHO
Estamos praticamente numa encruzilhada. E, reafirmo, o Brasil está longe, muito longe, de corrigir os erros cometidos e acumulados em dezenas de anos de gestões catastróficas. Não sei o leitor, mas o colunista percebe claramente o enorme esforço realizado pelo presidente Bolsonaro para consertar os desvios acumulados nos longos anos das gestões passadas. Isso não agrada a “intelligentsia”, sempre disposta a tudo para desestruturar o governo, impedindo-o de emplacar seus compromissos de campanha.
EXEMPLO
Um bom exemplo da desfaçatez do sistema de mordomia como algo mantido no país é o pregão do STF para o “fornecimento de refeições institucionais”. Os detalhes das refeições cinco estrelas causaram espanto. É como se os responsáveis pela licitação vivessem em outro planeta e não num país que tem mais de 13 milhões de desempregados e está lutando para aprovar uma reforma previdenciária que exigirá enorme sacrifício dos cidadãos, a fim de evitar a bancarrota.
IGUARIAS
Como alguém que deveria dar exemplo de regramento nos gastos públicos pode publicar um pregão tão sofisticado em relação às mordomias para um pequeno grupo. O menu inclui desde itens para o café da manhã, passando para o brunch, almoço, jantar e coquetel. Na lista estão produtos para pratos como bobó de camarão; camarão à baiana e medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada. O documento exige ainda que sejam levados à mesa dos juízes iguarias como bacalhau à Gomes de Sá, frigideira de siri, moquecas (capixaba e baiana). Completam o cardápio vitela assada, codornas assadas, carré de cordeiro, medalhões de filé e tournedos de filé com molho de mostarda, pimenta, castanha de caju e gengibre.
EM SAMBA
Antigamente afirmava-se que tudo no Brasil acabava em samba, como o imortal Samba do Crioulo Doido. A economia capenga, cerca de 13 milhões em busca desesperadora por emprego, a maioria dos empregados têm precárias condições de estabilidade e baixa remuneração e aí se apresentam ministros mais realistas do que reis, prontos a degustar daquilo que pobres sequer ouvem falar, ora bolas, é simplesmente injusto e cruel. A Justiça tem -ou deveria ter- o dever de ser cada vez mais ética e mais justa. É o mínimo que deseja e espera a opinião pública. Bons exemplos deveriam vir de cima.
FEZINHA
Como grande parte dos brasileiros eu também fiz a minha aposta na megasena do sábado. Faço diariamente o jogo nos concursos das lotos da CEF e até hoje nunca acertei nenhum grande prêmio. Às vezes penso em parar com esse hábito e chego a imaginar que pode realmente acontecer alguma coisa “estranha” nesses sorteios, especialmente na Mega, quando essa acumula absurdamente. Dessa vez o meu grilo aumentou ao constatar que a aposta ganhadora aconteceu via aplicativo e não foi sequer dado a conhecer o nome da cidade do sortudo.
EM 2006
O que se viu nesse ano foi algo que somente aconteceu em 2006, quando o concurso da Mega teve 12 sorteios consecutivos sem que ninguém ficasse com o primeiro prêmio. Nesse ano de 2019 a bolada a bolada máxima só tem saído uma vez a cada nove sorteios, ou seja, foram 4 ganhadores em 37 rodadas. Diante dessa estatística talvez ou não volte mais a apostar na Mega, principalmente quando ela voltar a sucessivas acumulações. Vivendo num país onde a corrupção é uma praxe, não tenho segurança para afirmar que por baixo desse angu não tem caroço.
SÓ NO BRASIL
Como pode alguém em sã consciência autorizar a uma condenada como Suzane Ritchthofen se beneficiar da Saidinha do Dia das Mães? Se alguém souber que responda. Ora, ela não é aquela pessoa que assassinou os pais? Coisa desse tipo só acontece no Brasil. Como esperar que esse país adquira respeito em relação aos países de primeira linha? Quem sabe o Edson Lustosa ou o Lourenço Buiu possa dar alguma explicação! Eu pessoalmente nem sei como classificar esse absurdo.
QUEIMADAS
Aproximamo-nos de mais um período de queimadas. Até agora nenhum órgão de defesa do meio ambiente e de combate a incêndios deixou claro se estão preparados para mais esse período em que o estado de Rondônia é vítima da fumaceira e de seus efeitos danoso à saúde da população, especialmente de idosos e crianças. Não seria a hora de montar, já, patrulhas verdes para impedir a sanha dos irresponsáveis?
PARADOXO
Todos os brasileiros estão acompanhando com o maior interesse a reforma da previdência social, que, segundo os entendidos, deve ser feita mesmo, para evitar uma crise maior ainda para o nosso famigerado País!
Enquanto o assunto está em debate é bom explicar o que pode acontecer na concessão de medicamentos pelo SUS, via decisões judiciais. Afinal, com a alteração do artigo 195 da Constituição Federal, que trata do orçamento da Seguridade Social, fica claro que nenhum benefício ou serviço poderá ser criado ou estendido “por ato administrativo, lei ou decisão judicial, sem a correspondente fonte de custeio total”. Bom, entendo que quem procura a Justiça para conseguir medicamentos, principalmente aqueles de alto custo, não mais poderão ser atendidos, pois o sistema somente poderá contemplar os medicamentos que compõem a cesta básica do SUS.
DIFERENCIADOS
Obviamente as suas excelências, deputados federais, senadores e outros, continuarão a merecer o mesmo tratamento diferenciado para si e sua família, abrangendo até atendimentos realizados no exterior. Este é o grande paradoxo da reforma.
AUTOR: GESSI TABORDA – COLUNA EM LINHAS GERAIS – JORNALISTA
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