Em evento com investidores nos Estados Unidos, presidente da Câmara também destaca que as instituições brasileiras são “fortíssimas” e “funcionam plenamente”
Diante de uma plateia de investidores em Nova York, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o sistema eleitoral brasileiro, alvo constante de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de apoiadores.
“Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável”, enfatizou. “Precisa de ajustes? Precisa. Mas é importante que tenhamos tranquilidade política no pleito. E nós haveremos de ter”, acrescentou, sem mencionar quais são as melhorias necessárias.
No evento, organizado pelo BTG Pactual, o presidente da Câmara também disse que o centro político tem papel de equilibrar os “extremos”. “A polarização vai se dar, como se deu no mundo todo, no momento específico da eleição”, afirmou. “O povo vai escolher, sem o eufemismo de dizer que aquela urna presta, que aquela urna não presta.”
À plateia de investidores, Lira frisou que as instituições brasileiras são “fortíssimas” e “funcionam plenamente”. “O centro tem feito essa moderação nacional e tem tido uma responsabilidade muito forte no equilíbrio dos extremos em Brasília, na polarização política”, declarou. O deputado ainda destacou que o país luta para que os Poderes “fiquem restritos às suas esferas institucionais”, o que, na visão dele, propicia que o Brasil funcione como uma democracia estável.
Na avaliação de Giuseppe Janino — que foi secretário de tecnologia da informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por 15 anos e coautor do Projeto da Urna Eletrônica Brasileira —, em relação ao processo eleitoral, espaço para melhoria sempre há e essa sempre foi a preocupação da Justiça Eleitoral. “A prova disso são os vários procedimentos que estão estabelecidos, inclusive, nas resoluções, com abertura dos sistemas, os processos de auditoria, os testes públicos de segurança”, argumentou.
Ele frisou a importância de instituições credenciadas e partidos políticos participarem efetivamente do processo. “Se há realmente uma preocupação da Câmara dos Deputados, seria interessante que os partidos políticos, ali representados, atuassem em todos os momentos em que são convidados a participar e a dar suas contribuições para a evolução”, ressaltou. (Com Agência Estado)
FONTE: CORREIO BRASILIENSE
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