VIVA A DEMOCRACIA
O Brasil fez sua escolha. E, lamentavelmente, escolheu a corrupção, a bandalheira, a agressividade, a mentira, o atraso do menor esforço, das falsas promessas, da falta de escrúpulos, do ataque à honra e reputação, da vingança, da ofensa, do estimulo à desagregação, da megalomania, do radicalismo, etc., etc. Mas assim é a democracia. E espero que a oposição saiba se fazer presente, visando sempre ao melhor para o Brasil e que a liberdade não seja ameaçada.
A MUDANÇA NÃO VIRÁ
Infelizmente não foi dessa vez que o manifesto desejo de mudanças que levou brasileiros em todo país às ruas será atendido. Paradoxalmente, o próprio povo decidiu, numa margem apertada dos votos apurados no último domingo, que tudo deve continuar como dantes. Na política é assim mesmo: se ganha e se perde. E aqueles que não ganharam naturalmente procuram uma justificativa plausível para a desdita.
Nesse momento certamente tem muita gente Brasil afora culpando parte do povo pelo malogro da campanha da mudança personificada por Aécio Neves.
O mesmo certamente ocorre no meio da população rondoniense em referência ao resultado eleitoral que deu mais quatro anos ao governador Confúcio Moura.
ESFRIAR A CABEÇA
Mas é preciso analisar com cabeça fria, que o povo sofreu a maior manipulação já vista numa eleição no nosso estado de Rondônia. Foi um festival de mentiras, jogo sujo; grana, muita grana, na compra de partidos e de votos, e a máquina pública trabalhando a todo o vapor. A imprensa domesticada fez o complô do silêncio para beneficiar a candidatura oficial, escondendo muitas outras situações absurdas que, salvo melhor juízo, configurariam abuso de poder político e econômico, que pesaram a favor da candidatura do PMDB. Alguns desses episódios se converteram em processos que tramitam na Justiça Eleitoral. A Justiça pode, diante de todos os fatos contidos nesses processos, decidir contra a diplomação do candidato eleito ou (tudo é possível) ou contra sua posse.
IINSATISFAÇÃO
A vitória do governador Confúcio não apagou os reflexos da rejeição altíssima de seu governo, registrada antes do processo eleitoral. A insatisfação do eleitorado de qualquer forma ficou expressa no fato de que a soma de abstenções, votos brancos e nulos e os votos dados a Expedito superaram os votos do governador reeleito.
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PRIMEIROS ENTRAVES
Os processos em tramitação na Justiça Eleitoral tratam, entre outros assuntos da denúncia de abuso de poder político consistente na distribuição de ingressos, pelo Governo do Estado, para a inauguração do Teatro Estadual Palácio das Artes durante a campanha eleitoral e a distribuição de comida aos presentes durante a convenção que escolheu Confúcio Moura candidato a governador.
Na Justiça Eleitoral, como afirmam operadores do Direito, é notório que prevaleçam os fatos. Então com Confúcio deveria acontecer a mesma punição dada a Edvilson Negreiros, que teve o mandado cassado como vereador de Porto Velho. Há perfeitamente similaridade entre os dois casos.
CRIMES ELEITORAIS
Porém a gente sabe que essas coisas não são simples, e acima de tudo muito demoradas até a última instância. Tem o TRE, recurso no próprio TRE, depois TSE, com recurso, finalmente STF. Isso pode demorar anos. Mas é fato que Confúcio supostamente cometeu uma série de crimes eleitorais comprovados, que a legislação prevê cassação.
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AS ALTAS VIRÃO
As urnas determinaram que continuasse tudo na mesma. Incluindo as moscas. Dilma venceu. Agora vão vencer o aumento da luz, da gasolina, da inflação, noves fora o resto… Os 53% dos brasileiros (votos válidos) que elegeram Dilma demonstraram que gostam de mentira, falcatruas, roubalheiras. Portanto, realmente terão o governo que merecem.
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CORRUPTOS
Os corruptos de Rondônia e do Brasil não são miragens. São personagens reais que certamente estão prontos a dominar novos nichos do poder público, de onde seja possível subtrair ainda mais recursos para o enriquecimento ilícito. Assim como o doleiro Youssef em nível de Brasil nominou um bando de ladrões do dinheiro público que existem de fato, também o ex-secretário adjunto da Saúde do atual governo fez o mesmo.
Se não houver uma faxina de fato, com a verdadeira punição dos sanguessugas do dinheiro público (aqui no estado e também na república) vamos assistir a continuidade do desmantelamento total da nossa terra.
LUTAR POR NOSSA TERRA
Mas não adianta apenas lamentar o resultado das urnas. Cabe-nos juntar os cacos e continuar na luta por um Brasil e uma Rondônia melhor. Não podemos desesperar nem desistir dessa luta para melhorar a terra que nos acolheu, mesmo que ainda tenhamos os corruptos no comando. Cabe-nos, portanto, mais do que nunca lutar, fiscalizar e jamais desistir de lutar pelo bem do Brasil. O mínimo que esperamos é que a oposição desta vez acompanhe e fiscalize o governo mais corrupto que o Brasil já teve. E que em Rondônia acabe de vez aquele ímpeto político de ficar do lado que a vaca deita.
A RAPOSA
Ouvi ontem desabafo de um tucano emplumado aqui de Porto Velho: “Expedito Júnior livrou-se de um grande abacaxi. Confúcio vai ter de engolir a sua própria herança maldita. Rondônia, à beira do abismo, acaba de dar um passo à frente”. Não sei por que o tal comentário me fez lembrar a fábula imortal de “A raposa e as uvas”.
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MANÉ
Quem assistiu todos os debates da campanha acaba aceitando a ideia de que Expedito perdeu para o império da prepotência, da arrogância, da intolerância, da incompetência, da desonestidade, da imoralidade, da corrupção, da mentira, da desfaçatez, do desprezo pelas leis. Não soube responder à altura e acabou ganhando um novo apelido, o de “menino falastrão”.
Expedito não entendeu que grande parte da população é o espelho deste desgoverno. Tem as mesmas características imorais. Não foi a toa que aquele deputado enroscado no escândalo das ambulâncias estava lá, prestigiando o candidato que venceu.
Em Linhas Gerais
Gessi Taborda – [email protected]
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