IRREAL
Tudo é uma questão de ângulo. Não é o dólar que se valorizou ao extremo: é o real que virou irreal. Estamos diante de fatos inegáveis: O governo falido está deixando sua marca. O pedido de falências no setor privado é o maior em dez anos. Que horror!
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ATRAÇÃO DIFÍCIL
Os partidos políticos estão promovendo campanhas e mais campanhas com o objetivo de atrair a filiação de jovens para as siglas, especialmente as mais recentes. Mas essa é, pelo visto uma batalha inglória. A conversa de que eles não devem se omitir, de que os jovens tem uma responsabilidade com a construção do futuro, não motiva essa juventude a se empolgar com a política.
Isso é o reflexo natural para uma juventude criada em ambiente arredio aos políticos. O jovem, mesmo com baixo nível de informação, sabe que a culpa pelas dificuldades financeiras da família e da sociedade está umbilicalmente ligada aos desgovernos e à politicalha.
NIVELADOS POR BAIXO
As revelações dos habituais escândalos envolvendo governantes, políticos e gestores públicos de todos os níveis levam os jovens de hoje a nivelarem por baixo todos aqueles rotulados de políticos, no poder ou não.
Os políticos fazem tudo para não ver o óbvio: os jovens admiram os preceitos éticos ensinados em casa ou na escola. Enquanto os políticos não fizerem o dever de casa, quebrando essa muralha construída pela politicalha e pelas negociatas, será muito difícil atrair a juventude, até para os partidos mais recentes.
INTOCÁVEIS
Fonte de Brasília contou à coluna que o relator da CPI do BNDES na Câmara, o deputado José Rocha (PR) trabalha junto a parlamentares oposicionistas e da bancada independente para aprovar a convocação do presidente global do Grupo JBS, Wesley Batista, que comanda a Friboi. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, o JBS foi o principal doador de campanha nas eleições passadas e financiou nove dos 27 membros titulares da comissão criada para investigar empréstimos concedidos pelo BNDES nos governos petistas.
É DO GOVERNO
Nome importante no comando do PDT rondoniense confirmou que a cúpula do partido aceitou a oferta da presidente Dilma Rousseff (PT) e ficará com o comando do Ministério das Comunicações. Em troca, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, garantiu à petista apoio em bloco da bancada pedetista na Câmara. Certamente o PDT de hoje não é nem mesmo uma caricatura do partido imaginado e criado por Leonel Brizola. Aqui também o partido se atrela ao prefeito Mauro Nazif (que tem como vice Dalton di Franco) e também ao comando daquele que ainda é sem ser, um modelo “Porcina” de governo.
NOME NOVO
As indefinições continuam dos partidos na escolha dos nomes para disputar a sucessão municipal ainda é a tônica principal do cenário eleitoral de Porto Velho e de vários municípios rondonienses.
No PSDB, dizem, os tucanos emplumados já trabalham com dois horizontes para chegar a essa definição: um seria o irmão da deputada Mariana Carvalho. O nome novo é do delegado Josué Batista, membro do diretório municipal.
NOMES DE PESO
Na falta de nomes de peso para concorrer à sucessão de Nazif, podem surgir outros pretendentes no ninho tucano. Afinal o partido tem um cacife que conta: Seu tempo de televisão fortalece a sigla para negociar alianças e atrair novas pretensões.
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ESCROQUES EM ALTA
Nesse exato momento o poder dos escroques com apoio em áreas da política montam novas táticas e estratégias para aumentar a ascensão das máfias que obtém lucros com atividades criminosas com o governo subterrâneo que se espalha pelas urbes do estado, sem levar em conta o tamanho das cidades.
A esperança é que as autoridades do Judiciário e do Controle Externo busquem agir com uma intolerância total às atividades dos corruptos e corruptores espalhados por comunidades pequenas como Monte Negro até municípios da importância e do tamanho de Vilhena.
Em todos os municípios a máfia se articula para apresentar seus candidatos (alguns da própria família) e ampliar seus tentáculos sobre o poder, vencendo a qualquer custo as eleições do próximo ano.
INDIGNAÇÃO EM QUEDA
Toda essa roubalheira generalizada levou os rondonienses a perder, gradual e fatalmente, a capacidade de sua indignação moral. É nisso que apostam os barrados no baile (pela Justiça Eleitoral) com o lançamento de mulheres, filhos e aparentados para a disputa eleitoral do próximo ano.
Assim já se dá como certo, por exemplo, que o ex-vereador Zequinha Araujo já articula o lançamento de gente da família para recuperar seu feudo.
Exatamente como aconteceu em Vilhena com a família de Marco Donadon que, mesmo cumprindo pena, é visto sorrateiramente pela Assembleia (onde, como se sabe, está proibido de aparecer) e até dirigindo o veículo oficial à disposição do gabinete de sua mulher.
MÁQUINA DE FATURAR
Depois que o Palácio Getúlio Vargas passou a ser ocupado pelos “zés-ninguéns” em substituição ao coronal Jorge Teixeira, último governador nomeado de Rondônia, a canalha política do estado transformou os governos (em nível estadual e municipal) numa máquina de ganhar dinheiro.
O crime organizado encontrou terreno fértil em Rondônia para o surgimento de personagens mafiosos como os destacados Mário Calixto, Irmão Valter, alguns Donadons, etc, etc. Alguns encontraram uma pedra no caminho e estão, ainda, vendo o sol nascer quadrado. Outros, semelhantes a zumbis, estão soltos embora busquem agir apenas nas sombras. São estes que colocam suas marionetes para disputar os cargos eleitorais.
DISCURSO DA ÉTICA
O peemedebista Confúcio Moura e também o prefeito Mauro Nazif, do PSB, chegaram ao poder envoltos no discurso da ética.
Os fatos (até os mais comezinhos) dessas gestões, como de tantas outras pelo interior do estado, vieram demonstrar (até na contratação de shows musicais) que as entranhas da corrupção contaminaram uma grande parte das gestões dos executivos rondonienses.
MENTALIDADE
Um dos erros desses que se valeram do discurso ético foi exatamente o de se cercaram de equipes formadas por pessoas de quinta categoria, escolhidos apenas por serem áulicos dos ungidos nas urnas.
Enquanto não houver uma mudança de mentalidade de nossos políticos, Rondônia continuará patinando e jamais conseguirá atingir seus objetivos de crescimento.
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